sábado, 23 de outubro de 2010

Quanto vale a vida?

por Bp. Paulino Meira

"Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?"
Mateus 16:26

Procuramos por tanta coisa na nossa caminhada, amigos, parceiros de negócios, namorados(as), dinheiro, poder, fama...

Mas a grande pergunta é: Será que tudo isso importa?

Até que ponto podemos trazer luz à nossa própria história? Ou como pergunta a bíblia: "Quem pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?"

Estava navegando pela internet hoje, em uma das pouquíssimas oportunidades que tenho de fazer isso, já que estou trabalhando muito e ando muito cansado e, enquanto navegava, entrei no orkut de uma amiga que morreu recentemente, cerca de uns 2 meses atrás. Ela morreu de uma forma trágica em um acidente, portanto, antes de morrer era uma pessoa saudável e alegre.

Fiquei pensando em quanto nós somos prepotentes ao achar que temos algum controle sobre a nossa vida de uma maneira geral. É claro que temos nossas escolhas, temos as nossas opções e com isso podemos mudar o nosso presente e o nosso futuro. Mas o executar de todas as coisas depende de Deus. Só quando entendemos isso, passamos a viver melhor. Tentei projetar o meu futuro para daqui a dez anos, acabei perdendo quatro deles, planejando. Quando resolvi entender que o que eu quero nem sempre é o melhor pra mim, arrisquei e agora estou colhendo os frutos, arrisquei não porque era bom, mesmo porque ainda não o sou, mas sim porque o Espírito Santo de Deus em mim é excelente.

Não vale nada para um ser humano procurar tudo que esse mundo oferece, ou achar que pode achar em si mesmo salvação, ou porque não acredita em Deus, ou porque acredita e acha que já chegou em um estado de santidade tal que pode ser trasladado. Não devemos caminhar nem tanto para a direita e nem tanto para esquerda, não podemos ser ímpios, mas também não podemos achar que somos os mais justos da face da terra, segundo o livro de Eclesiastes, isso traria destruição a nós mesmos. Tentar ganhar nossa vida significa acharmos que somos autosuficientes, mas ainda que tentemos isso, o que poderíamos dar em troca da nossa alma?

Jesus pagou um preço, deu sua vida, derramou sangue, e é só assim que poderemos ganhar uma vida eterna com Deus. Aceitando esse sacríficio de sangue como o único meio viável de nos levar à salvação. Deixar a nossa cruz e levar a cruz de Cristo. Deixar de tentar ganhar a nossa vida por conta própria e perdê-la deixando-a nas mãos de Deus para que ele guie os nossos passos.

Vivendo assim, as coisas realmente acontecem...

O que você pode oferecer pra Deus hoje?

Paz e Vida a todos e que Deus os abençoe!!!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Prontos para ouvir?

por Bp. Paulino Jr.
(Em Curitiba)

Bom, gostaria de começar atualizando àqueles que sabem que me mudei para Curitiba, estou bem, trabalhando. Ainda não é o que eu idealizei, mas sei que Deus está trabalhando, o salário não é ruim e o ambiente é muito bom, meu patrão é Cristão e frequenta a mesma igreja que eu estou frequentando até conseguir abrir as portas do nosso ministério aqui. Agora vamos à nossa meditação, gostaria de falar um pouco sobre comportamento.

"Portanto, meus amados irmãos, estejais pois, prontos a ouvir..." (Tiago 1: 19a).

Estava ouvindo a mensagem que o Pastor ministrava na quinta feira passada, ele falava sobre Abraão que simplesmente se calou ao ouvir a voz de Deus, ordenando que sacrificasse o seu filho. Pensando sobre isso, notei que as pessoas não estão mais ouvindo nem a Deus e nem aos outros. O que temos visto hoje nas ruas são pessoas dentro dos seus carros com o som o mais alto possível, enquanto os pedestres, sejam na rua ou no ônibus (morando em capital estou andando muito mais de ônibus), caminham com os seus fones de ouvido, ouvindo sabe Deus lá o que.

