sábado, 19 de outubro de 2019

Mensagem do dia



Esta é a mensagem do dia para todos, texto base Juízes 6 e 7.

A Igreja Internacional Vida Restaurada está localizada na Rua Canto do Rio, 265, Bairro Maracanã na Cidade de Montes Claros em Minas Gerais.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Quem é maior?

por Bp. Paulino Meira

Gostamos de ter controle de tudo. Do que falamos, do que sentimos, do que ouvimos, dos nossos amigos, parentes, colegas de trabalho e, principalmente, da nossa vida. Com a nossa mania de controle, nos desesperamos quando as coisas saem dele, não sabemos como agir, o que fazer, o que falar. Por causa das situações adversas sofridas não conseguimos raciocinar e achamos que tudo vai por água abaixo. Por que isso acontece?

"Forjai espadas das vossas relhas de arado e lanças, das vossas podadeiras; diga o fraco: Eu sou forte."
Joel 3:10.

O grande problema que acontece conosco nessas situações é porque nos enfraquecemos, achamos que nada mais vai funcionar e que vamos sucumbir frente a essas situações adversas, no texto representado acima, vemos o profeta dizendo: "diga o fraco: eu sou forte". Parece insensata essa demonstração de coragem. O que dizer de uma pessoa que mesmo estando fraca, diz ser forte? É um louco, um alienado que não se preocupa com a realidade. Contudo, em outro momento da Bíblia, vemos o profeta Habacuque (3:19) dizer: "O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente".

O que esse texto demonstra é que apesar das adversidades, temos que estar com os nossos olhos voltados para o Senhor, não adianta querermos controlar o incontrolável, devemos sim, colocar os corações em Deus e pedir a Ele que tome o controle da situação. Ele sabe o tempo certo, o jeito certo, a pessoa certa. Há um cântico que diz:

"Quando as minhas forças se acabam e minha esperança no Senhor, parece não resistir, minha alma se abate dentro de mim. Meu coração começa a se lembrar, daquilo que renova a esperança, a misericórdia do Senhor, não tem fim, grande é seu amor!"

Quando temos consciência disso, nós vemos as misericórdias do Senhor se renovar sobre nós a cada manhã. Não é na nossa força que podemos vencer o mal, não pela nossa própria capacidade que conseguimos sair das situações difíceis, não é pelo nosso poder que conseguimos trazer mudança.

Tudo está nas mãos do Senhor, tudo é pelo Seu poder, o que eu não posso fazer, o que você não pode fazer, tudo quanto as nossas mãos não puderem realizar, é o Senhor quem vai garantir o cumprimento. Se é para sermos loucos, sejamos loucos, esqueçamos do mundo na hora da adversidade e coloquemos as nossas petições aos pés do Senhor, para que Ele se lembre de nós e atenda as nossas orações. "A sabedoria de Deus é loucura para os homens". Mas, quão mais feliz é ser louco para os homens e sábio para o Senhor, do que ser sábio aos olhos humanos.

Paz e vida a todos!!

Que Deus os abençoe.

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)
Referências: Música "A cada manhã", Ministério Diante do Trono.

sábado, 23 de outubro de 2010

Quanto vale a vida?

por Bp. Paulino Meira

"Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?"
Mateus 16:26

Procuramos por tanta coisa na nossa caminhada, amigos, parceiros de negócios, namorados(as), dinheiro, poder, fama...

Mas a grande pergunta é: Será que tudo isso importa?

Até que ponto podemos trazer luz à nossa própria história? Ou como pergunta a bíblia: "Quem pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?"

Estava navegando pela internet hoje, em uma das pouquíssimas oportunidades que tenho de fazer isso, já que estou trabalhando muito e ando muito cansado e, enquanto navegava, entrei no orkut de uma amiga que morreu recentemente, cerca de uns 2 meses atrás. Ela morreu de uma forma trágica em um acidente, portanto, antes de morrer era uma pessoa saudável e alegre.

Fiquei pensando em quanto nós somos prepotentes ao achar que temos algum controle sobre a nossa vida de uma maneira geral. É claro que temos nossas escolhas, temos as nossas opções e com isso podemos mudar o nosso presente e o nosso futuro. Mas o executar de todas as coisas depende de Deus. Só quando entendemos isso, passamos a viver melhor. Tentei projetar o meu futuro para daqui a dez anos, acabei perdendo quatro deles, planejando. Quando resolvi entender que o que eu quero nem sempre é o melhor pra mim, arrisquei e agora estou colhendo os frutos, arrisquei não porque era bom, mesmo porque ainda não o sou, mas sim porque o Espírito Santo de Deus em mim é excelente.

Não vale nada para um ser humano procurar tudo que esse mundo oferece, ou achar que pode achar em si mesmo salvação, ou porque não acredita em Deus, ou porque acredita e acha que já chegou em um estado de santidade tal que pode ser trasladado. Não devemos caminhar nem tanto para a direita e nem tanto para esquerda, não podemos ser ímpios, mas também não podemos achar que somos os mais justos da face da terra, segundo o livro de Eclesiastes, isso traria destruição a nós mesmos. Tentar ganhar nossa vida significa acharmos que somos autosuficientes, mas ainda que tentemos isso, o que poderíamos dar em troca da nossa alma?

Jesus pagou um preço, deu sua vida, derramou sangue, e é só assim que poderemos ganhar uma vida eterna com Deus. Aceitando esse sacríficio de sangue como o único meio viável de nos levar à salvação. Deixar a nossa cruz e levar a cruz de Cristo. Deixar de tentar ganhar a nossa vida por conta própria e perdê-la deixando-a nas mãos de Deus para que ele guie os nossos passos.

Vivendo assim, as coisas realmente acontecem...

O que você pode oferecer pra Deus hoje?

Paz e Vida a todos e que Deus os abençoe!!!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Prontos para ouvir?

por Bp. Paulino Jr.
(Em Curitiba)

Bom, gostaria de começar atualizando àqueles que sabem que me mudei para Curitiba, estou bem, trabalhando. Ainda não é o que eu idealizei, mas sei que Deus está trabalhando, o salário não é ruim e o ambiente é muito bom, meu patrão é Cristão e frequenta a mesma igreja que eu estou frequentando até conseguir abrir as portas do nosso ministério aqui. Agora vamos à nossa meditação, gostaria de falar um pouco sobre comportamento.

"Portanto, meus amados irmãos, estejais pois, prontos a ouvir..." (Tiago 1: 19a).

Estava ouvindo a mensagem que o Pastor ministrava na quinta feira passada, ele falava sobre Abraão que simplesmente se calou ao ouvir a voz de Deus, ordenando que sacrificasse o seu filho. Pensando sobre isso, notei que as pessoas não estão mais ouvindo nem a Deus e nem aos outros. O que temos visto hoje nas ruas são pessoas dentro dos seus carros com o som o mais alto possível, enquanto os pedestres, sejam na rua ou no ônibus (morando em capital estou andando muito mais de ônibus), caminham com os seus fones de ouvido, ouvindo sabe Deus lá o que.