O fato é que não ouvimos mais as pessoas. Isso é um grande problema, quantas vezes você já foi abençoado pelas palavras de alguém? Quantas vezes você já abençoou alguém por palavras? Mas aí eu te pergunto: Quantas vezes você tem feito isso recentemente?

Tenho certeza que você vai observar que antigamente fazia isso muito mais do que hoje, atualmente estamos tão preocupados com o que vamos fazer ou deixar de fazer, que a nossa vida gira em torno de nós mesmos. Não queremos nem saber o que as pessoas fazem ou deixam de fazer. Não estou dizendo que você deve ficar cuidando da vida dos outros, mas estou te deixando claro que você tem que ficar atento aos problemas do seu próximo. Estamos vivendo um momento de egoísmo tal, que muitas vezes vemos pessoas querendo morrer do nosso lado e não temos coragem de dizer: "Não faça isso!!! Há um Deus que te ama!!!" Temos deixado de evangelizar e falar do amor de Deus. Temos deixando de ser Cristãos autênticos, para sermos pseudocristãos, que o são dentro da igreja, mas que fora dela ninguém sabe qual é a sua origem.

Pensando sobre ouvir as pessoas, notei que eu conheci a mulher da minha vida em uma conversa informal, em uma conversa informal eu a levei para a igreja e a partir daí, estamos noivos a um ano, juntos a quatro. Deixei currículos em lugares, mas consegui emprego em uma conversa informal na igreja e não foi porque alguém me apresentou quem poderia me oferecer um emprego e sim porque eu fiquei em silêncio na hora certa e ouvi um irmão orando a respeito de conseguir uma pessoa ética para um trabalho contábil. A vida é feita de atitudes e algumas vezes a atitude certa é se calar. Eu aprendi muito mais me calando do que falando. Enquanto eu falava, não tinha muita coisa na minha vida ministerial, reclamava muito e quase saí da igreja em que estava por isso, mesmo o Pastor (hoje Bispo) dela sendo o meu cunhado. Comecei a ver que o erro não estava onde eu estava e sim em mim. Aprendi a me calar, me calando consegui receber de Deus um ministério (meu maior sonho realizado até hoje), consegui terminar um curso superior (o segundo maior sonho) e agora estou caminhando para um casamento feliz e uma vida profissional realizada (sonhos a se realizar).

O que quero deixar para todos os que aqui acessam é: "Estejam prontos a ouvir..." Quem ouve mais fala menos, quem fala menos não se ira e quem não se ira não peca.

Que Deus os abençoe rica e abundantemente... Paz e Vida a todos!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada).

terça-feira, 20 de abril de 2010

Qual é a tua posição?

por Paulino Jr.

Esse estudo está pautado em um longo trecho do livro de Gênesis que vai desde o capítulo 12 até o capítulo 22, veremos nele, sete coisas necessárias à vida de quem quer uma mudança, na sua história. O próprio título do estudo começa com uma pergunta, e eu lançaria aqui mais duas além desta: O que você quer fazer a partir de hoje? E para o resto da sua vida? E ainda mais uma: Como será o teu futuro?

Temos que saber o que queremos para as nossas vidas, onde queremos ir, o que queremos ter e onde queremos chegar. Temos que saber separar ambição de ganância e entender que essas palavras não possuem o mesmo significado. A ambição é o desejo de ser grande, já a ganância é a usura, ou o excesso de ambição. Enquanto o ambicioso é aquele quer crescer de forma correta, que quer ter uma vida bem sucedida, que deseja e almeja algo, o ganancioso é aquele que pisa em qualquer um para ter o que quer. Deus não condena a ambição, mas condena a ganância.