O fato é que não ouvimos mais as pessoas. Isso é um grande problema, quantas vezes você já foi abençoado pelas palavras de alguém? Quantas vezes você já abençoou alguém por palavras? Mas aí eu te pergunto: Quantas vezes você tem feito isso recentemente?

Tenho certeza que você vai observar que antigamente fazia isso muito mais do que hoje, atualmente estamos tão preocupados com o que vamos fazer ou deixar de fazer, que a nossa vida gira em torno de nós mesmos. Não queremos nem saber o que as pessoas fazem ou deixam de fazer. Não estou dizendo que você deve ficar cuidando da vida dos outros, mas estou te deixando claro que você tem que ficar atento aos problemas do seu próximo. Estamos vivendo um momento de egoísmo tal, que muitas vezes vemos pessoas querendo morrer do nosso lado e não temos coragem de dizer: "Não faça isso!!! Há um Deus que te ama!!!" Temos deixado de evangelizar e falar do amor de Deus. Temos deixando de ser Cristãos autênticos, para sermos pseudocristãos, que o são dentro da igreja, mas que fora dela ninguém sabe qual é a sua origem.

Pensando sobre ouvir as pessoas, notei que eu conheci a mulher da minha vida em uma conversa informal, em uma conversa informal eu a levei para a igreja e a partir daí, estamos noivos a um ano, juntos a quatro. Deixei currículos em lugares, mas consegui emprego em uma conversa informal na igreja e não foi porque alguém me apresentou quem poderia me oferecer um emprego e sim porque eu fiquei em silêncio na hora certa e ouvi um irmão orando a respeito de conseguir uma pessoa ética para um trabalho contábil. A vida é feita de atitudes e algumas vezes a atitude certa é se calar. Eu aprendi muito mais me calando do que falando. Enquanto eu falava, não tinha muita coisa na minha vida ministerial, reclamava muito e quase saí da igreja em que estava por isso, mesmo o Pastor (hoje Bispo) dela sendo o meu cunhado. Comecei a ver que o erro não estava onde eu estava e sim em mim. Aprendi a me calar, me calando consegui receber de Deus um ministério (meu maior sonho realizado até hoje), consegui terminar um curso superior (o segundo maior sonho) e agora estou caminhando para um casamento feliz e uma vida profissional realizada (sonhos a se realizar).

O que quero deixar para todos os que aqui acessam é: "Estejam prontos a ouvir..." Quem ouve mais fala menos, quem fala menos não se ira e quem não se ira não peca.

Que Deus os abençoe rica e abundantemente... Paz e Vida a todos!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada).

terça-feira, 20 de abril de 2010

Qual é a tua posição?

por Paulino Jr.

Esse estudo está pautado em um longo trecho do livro de Gênesis que vai desde o capítulo 12 até o capítulo 22, veremos nele, sete coisas necessárias à vida de quem quer uma mudança, na sua história. O próprio título do estudo começa com uma pergunta, e eu lançaria aqui mais duas além desta: O que você quer fazer a partir de hoje? E para o resto da sua vida? E ainda mais uma: Como será o teu futuro?

Temos que saber o que queremos para as nossas vidas, onde queremos ir, o que queremos ter e onde queremos chegar. Temos que saber separar ambição de ganância e entender que essas palavras não possuem o mesmo significado. A ambição é o desejo de ser grande, já a ganância é a usura, ou o excesso de ambição. Enquanto o ambicioso é aquele quer crescer de forma correta, que quer ter uma vida bem sucedida, que deseja e almeja algo, o ganancioso é aquele que pisa em qualquer um para ter o que quer. Deus não condena a ambição, mas condena a ganância.

Para entender tudo isso, veremos a história de Abrão. Deus olhou para aquele homem e quis que ele tivesse ambição. A condição de Abrão naquele momento não era ruim, ele fazia parte de uma família de tradição naquela terra e tinha posses, mas Deus não queria que ele tivesse só aquilo, o que estava preparado para ele era muito maior e ele precisava enxergar aquele fato. Contudo, somente enxergar o que Deus quer não é o suficiente para que alcancemos, pois temos que ter algumas atitudes que nos farão alcançar os nossos objetivos e principalmente, os objetivos de Deus para nós. Deus chamou Abrão e ele teve essas ações.

1º Não fique a vida toda sendo subsidiado por alguém (Gênesis 12: 1-4):

“1 Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei;
2 de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!
3 Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4 Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã.”

Quando Deus chamou Abrão, ele estava em uma situação cômoda, tinha uma casa, um casamento, gado, servos e uma família por perto. Ele poderia ter pensado que não era a hora de ele sair dali. Deus disse a ele: “Sai da tua terra, da tua parentela e vá para uma terra que eu te mostrarei”. Abrão poderia ter respondido: “Eu não sei que terra é essa, nem tenho certeza de que é Deus que está falando comigo, eu não vou”. No entanto, a resposta de Abrão foi imediata, ele se levantou e caminhou, tomou seus servos, seu gado, se despediu de sua família e foi, levando o seu sobrinho Ló consigo.

Na nossa vida temos que fazer o mesmo. Não podemos esperar que as pessoas que nos rodeiam fiquem nos subsidiando e dando suporte e nos ajudando a vida toda. Não estou dizendo que não precisamos da ajuda das pessoas, todo ser humano precisa de ajuda (Isaías 41: 6), mas isso não quer dizer que vamos ficar dependentes de outras pessoas todo o tempo. Temos que aprender que aprender a cultivar a nossa individualidade (não confunda com egoísmo), temos que parar de depender de pais, irmãos, parentes, amigos e ir à luta. Foi para isso que Deus chamou Abrão, para que ele saísse do estado de comodismo em que estava e caminhasse para uma luta onde o resultado seria o seu crescimento, o sucesso e a honra da promessa que Deus tinha dado a ele.

2º Esteja no centro da vontade de Deus (Gênesis 12: 10-20):

“10 Havia fome naquela terra; desceu, pois, Abrão ao Egito, para aí ficar, porquanto era grande a fome na terra.
11 Quando se aproximava do Egito, quase ao entrar, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher de formosa aparência;
12 os egípcios, quando te virem, vão dizer: É a mulher dele e me matarão, deixando-te com vida.
13 Dize, pois, que és minha irmã, para que me considerem por amor de ti e, por tua causa, me conservem a vida.
14 Tendo Abrão entrado no Egito, viram os egípcios que a mulher era sobremaneira formosa.
15 Viram-na os príncipes de Faraó e gabaram-na junto dele; e a mulher foi levada para a casa de Faraó.
16 Este, por causa dela, tratou bem a Abrão, o qual veio a ter ovelhas, bois, jumentos, escravos e escravas, jumentas e camelos.
17 Porém o SENHOR puniu Faraó e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão.
18 Chamou, pois, Faraó a Abrão e lhe disse: Que é isso que me fizeste? Por que não me disseste que era ela tua mulher?
19 E me disseste ser tua irmã? Por isso, a tomei para ser minha mulher. Agora, pois, eis a tua mulher, toma-a e vai-te.
20 E Faraó deu ordens aos seus homens a respeito dele; e acompanharam-no, a ele, a sua mulher e a tudo que possuía.”

Aprendemos essa lição não com um acerto de Abrão, mas sim com um erro. Vemos que ele mentiu ao chegar no Egito, pois teve medo, apesar de ser um homem de muita fé, naquele momento Abrão titubeou e não conseguiu confiar em Deus, mentindo a respeito de sua esposa. Vemos que Abrão a fez passar por uma situação constrangedora e ele também passou. Apenas no momento em que ele corrigiu o seu erro e disse a verdade é que ele pode estar em paz e também o povo do Egito.

Na nossa vida, temos que estar atentos a isso. Se Deus nos enviou, ele garante, não precisamos mentir, omitir ou nos resguardar, por medo dos resultados, pelo contrário, temos que nos lançar e simplesmente agir, pois ele irá nos garantir o que prometeu. Isso é estar no centro da vontade de Deus, é se lançar sem medo do resultado, é ir para frente sem deixar para trás pontas soltas ou possibilidade de recuo. Uma volta para o lugar de origem, só pode ser aceita, se você voltar para lá melhor do que saiu e nunca na posição de derrotado.

3º Afaste-se quando for necessário (Gênesis 13: 14-18):

“14 Disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente;
15 porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre.
16 Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência.
17 Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque eu ta darei.
18 E Abrão, mudando as suas tendas, foi habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um altar ao SENHOR.”

Somente depois de Abrão ter se separado de Ló, foi que Deus continuou mostrando a Abrão qual era o seu plano. Ló não era servo do Senhor como o era Abrão, por isso, foi necessário em um determinado momento da viagem que os dois se separassem. Os servos de Abrão não estavam mais se dando com os servos de Ló e esse foi o estopim para que cada um seguisse para o seu lado. Contudo, vemos que só assim, foi possível que o Senhor desse à Abrão as próximas coordenadas da sua caminhada para a vitória.

Na nossa vida também é assim. Muitas vezes temos amigos, parentes, pessoas próximas e que caminham conosco, que grande parte das vezes não nos trazem nenhum mal, mas que pelo simples fato de estarem do nosso lado, nos puxam para traz, nos impedem de crescer e nos fazem ficar parados no tempo. Nossa atitude tem que ser igual a de Abrão, temos que nos afastar, para que possamos ter a possibilidade de crescimento. É como a bíblia nos diz: “Há tempo de abraçar e tempo de deixar de abraçar” (Eclesiastes 3: 5).

4º Nunca se esqueça de quem caminhou com você (Gênesis 14: 14-17):

“14 Ouvindo Abrão que seu sobrinho estava preso, fez sair trezentos e dezoito homens dos mais capazes, nascidos em sua casa, e os perseguiu até Dã.
15 E, repartidos contra eles de noite, ele e os seus homens, feriu-os e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco.
16 Trouxe de novo todos os bens, e também a Ló, seu sobrinho, os bens dele, e ainda as mulheres, e o povo.
17 Após voltar Abrão de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele, saiu-lhe ao encontro o rei de Sodoma no vale de Savé, que é o vale do Rei.”

Não é porque se afastou, que Abrão se esqueceu de Ló, muito pelo contrário, Abrão se preocupava com ele, pois era seu sobrinho e haviam caminhado juntos durante muito tempo. Nessa leitura é possível notar que Abrão pegou os seus melhores homens e entrou em uma guerra grande para salvar o seu sobrinho.

Na nossa vida não podemos esquecer de onde viemos ou quem éramos, não podemos nos esquecer das pessoas que caminharam conosco e que estiveram juntos quando precisamos. Isso se chama gratidão. Não é necessário que alguém tenha feito muito por nós para que sejamos gratos, o simples fato de ser para nós uma companhia e de caminhar conosco já é mais do que suficiente para isso e, nesse caso, se for necessário que entremos em uma guerra para ajudar a esses, devemos fazê-lo, pois Deus se agrada disso.

5º Tenha paciência (Gênesis 16: 3-4):

3 Então, Sarai, mulher de Abrão, tomou a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, depois de ter ele habitado por dez anos na terra de Canaã.
4 Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada.

Mais uma vez podemos aprender não com um acerto de Abrão e sim com um erro. Vemos que apesar de Deus ter prometido a ele um filho, sua esposa e ele não esperaram conforme aquilo que o Senhor prometeu. Eles acabaram por tomar decisões à frente de Deus e Sarai deu a sua serva para que Abrão a possuísse. Esse foi um erro drástico que arrasta consequências até hoje, note que os povos que habitam no deserto (palestinos) são descendência de Ismael (fruto deste erro de Abrão) e o povo de Israel é descendência de Isaque (filho legítimo de Abrão).

Na vida, os erros que cometemos por não ter paciência também nos trazem consequências gigantescas. Temos que saber que a hora certa das coisas não é aquela que imaginamos e sim aquela que Deus diz que é. Temos que entender que as promessas do Senhor não tardam (Habacuque 2: 2-3). Ainda que para nós pareça que está demorando muito, não é assim. O Senhor não falha e faz as coisas no tempo certo, parece que está tardando para nós, mas para Ele, está no tempo certo e na hora exata.

6º Deixe que Deus molde o seu caráter (Gênesis 17: 5;15):

5 Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí.
15 Disse também Deus a Abraão: A Sarai, tua mulher, já não lhe chamarás Sarai, porém Sara.

Deus mudou o nome de Abrão (Pai Exaltado) para Abraão (Pai de uma multidão), a partir daí Abraão passou a carregar a promessa que Deus tinha dado a ele no seu próprio nome, da mesma forma Deus mudou o nome de Sarai para Sara, ambos os nomes significam princesa, mas Deus queria que Sara também carregasse em si um nome dado por Ele, para que fosse honrada a sua aliança. Deus mostrou para Abraão e Sara que eles poderiam a partir de então demonstrar para todos em seus novos nomes que a promessa do Senhor era evidente neles, ainda que ela não tivesse se cumprido até aquele momento.