Para entender tudo isso, veremos a história de Abrão. Deus olhou para aquele homem e quis que ele tivesse ambição. A condição de Abrão naquele momento não era ruim, ele fazia parte de uma família de tradição naquela terra e tinha posses, mas Deus não queria que ele tivesse só aquilo, o que estava preparado para ele era muito maior e ele precisava enxergar aquele fato. Contudo, somente enxergar o que Deus quer não é o suficiente para que alcancemos, pois temos que ter algumas atitudes que nos farão alcançar os nossos objetivos e principalmente, os objetivos de Deus para nós. Deus chamou Abrão e ele teve essas ações.

1º Não fique a vida toda sendo subsidiado por alguém (Gênesis 12: 1-4):

“1 Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei;
2 de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!
3 Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4 Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã.”

Quando Deus chamou Abrão, ele estava em uma situação cômoda, tinha uma casa, um casamento, gado, servos e uma família por perto. Ele poderia ter pensado que não era a hora de ele sair dali. Deus disse a ele: “Sai da tua terra, da tua parentela e vá para uma terra que eu te mostrarei”. Abrão poderia ter respondido: “Eu não sei que terra é essa, nem tenho certeza de que é Deus que está falando comigo, eu não vou”. No entanto, a resposta de Abrão foi imediata, ele se levantou e caminhou, tomou seus servos, seu gado, se despediu de sua família e foi, levando o seu sobrinho Ló consigo.

Na nossa vida temos que fazer o mesmo. Não podemos esperar que as pessoas que nos rodeiam fiquem nos subsidiando e dando suporte e nos ajudando a vida toda. Não estou dizendo que não precisamos da ajuda das pessoas, todo ser humano precisa de ajuda (Isaías 41: 6), mas isso não quer dizer que vamos ficar dependentes de outras pessoas todo o tempo. Temos que aprender que aprender a cultivar a nossa individualidade (não confunda com egoísmo), temos que parar de depender de pais, irmãos, parentes, amigos e ir à luta. Foi para isso que Deus chamou Abrão, para que ele saísse do estado de comodismo em que estava e caminhasse para uma luta onde o resultado seria o seu crescimento, o sucesso e a honra da promessa que Deus tinha dado a ele.

2º Esteja no centro da vontade de Deus (Gênesis 12: 10-20):

“10 Havia fome naquela terra; desceu, pois, Abrão ao Egito, para aí ficar, porquanto era grande a fome na terra.
11 Quando se aproximava do Egito, quase ao entrar, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher de formosa aparência;
12 os egípcios, quando te virem, vão dizer: É a mulher dele e me matarão, deixando-te com vida.
13 Dize, pois, que és minha irmã, para que me considerem por amor de ti e, por tua causa, me conservem a vida.
14 Tendo Abrão entrado no Egito, viram os egípcios que a mulher era sobremaneira formosa.
15 Viram-na os príncipes de Faraó e gabaram-na junto dele; e a mulher foi levada para a casa de Faraó.
16 Este, por causa dela, tratou bem a Abrão, o qual veio a ter ovelhas, bois, jumentos, escravos e escravas, jumentas e camelos.
17 Porém o SENHOR puniu Faraó e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão.
18 Chamou, pois, Faraó a Abrão e lhe disse: Que é isso que me fizeste? Por que não me disseste que era ela tua mulher?
19 E me disseste ser tua irmã? Por isso, a tomei para ser minha mulher. Agora, pois, eis a tua mulher, toma-a e vai-te.
20 E Faraó deu ordens aos seus homens a respeito dele; e acompanharam-no, a ele, a sua mulher e a tudo que possuía.”

Aprendemos essa lição não com um acerto de Abrão, mas sim com um erro. Vemos que ele mentiu ao chegar no Egito, pois teve medo, apesar de ser um homem de muita fé, naquele momento Abrão titubeou e não conseguiu confiar em Deus, mentindo a respeito de sua esposa. Vemos que Abrão a fez passar por uma situação constrangedora e ele também passou. Apenas no momento em que ele corrigiu o seu erro e disse a verdade é que ele pode estar em paz e também o povo do Egito.