Muitas vezes, condicionamos a nossa mudança de comportamento, ao cumprimento da promessa que o Senhor tem feito a nós. Dizemos: “eu só vou dizimar quando o Senhor me der um emprego melhor” ou então: “só vou à igreja se Deus me der um carro” ou ainda: “só vou atuar na obra de Deus no momento em que Ele me der uma esposa que me auxilie”, a ordem das coisas não pode ser essa. Temos que permitir que Deus molde o nosso caráter, de forma que as promessas dele fiquem evidentes em nossas vidas, ainda que não tenham se cumprido até aquele momento, temos que demonstrar não só para as pessoas, mas também para Deus, que estamos permitindo que Ele faça mudança em nós, pela certeza que temos no cumprimento de Suas promessas.

7º Creia e obedeça a Deus. Não permita que a benção seja mais importante do que o abençoador (Gênesis 22: 1-8)

1 Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui!
2 Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.
3 Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado.
4 Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe.
5 Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.
6 Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos.
7 Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
8 Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.

Deus cumpriu a promessa na vida de Abraão, mas em um determinado momento, Deus resolveu provar até que ponto a fé de Abraão ia, de acordo com o que a bíblia mostra, o cumprimento do restante da promessa de Deus para a vida de Abraão (uma grande descendência) dependia da sua resposta para essa pedido que Deus fez. O cumprimento total do que Deus havia dito à Abraão dependia única e exclusivamente à sua atitude diante de um sacrifício ordenado por Deus. Abraão simplesmente obedeceu, porque ele sabia que ele tinha um Deus que era maior do que qualquer benção que ele tivesse recebido até aquele momento. Ele sabia que o Senhor poderia ressuscitar seu filho das cinzas depois que ele oferecesse seu filho em holocausto se fosse o caso. Ele confia no Deus da benção, no Abençoador e não na benção em si.

Temos que aprender isso na nossa vida. Não podemos nos apegar às pequenas coisas, ainda que tenhamos recebido isso das mãos de Deus, é claro que não devemos permitir que Satanás se aposse do que possuímos, mas quando é Deus que pede, não podemos pensar duas vezes ao abrir mão. Temos que entender que o pouco que possuímos e que recebemos de Deus, passa a ser muito a partir do momento em que vemos o Abençoador como mais importante do que a benção. Se podemos obedecer a ponto de entregar a benção recebida nas mãos do Abençoador que é Deus, estaremos preparados para receber bênçãos muito maiores ainda.

Pois bem, vemos em parte da vida de Abraão, que temos que sair da posição em que estamos e tomar novas atitudes, assim poderemos crescer em graça, conhecimento, unção e prosperidade diante do altar de Deus.

Paz e Vida a todos! Que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Apocalipse - Capítulo 20

por Paulino Jr.

No capítulo 16, vimos a destruição da chamada Babilônia, a grande meretriz, ou seja, o lugar que se constituirá como centro do poder político no período da grande tribulação, no capítulo 19, cujos acontecimentos podem são observados imediatamente após o capítulo 16, vimos a destruição completa e definitiva da besta e do falso profeta. Por fim, temos que ainda ficou pendente a derrota do dragão, a antiga serpente, que é Satanás, é esse o relato do capítulo 20.

A prisão de Satanás por mil anos – A primeira ressurreição

1 Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente.
2 Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos;
3 lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo.

Em primeiro lugar é importante notar que o cordeiro, que é Cristo, não se dá ao trabalho de derrotar os seus inimigos pessoalmente, a besta e o falso profeta foram derrotados pela palavra, conforme visto no capítulo 19, por sua vez, é enviado um anjo a terra, para derrotar Satanás. Outro ponto importante é que Satanás, ao contrário da besta e do falso profeta que já foram lançados definitivamente no lago de fogo e enxofre, não será derrotado definitivamente e sim, provisoriamente, segundo a bíblia, durante um período de mil anos, que pode ser literal ou não, após isso, Satanás será libertado por pouco tempo, para tentar a última rebelião contra Deus. O anjo prende Satanás com uma corrente e coloca nela um selo, que é o selo do Senhor, contra o qual Satanás não tem poder para lutar. Nota-se que Satanás não faz nada que não lhe é permitido fazer, pois o seu poder é limitado, ele não tem como lutar contra Deus, apesar disso, Deus, após o pecado do homem, permite que Satanás fique rodeando a terra, isso tudo com o fim de selecionar aqueles que são de Deus e os que são de Satanás.

4 Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.
5 Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição.
6 Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.

Quanto ao milênio, existem pelo menos três versões, duas milenistas e uma amilenista. As versões milenistas consideram o milênio como um período literal, ou seja, como um período real de mil anos, contudo, se dividem no que diz respeito ao arrebatamento, a primeira versão milenista é chamada pré-milenista, e considera que os crentes serão arrebatados antes do milênio do governo de Cristo, quando o governo de Cristo tiver início, esses crentes arrebatados, descerão e reinarão com Cristo sobre a terra, nisso os que morreram com Cristo ressuscitarão e também reinarão sobre a terra. Para a segunda versão milenista, a chamada pós-milenista, os crentes reinarão com Cristo sobre a terra e só serão arrebatados após o julgamento, ou seja, passarão por tudo o que acontecer sobre a terra, incluindo a grande tribulação. No decorrer do livro de Apocalipse, estudamo-lo basicamente usando a versão milenista, levando em consideração que a bíblia deixa claro que o reino de mil anos de cristo é literal, além disso, também estudamos divergências doutrinárias no que diz respeito à grande tribulação (pois há diferenças de interpretação, mesmo na versão milenista). Fato é que, entendemos aqui, com base nos versículos de 4 a 6, que Jesus, sentado no seu trono e juntamente com ele, os 24 anciãos, sentados nos seus respectivos tronos, irá reinar sobre a terra. Os santos do Senhor ressuscitarão primeiro:

“16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;”
I Tessalonicenses 4:16.

Esses que morreram com Cristo e os cristãos que foram arrebatados, virão para a terra e serão espécies de embaixadores, que estarão a serviço do Senhor sobre a terra, reinando juntamente com ele, ou seja, estarão trabalhando durante esse período. Aqueles que morreram sem Cristo, não ressuscitarão nesse momento, aguardando para ressuscitarem somente no momento do julgamento final. Por fim, o ver. 6 diz que aquele que participa da primeira ressurreição é bem-aventurado, pois a segunda morte não pode mais atingi-los, não há mais meio de condenação para esses. Existem algumas divergências quanto à possibilidade de arrependimento para as pessoas que ainda estiverem na terra no período do governo de Deus, o entendimento majoritário é de que o arrependimento será sim possível nesse período, já que as portas do céu serão reabertas, com o fato de Cristo estar reinando sobre a terra é possível que muitos se renderão a ele.

Satanás é solto e derrotado

7 Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão
8 e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar.

Após os mil anos se completarem, Satanás será solto pela última vez, vemos que, apesar de termos dito que muitos se renderiam a Cristo durante o período de seu governo, alguns não o fizeram de maneira sincera, submetendo-se somente por questões políticas. Resultado disso é que, quando Satanás for solto, ele seduzirá ainda muitas pessoas, para a última insurreição contra Cristo, mais uma vez, os inimigos do Senhor insurgirão contra Jerusalém.

9 Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu.
10 O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.

Ao contrário do entendimento do capítulo 19, que diz que haverá uma guerra bélica, física na primeira insurreição, nessa segunda, a derrota se dará pelo fogo do céu, sem nenhum tipo de guerra física precedendo esse ato, não haverá, portanto, uma guerra como a que foi relatada no cap. 19, sendo tão somente a última derrota de Satanás e seus exércitos pelo fogo de Deus. Por fim, Satanás será preso definitivamente e lançado no lago de fogo e enxofre, onde já estarão a besta e o falso profeta que foram derrotados no cap. 19.

O juízo de Deus

11 Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.

Vemos agora, os céus se abrindo e Deus, assentado no trono para julgar a terra, ao contrário de todo o período em que estamos na terra, que temos Cristo advogando a nossa causa, no momento final, ele virá, como promotor, para auxiliar a Deus no julgamento dos povos. É observado também que as pessoas tentarão fugir de diante do Senhor, para não serem julgadas, contudo, elas não encontrarão para onde fugir e terão que se submeter ao julgamento.

12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.

Não haverá diferença entre as pessoas no que diz respeito a tamanho, cor, idade, todos serão julgados, sem exceção, conforme as suas obras, aqueles que foram arrebatados e os que morreram com Cristo e que já participaram da primeira ressurreição, estarão presentes no julgamento somente para ouvir a sua absolvição, pois segundo vimos nos vers. anteriores, a segunda morte não poderá atingi-los. Os que não foram arrebatados e nem morreram, ou seja, os que permaneceram na grande tribulação, serão julgados conforme os atos que estavam nos livros, ou da vida ou da morte. Por fim, os mortos que não participaram da primeira ressurreição, aqueles que não morreram com Cristo, serão ressuscitados, de onde quer que os seus corpos estiverem, para que sejam julgados e condenados conforme suas obras.

14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.
15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.

As pessoas que forem condenadas, serão lançadas no lago de fogo, para junto de Satanás, a besta, o falso profeta e os anjos de Satanás, a morte também não subsistirá na terra e ela e o inferno, que é lugar de tormento também serão lançados no lago de fogo e enxofre. Todo aquele que não for encontrado no livro da Vida, com certeza o será no livro da Morte e será lançado dentro do lago de fogo e enxofre. Encerra-se aí todo o processo do plano de salvação, culminando no julgamento final daqueles que habitam a terra. Agora, somente será relatada a glória e o reino que Deus estabelecerá para os seus santos.

Paz e Vida a todos! Que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)
Referência: Bíblia de Estudo Plenitude

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano Novo, Vida Nova?

por Paulino Jr.

"E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas."
II Coríntios 5: 17

Uma coisa é certa, não existe renovação da vida sem Cristo. Se queremos que a nossa vida tenha ares de renovação devemos encontrar a pessoa de Cristo em nós, Cristo veio para que tivéssemos vida e que ela seja abundante em prosperidade, saúde e provisão. No fim de ano, vemos as pessoas comemorando das mais diversas formas, algumas com práticas pagãs, outros até com práticas satânicas. Podemos ter a certeza que alguns poderão até conseguir coisas materiais, mas é impossível que consigam ter vida plena.

Viver uma nova vida, ao contrário do que muitos pensam, não é abandonar a vida que já possui e buscar um novo rumo sem ter certeza do que vai encontrar. Trata-se de continuar a viver a vida que possui, corrigir os erros antigos e buscar não cometer novos, mudar as atitudes e ter uma posição pró-ativa, ou seja, se antecipar aos problemas e saber qual a atitude a ser tomada a seguir. Acima de tudo, viver uma nova vida é confiar em Deus e ter a certeza de que ele conhece todas as coisas e tudo o que acontece é com permissão dele.

Que possamos viver uma nova vida em Cristo em 2010!

Boas festas e um Ano Novo de paz a todos!

Que Deus os abençoe!

Apocalipse - Capítulo 19

por Paulino Jr.

Os acontecimentos do cap. 19 do livro de Apocalipse, por tudo que nós já estudamos até aqui e pelas explicações dadas nos caps. 17 e 18, podemos interpretar que são acontecimentos que vêm imediatamente após os acontecimentos do cap. 16, como foi dito anteriormente, os caps. 17 e 18 são prenúncios da vingança administrada com os 7 flagelos, vingança essa que é total e definitiva e que foi visto no cap. 16 como sendo o derramamento da ira de Deus. Sendo assim, após essa vingança demonstrada no cap. 16, temos agora os acontecimentos do cap. 19.

O júbilo no céu

1 Depois destas coisas, ouvi no céu uma como grande voz de numerosa multidão, dizendo: Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus,
2 porquanto verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.
3 Segunda vez disseram: Aleluia! E a sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos.

Após o julgamento feito por Deus contra o centro do poder político do período da grande tribulação, a chamada Babilônia, a grande meretriz, aquela com quem se prostituíram os líderes da terra, vemos que os santos do Senhor o adoram pela sua vingança ministrada em favor deles. A multidão daqueles que viveram e morreram com o Senhor, adoram a ele após esses acontecimentos, como reconhecimento de que tudo o que aconteceu com aquela cidade é fruto da vingança do Senhor pelo que foi feito contra a igreja d’Ele em toda história da humanidade.

4 Os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que se acha sentado no trono, dizendo: Amém! Aleluia!
5 Saiu uma voz do trono, exclamando: Dai louvores ao nosso Deus, todos os seus servos, os que o temeis, os pequenos e os grandes.
6 Então, ouvi uma como voz de numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso.

Nesse momento, em que a vitória do Senhor vai se completando, enxergamos mais uma vez as vozes de louvor dos 24 anciãos e dos quatro seres viventes, que adoram ao Senhor. Além disso, há um chamamento geral para que todos os santos também participem desse momento de adoração. Aclama-se então ao Senhor como o Deus todo poderoso, acima de tudo e de todos e que reina sobre todas as coisas.

7 Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou,
8 pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.

Aqui vemos como tudo está convergindo para o ato final em que o julgamento se dará e a noiva do Senhor finalmente subirá com ele para as bodas, lembramos que o povo de Deus que já se foi e aqueles que foram arrebatados, conforme já ensinado nos estudos anteriores deste livro, estão em um local de descanso, um paraíso, onde aguardam o julgamento para que subam ao céus com o Senhor e para que aqueles que rejeitaram a Deus, sejam lançados no lago de fogo e enxofre juntamente com Satanás e seus anjos.

9 Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus.
10 Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.