Na nossa vida, temos que estar atentos a isso. Se Deus nos enviou, ele garante, não precisamos mentir, omitir ou nos resguardar, por medo dos resultados, pelo contrário, temos que nos lançar e simplesmente agir, pois ele irá nos garantir o que prometeu. Isso é estar no centro da vontade de Deus, é se lançar sem medo do resultado, é ir para frente sem deixar para trás pontas soltas ou possibilidade de recuo. Uma volta para o lugar de origem, só pode ser aceita, se você voltar para lá melhor do que saiu e nunca na posição de derrotado.

3º Afaste-se quando for necessário (Gênesis 13: 14-18):

“14 Disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente;
15 porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre.
16 Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência.
17 Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque eu ta darei.
18 E Abrão, mudando as suas tendas, foi habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um altar ao SENHOR.”

Somente depois de Abrão ter se separado de Ló, foi que Deus continuou mostrando a Abrão qual era o seu plano. Ló não era servo do Senhor como o era Abrão, por isso, foi necessário em um determinado momento da viagem que os dois se separassem. Os servos de Abrão não estavam mais se dando com os servos de Ló e esse foi o estopim para que cada um seguisse para o seu lado. Contudo, vemos que só assim, foi possível que o Senhor desse à Abrão as próximas coordenadas da sua caminhada para a vitória.

Na nossa vida também é assim. Muitas vezes temos amigos, parentes, pessoas próximas e que caminham conosco, que grande parte das vezes não nos trazem nenhum mal, mas que pelo simples fato de estarem do nosso lado, nos puxam para traz, nos impedem de crescer e nos fazem ficar parados no tempo. Nossa atitude tem que ser igual a de Abrão, temos que nos afastar, para que possamos ter a possibilidade de crescimento. É como a bíblia nos diz: “Há tempo de abraçar e tempo de deixar de abraçar” (Eclesiastes 3: 5).

4º Nunca se esqueça de quem caminhou com você (Gênesis 14: 14-17):

“14 Ouvindo Abrão que seu sobrinho estava preso, fez sair trezentos e dezoito homens dos mais capazes, nascidos em sua casa, e os perseguiu até Dã.
15 E, repartidos contra eles de noite, ele e os seus homens, feriu-os e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco.
16 Trouxe de novo todos os bens, e também a Ló, seu sobrinho, os bens dele, e ainda as mulheres, e o povo.
17 Após voltar Abrão de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele, saiu-lhe ao encontro o rei de Sodoma no vale de Savé, que é o vale do Rei.”

Não é porque se afastou, que Abrão se esqueceu de Ló, muito pelo contrário, Abrão se preocupava com ele, pois era seu sobrinho e haviam caminhado juntos durante muito tempo. Nessa leitura é possível notar que Abrão pegou os seus melhores homens e entrou em uma guerra grande para salvar o seu sobrinho.

Na nossa vida não podemos esquecer de onde viemos ou quem éramos, não podemos nos esquecer das pessoas que caminharam conosco e que estiveram juntos quando precisamos. Isso se chama gratidão. Não é necessário que alguém tenha feito muito por nós para que sejamos gratos, o simples fato de ser para nós uma companhia e de caminhar conosco já é mais do que suficiente para isso e, nesse caso, se for necessário que entremos em uma guerra para ajudar a esses, devemos fazê-lo, pois Deus se agrada disso.

5º Tenha paciência (Gênesis 16: 3-4):

3 Então, Sarai, mulher de Abrão, tomou a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, depois de ter ele habitado por dez anos na terra de Canaã.
4 Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada.