É interessante como vemos referências semelhantes a duas parábolas contadas por Jesus enquanto ele ainda habitava a terra, a primeira é a das dez virgens, em que as prudentes são levadas para as bodas juntamente com o noivo, esse relato se assemelha com os versículos 7 e 8. Já nos ver. 9, vemos uma referência à parábola das bodas, em que os convidados para a festa se recusam a ir e então são convidados todos que se encontravam na rua, os rejeitados os mal vestidos, após isso, eles são vestidos com vestes novas e participam da boda como convidados de honra. O versículo 9 refere-se exatamente à essas pessoas, os gentios, que por extensão tiveram a oportunidade de serem convidados à ceia das bodas do Cordeiro e que por isso podem ser chamados de bem aventurados. No ver. 10 vemos algo interessante, a bíblia diz que somos em muito pouco menores que os anjos, outras traduções dizem menores que Deus, o fato é que nós somos seres considerados de grande estima para o Senhor, isso impede que rendamos adoração a anjos, não se pode adorar os anjos, pois eles são conservos nossos, ou seja, são seres que existem para servir a Deus juntamente conosco e para nos auxiliar nesse serviço, obedecendo as ordens de Deus. A adoração é feita a Deus, a Trindade Santa, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo e só a ele, a nenhum outro ser, seja divino, seja terreno, pode ser dado louvor ou adoração.

Cristo, o vencedor da besta e do falso profeta

11 Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.
12 Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo.
13 Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus;
14 e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro.

Quem acompanha desde o início o estudo do livro de Apocalipse, com certeza se lembra quando no início do estudo, na abertura dos primeiros selos, foi comentado que alguns dizem que o cavaleiro no cavalo branco (Cap. 6, ver. 1 e 2) é Cristo e que foi dada a ele uma coroa e ele saiu vencendo e para vencer. Ainda naquela oportunidade foi explicado que é improvável que esse cavaleiro seja Cristo, pois ainda não era o momento para que a vitória do Senhor fosse consumada, foi explicado ainda que aquele cavaleiro era o anti-cristo que recebeu autoridade para vencer provisoriamente sobre a terra para que se cumprisse as profecias. Pode ser confirmado o que foi dito naquela oportunidade agora, vemos aqui no cap. 19 a descrição de Cristo, e vemos que a sua glória é muito maior do que a daquele cavaleiro descrito no cap. 6. Este é o verdadeiro Cristo e não aquele a quem tinha sido dada uma coroa para vencer provisoriamente. Vemos que na descrição de Cristo no cap. 19, ele possui vários diademas, possivelmente são incontáveis, já que João não relata o seu número, além disso, ele tem olhos de fogo e é inconfundível, pois por cima das suas vestes ele possui um manto vermelho, que representa o seu próprio sacrifício por toda a terra, a todos aqueles que o receberam. Ele é o verbo vivo e ao contrário do anti-cristo, vencedor provisório que possuía junto consigo exércitos terrenos, vemos o verdadeiro Cristo, relatado aqui no cap. 19, sendo seguido pelos exércitos celestiais. Outro ponto que merece comentário é que assim como não é conhecido o nome de Deus, pois ele não deu seu nome a conhecer, o nome do Cristo glorificado também não é conhecido, sendo que só ele o conhece.

15 Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.
16 Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.

A própria palavra do Senhor é suficiente para ferir as nações, vemos na continuidade dessa descrição o relato de que da sua boca sai uma espada afiada para com ela ferir as nações, ou seja, da mesma forma que o mundo foi criado pela palavra, ele pode ser destruído por ela. Ainda é dito que Cristo, pessoalmente pisa o lagar do furor da ira de Deus, isso significa que Ele, Cristo, que também foi traspassado pelos homens quando veio em carne, participou ativamente da vingança derramada em favor dos Santos. A palavra de Deus diz que toda autoridade foi dada a Cristo e isso é confirmado nesse texto, onde é dito que ele é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

17 Então, vi um anjo posto em pé no sol, e clamou com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus,
18 para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, tanto pequenos como grandes.
19 E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército.
20 Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre.
21 Os restantes foram mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes.

Nos vers. 17 a 21, vemos a derrota da besta e do falso profeta, que é aquele que seduzia as nações. É interessante que Deus ordena a um anjo que convoque todas as aves do céu, pois elas se alimentariam da carne de todos aqueles que cederam seu poder à besta em troca de viver bem juntamente com ela. Vemos ainda que a besta se congrega com seu exército, acreditando que pode lutar contra o Senhor, contudo, ela e o falso profeta são lançados vivos dentro do lago de fogo e enxofre e definitivamente derrotados, além disso, vemos que a morte volta à terra e são mortos todos os que cederam seu poder para a besta. Ainda sobre esse texto, é importante citar a interpretação bíblica que diz, com base nele e no cap. 16 que nesse momento em que a besta congregar seu exército para lutar contra o Senhor, vão se reunir todos os exércitos da terra no vale de Megido ou do Armagedom, uns a favor do Senhor e outros contra, sendo que esses que estão contra serão derrotados pela espada que sai da boca de Cristo, ou seja, a sua palavra. Serão destruídos, aqueles que cederam o seu poder a besta para que ela reinasse sobre a terra e serão comidos por todo tipo de ave do céu. Por fim, é importante que não é relatada a derrota do dragão aqui no cap. 19, pois ela não será definitiva ainda nesse momento e será relatada com detalhes no cap. 20 a seguir.

Paz e Vida a todos!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Apocalipse - Capítulo 18

por Paulino Jr.

O anúncio da queda da Babilônia

1 Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória.
2 Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável,
3 pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria.

Tendo a Babilônia como sendo a representação do poder político concentrado em um determinado lugar (a grande meretriz do cap. 17), vemos que o anúncio de destruição que está sendo declarado no capítulo 18 é para todo esse poder, não só a cidade como também aqueles que se prostituíram com ela. O mundo debaixo do julgo de Satanás e da besta será da forma descrita no versículo 2, um lugar cheio de maldade e de impurezas, a destruição para a Babilônia trará exatamente a correção dessas grotescas falhas. As afirmações do versículo 3, ratificam, ou seja, confirmam o que já havia sido dito no cap. 17 sobre os reis que entregaram o seu poder nas mãos da besta para não serem consumidos por elas.

4 Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos;
5 porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou.