Mais uma vez podemos aprender não com um acerto de Abrão e sim com um erro. Vemos que apesar de Deus ter prometido a ele um filho, sua esposa e ele não esperaram conforme aquilo que o Senhor prometeu. Eles acabaram por tomar decisões à frente de Deus e Sarai deu a sua serva para que Abrão a possuísse. Esse foi um erro drástico que arrasta consequências até hoje, note que os povos que habitam no deserto (palestinos) são descendência de Ismael (fruto deste erro de Abrão) e o povo de Israel é descendência de Isaque (filho legítimo de Abrão).

Na vida, os erros que cometemos por não ter paciência também nos trazem consequências gigantescas. Temos que saber que a hora certa das coisas não é aquela que imaginamos e sim aquela que Deus diz que é. Temos que entender que as promessas do Senhor não tardam (Habacuque 2: 2-3). Ainda que para nós pareça que está demorando muito, não é assim. O Senhor não falha e faz as coisas no tempo certo, parece que está tardando para nós, mas para Ele, está no tempo certo e na hora exata.

6º Deixe que Deus molde o seu caráter (Gênesis 17: 5;15):

5 Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí.
15 Disse também Deus a Abraão: A Sarai, tua mulher, já não lhe chamarás Sarai, porém Sara.

Deus mudou o nome de Abrão (Pai Exaltado) para Abraão (Pai de uma multidão), a partir daí Abraão passou a carregar a promessa que Deus tinha dado a ele no seu próprio nome, da mesma forma Deus mudou o nome de Sarai para Sara, ambos os nomes significam princesa, mas Deus queria que Sara também carregasse em si um nome dado por Ele, para que fosse honrada a sua aliança. Deus mostrou para Abraão e Sara que eles poderiam a partir de então demonstrar para todos em seus novos nomes que a promessa do Senhor era evidente neles, ainda que ela não tivesse se cumprido até aquele momento.

Muitas vezes, condicionamos a nossa mudança de comportamento, ao cumprimento da promessa que o Senhor tem feito a nós. Dizemos: “eu só vou dizimar quando o Senhor me der um emprego melhor” ou então: “só vou à igreja se Deus me der um carro” ou ainda: “só vou atuar na obra de Deus no momento em que Ele me der uma esposa que me auxilie”, a ordem das coisas não pode ser essa. Temos que permitir que Deus molde o nosso caráter, de forma que as promessas dele fiquem evidentes em nossas vidas, ainda que não tenham se cumprido até aquele momento, temos que demonstrar não só para as pessoas, mas também para Deus, que estamos permitindo que Ele faça mudança em nós, pela certeza que temos no cumprimento de Suas promessas.

7º Creia e obedeça a Deus. Não permita que a benção seja mais importante do que o abençoador (Gênesis 22: 1-8)

1 Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui!
2 Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.
3 Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado.
4 Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe.
5 Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.
6 Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos.
7 Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
8 Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.

Deus cumpriu a promessa na vida de Abraão, mas em um determinado momento, Deus resolveu provar até que ponto a fé de Abraão ia, de acordo com o que a bíblia mostra, o cumprimento do restante da promessa de Deus para a vida de Abraão (uma grande descendência) dependia da sua resposta para essa pedido que Deus fez. O cumprimento total do que Deus havia dito à Abraão dependia única e exclusivamente à sua atitude diante de um sacrifício ordenado por Deus. Abraão simplesmente obedeceu, porque ele sabia que ele tinha um Deus que era maior do que qualquer benção que ele tivesse recebido até aquele momento. Ele sabia que o Senhor poderia ressuscitar seu filho das cinzas depois que ele oferecesse seu filho em holocausto se fosse o caso. Ele confia no Deus da benção, no Abençoador e não na benção em si.

Temos que aprender isso na nossa vida. Não podemos nos apegar às pequenas coisas, ainda que tenhamos recebido isso das mãos de Deus, é claro que não devemos permitir que Satanás se aposse do que possuímos, mas quando é Deus que pede, não podemos pensar duas vezes ao abrir mão. Temos que entender que o pouco que possuímos e que recebemos de Deus, passa a ser muito a partir do momento em que vemos o Abençoador como mais importante do que a benção. Se podemos obedecer a ponto de entregar a benção recebida nas mãos do Abençoador que é Deus, estaremos preparados para receber bênçãos muito maiores ainda.