Os versículos 4 e 5, remontam a situação demonstrada no capítulo 16 em que a Babilônia será atingida pelos flagelos enviados por Deus. Assim como foi dito no cap. 17 que ele na verdade seria relatos de acontecimentos anteriores ao cap. 16, assim também o capítulo 18 o é. A ordem dos acontecimentos seria cap. 17, onde é mostrada a situação em que está o poder político na época da grande tribulação e toda a lascívia da Babilônia e dos seguidores da besta; cap. 18, onde é feito o anúncio da destruição da Babilônia, ou seja, do centro do poder político exercido pela besta e seus servidores e, por fim; cap. 16, onde é demonstrada a destruição efetiva deste lugar, com o derramamento dos 7 flagelos, conforme já foi visto. Vemos então aqui no cap. 18 o anúncio dos flagelos que virão (que já foram relatados no cap. 16) e a recomendação para aqueles que servem a Deus que saiam de lá, para que não sejam atingidos. Lembre-se que quando estudamos o cap. 16, vimos que Deus pouparia os seus que não foram arrebatados, de serem atingidos pelos flagelos.

6 Dai-lhe em retribuição como também ela retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as suas obras e, no cálice em que ela misturou bebidas, misturai dobrado para ela.
7 O quanto a si mesma se glorificou e viveu em luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto, porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha. Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver!
8 Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos: morte, pranto e fome; e será consumida no fogo, porque poderoso é o Senhor Deus, que a julgou.

Mais uma vez é demonstrado que o que sobrevirá sobre a besta e os seus seguidores é tão somente a paga por tudo que eles fizeram contra os servos do Senhor, todo mal que foi feito aos servos do Senhor será feito a eles em dobro. Note-se algo importante que é dito no ver. 8: “em um só dia sobrevirão os flagelos”, isso significa que aqueles sete flagelos que vimos no cap. 16 e que estão sendo anunciados no cap. 18 (lembre que os capítulos 17 e 18 antecedem ao 16 na ordem dos acontecimentos) acontecem no mesmo dia, ou seja, todos aqueles fatos não acontecerão em um prazo de tempo grande e sim em um dia só, de forma que todos serão castigados de forma imediata.

O lamento dos admiradores de Babilônia

9 Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, quando virem a fumaceira do seu incêndio,
10 e, conservando-se de longe, pelo medo do seu tormento, dizem: Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo.

Aqueles que conseguiram status por terem aberto mão do seu poder em favor da besta e do seu comando político, chorarão pela destruição da Babilônia, porque eles entenderão que o seu fim também está próximo.

11 E, sobre ela, choram e pranteiam os mercadores da terra, porque já ninguém compra a sua mercadoria,
12 mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho finíssimo, de púrpura, de seda, de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade de móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore;
13 e canela de cheiro, especiarias, incenso, ungüento, bálsamo, vinho, azeite, flor de farinha, trigo, gado e ovelhas; e de cavalos, de carros, de escravos e até almas humanas.
14 O fruto sazonado, que a tua alma tanto apeteceu, se apartou de ti, e para ti se extinguiu tudo o que é delicado e esplêndido, e nunca jamais serão achados.

Aqueles que exploravam economicamente o poder daquela cidade serão também desolados pela sua destruição, pois eles não terão nem mais onde explorar, pese-se o fato de que ao final dos tempos todo o poder econômico do mundo se concentrará neste local, já que a pobreza dominará toda a terra e só quem terá condições financeiras é a própria Babilônia, a besta e seus seguidores, de forma que ela dominará os fatores de produção e a venda de bens e serviços. Sendo assim, quando ela for destruída, toda a riqueza existente na terra será destruída também de forma que não haverá mais para quem vender a produção.

15 Os mercadores destas coisas, que, por meio dela, se enriqueceram, conservar-se-ão de longe, pelo medo do seu tormento, chorando e pranteando,
16 dizendo: Ai! Ai da grande cidade, que estava vestida de linho finíssimo, de púrpura, e de escarlata, adornada de ouro, e de pedras preciosas, e de pérolas,
17 porque, em uma só hora, ficou devastada tamanha riqueza! E todo piloto, e todo aquele que navega livremente, e marinheiros, e quantos labutam no mar conservaram-se de longe.

Todos aqueles que se viram ganhando vantagens por estar seguindo à besta, perderão essas vantagens quando da sua destruição, temos que recordar também que, de acordo com o cap. 16, apesar de prantearem, de reconhecer o erro que foi seguir a besta, de ver a destruição da cidade e a ruína do poder político, ainda assim eles não terão vontade e nem condições de se arrepender, pois quando os flagelos forem derramados o céu terá fechado as suas portas e o santuário estará inacessível, sendo impossível o arrependimento, já que os flagelos já são a força do castigo total de Deus, em detrimento do castigo parcial que havia sido feito com a abertura dos selos e os toques das trombetas.

18 Então, vendo a fumaceira do seu incêndio, gritavam: Que cidade se compara à grande cidade?
19 Lançaram pó sobre a cabeça e, chorando e pranteando, gritavam: Ai! Ai da grande cidade, na qual se enriqueceram todos os que possuíam navios no mar, à custa da sua opulência, porque, em uma só hora, foi devastada!
20 Exultai sobre ela, ó céus, e vós, santos, apóstolos e profetas, porque Deus contra ela julgou a vossa causa.

Vê-se a confirmação do que foi dito no comentário anterior, os homens reconhecerão o castigo de Deus, reconhecerão o fato de que eles estão sofrendo pelo julgamento de Deus pela causa dos santos, mas eles não proferirão nenhuma palavra de arrependimento, limitando-se a dizer aos santos que exultem na presença do Senhor pela vitória conseguida.

A ruína de Babilônia é completa e definitiva

21 Então, um anjo forte levantou uma pedra como grande pedra de moinho e arrojou-a para dentro do mar, dizendo: Assim, com ímpeto, será arrojada Babilônia, a grande cidade, e nunca jamais será achada.
22 E voz de harpistas, de músicos, de tocadores de flautas e de clarins jamais em ti se ouvirá, nem artífice algum de qualquer arte jamais em ti se achará, e nunca jamais em ti se ouvirá o ruído de pedra de moinho.
23 Também jamais em ti brilhará luz de candeia; nem voz de noivo ou de noiva jamais em ti se ouvirá, pois os teus mercadores foram os grandes da terra, porque todas as nações foram seduzidas pela tua feitiçaria.
24 E nela se achou sangue de profetas, de santos e de todos os que foram mortos sobre a terra.

O relato dessa ruína final da Babilônia tem um conteúdo muito forte, pois o que ocorre aqui é uma demonstração de que ao final de todos os acontecimentos, o poder que constituiu essa cidade onde estava concentrada o poder político também vai ruir. Isso porque serão destruídos a besta, o dragão, o anticristo e todos aqueles que os seguiram, eles serão lançados no lago de fogo e enxofre e depois disso nunca mais se ouvirá falar em nada do que constituiu aquela cidade ou até mesmo nela.

Paz e Vida a todos!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Apocalipse - Capítulo 17 – A descrição da grande Meretriz

por Paulino Jr.