Pois bem, vemos em parte da vida de Abraão, que temos que sair da posição em que estamos e tomar novas atitudes, assim poderemos crescer em graça, conhecimento, unção e prosperidade diante do altar de Deus.

Paz e Vida a todos! Que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Apocalipse - Capítulo 20

por Paulino Jr.

No capítulo 16, vimos a destruição da chamada Babilônia, a grande meretriz, ou seja, o lugar que se constituirá como centro do poder político no período da grande tribulação, no capítulo 19, cujos acontecimentos podem são observados imediatamente após o capítulo 16, vimos a destruição completa e definitiva da besta e do falso profeta. Por fim, temos que ainda ficou pendente a derrota do dragão, a antiga serpente, que é Satanás, é esse o relato do capítulo 20.

A prisão de Satanás por mil anos – A primeira ressurreição

1 Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente.
2 Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos;
3 lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo.

Em primeiro lugar é importante notar que o cordeiro, que é Cristo, não se dá ao trabalho de derrotar os seus inimigos pessoalmente, a besta e o falso profeta foram derrotados pela palavra, conforme visto no capítulo 19, por sua vez, é enviado um anjo a terra, para derrotar Satanás. Outro ponto importante é que Satanás, ao contrário da besta e do falso profeta que já foram lançados definitivamente no lago de fogo e enxofre, não será derrotado definitivamente e sim, provisoriamente, segundo a bíblia, durante um período de mil anos, que pode ser literal ou não, após isso, Satanás será libertado por pouco tempo, para tentar a última rebelião contra Deus. O anjo prende Satanás com uma corrente e coloca nela um selo, que é o selo do Senhor, contra o qual Satanás não tem poder para lutar. Nota-se que Satanás não faz nada que não lhe é permitido fazer, pois o seu poder é limitado, ele não tem como lutar contra Deus, apesar disso, Deus, após o pecado do homem, permite que Satanás fique rodeando a terra, isso tudo com o fim de selecionar aqueles que são de Deus e os que são de Satanás.

4 Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.
5 Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição.
6 Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.

Quanto ao milênio, existem pelo menos três versões, duas milenistas e uma amilenista. As versões milenistas consideram o milênio como um período literal, ou seja, como um período real de mil anos, contudo, se dividem no que diz respeito ao arrebatamento, a primeira versão milenista é chamada pré-milenista, e considera que os crentes serão arrebatados antes do milênio do governo de Cristo, quando o governo de Cristo tiver início, esses crentes arrebatados, descerão e reinarão com Cristo sobre a terra, nisso os que morreram com Cristo ressuscitarão e também reinarão sobre a terra. Para a segunda versão milenista, a chamada pós-milenista, os crentes reinarão com Cristo sobre a terra e só serão arrebatados após o julgamento, ou seja, passarão por tudo o que acontecer sobre a terra, incluindo a grande tribulação. No decorrer do livro de Apocalipse, estudamo-lo basicamente usando a versão milenista, levando em consideração que a bíblia deixa claro que o reino de mil anos de cristo é literal, além disso, também estudamos divergências doutrinárias no que diz respeito à grande tribulação (pois há diferenças de interpretação, mesmo na versão milenista). Fato é que, entendemos aqui, com base nos versículos de 4 a 6, que Jesus, sentado no seu trono e juntamente com ele, os 24 anciãos, sentados nos seus respectivos tronos, irá reinar sobre a terra. Os santos do Senhor ressuscitarão primeiro:

“16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;”
I Tessalonicenses 4:16.

Esses que morreram com Cristo e os cristãos que foram arrebatados, virão para a terra e serão espécies de embaixadores, que estarão a serviço do Senhor sobre a terra, reinando juntamente com ele, ou seja, estarão trabalhando durante esse período. Aqueles que morreram sem Cristo, não ressuscitarão nesse momento, aguardando para ressuscitarem somente no momento do julgamento final. Por fim, o ver. 6 diz que aquele que participa da primeira ressurreição é bem-aventurado, pois a segunda morte não pode mais atingi-los, não há mais meio de condenação para esses. Existem algumas divergências quanto à possibilidade de arrependimento para as pessoas que ainda estiverem na terra no período do governo de Deus, o entendimento majoritário é de que o arrependimento será sim possível nesse período, já que as portas do céu serão reabertas, com o fato de Cristo estar reinando sobre a terra é possível que muitos se renderão a ele.

Satanás é solto e derrotado

7 Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão
8 e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar.

Após os mil anos se completarem, Satanás será solto pela última vez, vemos que, apesar de termos dito que muitos se renderiam a Cristo durante o período de seu governo, alguns não o fizeram de maneira sincera, submetendo-se somente por questões políticas. Resultado disso é que, quando Satanás for solto, ele seduzirá ainda muitas pessoas, para a última insurreição contra Cristo, mais uma vez, os inimigos do Senhor insurgirão contra Jerusalém.

9 Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu.
10 O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.

Ao contrário do entendimento do capítulo 19, que diz que haverá uma guerra bélica, física na primeira insurreição, nessa segunda, a derrota se dará pelo fogo do céu, sem nenhum tipo de guerra física precedendo esse ato, não haverá, portanto, uma guerra como a que foi relatada no cap. 19, sendo tão somente a última derrota de Satanás e seus exércitos pelo fogo de Deus. Por fim, Satanás será preso definitivamente e lançado no lago de fogo e enxofre, onde já estarão a besta e o falso profeta que foram derrotados no cap. 19.

O juízo de Deus

11 Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.

Vemos agora, os céus se abrindo e Deus, assentado no trono para julgar a terra, ao contrário de todo o período em que estamos na terra, que temos Cristo advogando a nossa causa, no momento final, ele virá, como promotor, para auxiliar a Deus no julgamento dos povos. É observado também que as pessoas tentarão fugir de diante do Senhor, para não serem julgadas, contudo, elas não encontrarão para onde fugir e terão que se submeter ao julgamento.

12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.

Não haverá diferença entre as pessoas no que diz respeito a tamanho, cor, idade, todos serão julgados, sem exceção, conforme as suas obras, aqueles que foram arrebatados e os que morreram com Cristo e que já participaram da primeira ressurreição, estarão presentes no julgamento somente para ouvir a sua absolvição, pois segundo vimos nos vers. anteriores, a segunda morte não poderá atingi-los. Os que não foram arrebatados e nem morreram, ou seja, os que permaneceram na grande tribulação, serão julgados conforme os atos que estavam nos livros, ou da vida ou da morte. Por fim, os mortos que não participaram da primeira ressurreição, aqueles que não morreram com Cristo, serão ressuscitados, de onde quer que os seus corpos estiverem, para que sejam julgados e condenados conforme suas obras.

14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.
15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.

As pessoas que forem condenadas, serão lançadas no lago de fogo, para junto de Satanás, a besta, o falso profeta e os anjos de Satanás, a morte também não subsistirá na terra e ela e o inferno, que é lugar de tormento também serão lançados no lago de fogo e enxofre. Todo aquele que não for encontrado no livro da Vida, com certeza o será no livro da Morte e será lançado dentro do lago de fogo e enxofre. Encerra-se aí todo o processo do plano de salvação, culminando no julgamento final daqueles que habitam a terra. Agora, somente será relatada a glória e o reino que Deus estabelecerá para os seus santos.

Paz e Vida a todos! Que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)
Referência: Bíblia de Estudo Plenitude