Levando em conta os relatos demonstrados aqui no capítulo 17, os acontecimentos que nele estão precedem o derramamento dos sete flagelos (capítulo 16), haja vista a ostentação e alegria demonstrada na cidade representada pela mulher, devemos relembrar que o sétimo flagelo foi derramado exatamente sobre ela, acabando com toda essa alegria e ostentação, mostrando a justiça de Deus sobre ela. Sendo assim, vemos mais uma vez o fato de que o livro de apocalipse não é seqüencial, pois os fatos mostrados aqui, pela lógica bíblica, antecedem aos do capítulo 16.

1 Veio um dos sete anjos que têm as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas,
2 com quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na terra.

A grande meretriz é a chamada Babilônia, não só neste texto, mas nos outros capítulos anteriores, vemos que a Babilônia apresentada no livro do Apocalipse não é aquela mesma que existia e foi destruída, e sim o local que será o centro do poder político no período da grande tribulação. As muitas águas são as várias pessoas que se dobraram sob os pés daquela cidade e do poder que ela representava. Os reis da terra são os chefes de Estado, que se dobraram à besta e com ela fizeram pactos políticos, a fim de continuarem com o poder nas mãos, reinando juntamente com ela. O vinho da devassidão é a representação do pecado dos seres humanos que se dobrarão a esse poder que está concentrado neste local.

3 Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres.

Essa mulher é a mesma do relato dos versículos 1 e 2, levando em conta que a mulher representa um local (uma cidade, um estado ou país) onde está concentrado o poder político, pode-se entender que a besta é o próprio poder que é exercido naquela cidade, fato este que é representado pelas sete cabeças e os dez chifres, representando a autoridade exercida pela besta. O que esse texto mostra é que, todo o status conseguido pela mulher, ou seja, por este local, está baseado no poder exercido por essa autoridade maior, representada aqui pela besta. A cor escarlate, ou seja, vermelho, representa todo o pecado e abominações trazidos pela besta.

4 Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição.

A mulher vestida de púrpura com adornos de ouro, pedras preciosas e pérolas, demonstra toda a ostentação do local onde estará concentrado o poder político na terra naquele período, o cálice transbordando de abominações e imundícias é uma clara oposição aos cálices com a justiça de Deus e representa todo o pecado levado as nações através da besta deste local (a mulher).

5 Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA.

Vemos mais uma vez que a mulher representa todo o centro do poder político da besta, do anticristo e do dragão, o local de onde surgirão todo tipo de abominações, perversões e pecados para consumir aqueles que não foram lavados pelo sangue do cordeiro.

6 Então, vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus; e, quando a vi, admirei-me com grande espanto.

O poder de satanás, em toda a história da humanidade alimenta-se da perseguição que ele empreende contra os santos, contra as testemunhas de Cristo e aqueles que tem a marca do cordeiro, por isso que a mulher é mostrada como embriagada pelo sangue dos santos, isso porque satanás através de seus comandados, a besta e o anticristo, estará se deleitando com a vitória parcial que estará tendo neste momento, tudo isso é refletido na alegria demonstrada naquela cidade.

7 O anjo, porém, me disse: Por que te admiraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que leva a mulher:
8 a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.
9 Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis,
10 dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco.
11 E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.

Talvez esse seja o texto do livro de Apocalipse que mais dá origem a interpretações, alguns afirmam até que a besta seria o Papa João Paulo II, tudo isso com base em interpretações desse texto. A besta representa o poder político exercido no período da grande tribulação, não se trata necessariamente de uma pessoa, mas sim de fatores que levam a emergir a cidade que será o centro político (a besta que leva a mulher nos lombos). Acredita-se que a besta pode ser uma pessoa ou um método de governo que não mais é utilizado (foi ferido de morte e se recuperou Cap. 13), que no período da grande tribulação ressurgirá e será o meio utilizado para subjugar as pessoas, ou seja, esse poder deixou de existir, mas voltará neste período (era e não é, mas aparecerá). Há ainda quem acredita que este modelo de poder seja o império, mas precisamente representado pelo império romano, já que Roma estava localizada entre sete montes. Como já dito nos capítulos anteriores, o fato de que era e não é, pode ser alguém que pareceu ser bom aos olhos das pessoas, aparenta ter uma boa conduta, mas que será usado por satanás, para exercer o poder sobre as pessoas, este é o que caminha para a destruição e vai levar as pessoas juntamente com ele.

12 Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora.
13 Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem.

Esses dez reis, possivelmente são pessoas que possuem status midiático, pessoas que não possuem poder político, mas que tem grande capacidade de persuasão junto à população da terra em geral. São pessoas com uma grande capacidade de agregar mais pessoas junto de si e que usarão dessa capacidade para levar a população da terra a adorar a besta. Com isso, eles vão oferecer à besta esse poder de persuasão que possuem em troca de não perder o seu status e ainda ganhar poder de verdade em apoio à besta.

14 Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele.

Este texto mostra qual é a intenção de satanás em tomar o poder político, ele quer usar as nações da terra para guerrear contra os eleitos do Senhor, e consequentemente contra o próprio Cristo. Contudo, ele não terá a capacidade de vencer e será derrotado, ele e todos aqueles que emprestaram a ele o seu poder para que ele tentasse vencer os servos do Senhor.

15 Falou-me ainda: As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos, multidões, nações e línguas.

Mais uma vez é demonstrado que todo o poder político sobre a terra está concentrado nessa cidade ou neste local, representado pela meretriz, é de lá que saíra ordens sobre todos os povos da terra.

16 Os dez chifres que viste e a besta, esses odiarão a meretriz, e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo.

No capítulo 16 vimos que ao ser derramado o quinto flagelo, sobre o trono da besta, a própria besta começará a afligir aqueles que a seguem e colocar jugo sobre eles, é possível entender aí mais uma vez que esses relatos do cap. 17 antecedem aos do cap. 16, pois a referência aqui é feita no futuro. A aflição que a besta e seus reis, lançarão sobre a cidade fará estourar uma espécie de guerra civil, que destruirá todo aquele local e a fará ser consumida.

17 Porque em seu coração incutiu Deus que realizem o seu pensamento, o executem à uma e dêem à besta o reino que possuem, até que se cumpram as palavras de Deus.
18 A mulher que viste é a grande cidade que domina sobre os reis da terra.

Tudo o que acontece e acontecerá e que é demonstrado no livro de apocalipse como um todo, é fruto da permissão de Deus, para que se cumpram as coisas que tem que se cumprir. O plano de salvação teve início na queda do homem e a partir daí, tudo que acontece converge para que esse plano seja consumado, a besta reinará sobre a terra, a vontade de Deus era de que nenhum homem a seguisse, mas temos o entendimento que muitos a seguirão, sendo assim, todos esses acontecimentos, precisam acontecer para que sejam separados aqueles que serão salvos e os que não serão e para que ao final de tudo, o julgamento seja efetivado e se cumpram as palavras de Deus.

Paz e Vida a todos!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)