quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano Novo, Vida Nova?

por Paulino Jr.

"E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas."
II Coríntios 5: 17

Uma coisa é certa, não existe renovação da vida sem Cristo. Se queremos que a nossa vida tenha ares de renovação devemos encontrar a pessoa de Cristo em nós, Cristo veio para que tivéssemos vida e que ela seja abundante em prosperidade, saúde e provisão. No fim de ano, vemos as pessoas comemorando das mais diversas formas, algumas com práticas pagãs, outros até com práticas satânicas. Podemos ter a certeza que alguns poderão até conseguir coisas materiais, mas é impossível que consigam ter vida plena.

Viver uma nova vida, ao contrário do que muitos pensam, não é abandonar a vida que já possui e buscar um novo rumo sem ter certeza do que vai encontrar. Trata-se de continuar a viver a vida que possui, corrigir os erros antigos e buscar não cometer novos, mudar as atitudes e ter uma posição pró-ativa, ou seja, se antecipar aos problemas e saber qual a atitude a ser tomada a seguir. Acima de tudo, viver uma nova vida é confiar em Deus e ter a certeza de que ele conhece todas as coisas e tudo o que acontece é com permissão dele.

Que possamos viver uma nova vida em Cristo em 2010!

Boas festas e um Ano Novo de paz a todos!

Que Deus os abençoe!

Apocalipse - Capítulo 19

por Paulino Jr.

Os acontecimentos do cap. 19 do livro de Apocalipse, por tudo que nós já estudamos até aqui e pelas explicações dadas nos caps. 17 e 18, podemos interpretar que são acontecimentos que vêm imediatamente após os acontecimentos do cap. 16, como foi dito anteriormente, os caps. 17 e 18 são prenúncios da vingança administrada com os 7 flagelos, vingança essa que é total e definitiva e que foi visto no cap. 16 como sendo o derramamento da ira de Deus. Sendo assim, após essa vingança demonstrada no cap. 16, temos agora os acontecimentos do cap. 19.

O júbilo no céu

1 Depois destas coisas, ouvi no céu uma como grande voz de numerosa multidão, dizendo: Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus,
2 porquanto verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.
3 Segunda vez disseram: Aleluia! E a sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos.

Após o julgamento feito por Deus contra o centro do poder político do período da grande tribulação, a chamada Babilônia, a grande meretriz, aquela com quem se prostituíram os líderes da terra, vemos que os santos do Senhor o adoram pela sua vingança ministrada em favor deles. A multidão daqueles que viveram e morreram com o Senhor, adoram a ele após esses acontecimentos, como reconhecimento de que tudo o que aconteceu com aquela cidade é fruto da vingança do Senhor pelo que foi feito contra a igreja d’Ele em toda história da humanidade.

4 Os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que se acha sentado no trono, dizendo: Amém! Aleluia!
5 Saiu uma voz do trono, exclamando: Dai louvores ao nosso Deus, todos os seus servos, os que o temeis, os pequenos e os grandes.
6 Então, ouvi uma como voz de numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso.

Nesse momento, em que a vitória do Senhor vai se completando, enxergamos mais uma vez as vozes de louvor dos 24 anciãos e dos quatro seres viventes, que adoram ao Senhor. Além disso, há um chamamento geral para que todos os santos também participem desse momento de adoração. Aclama-se então ao Senhor como o Deus todo poderoso, acima de tudo e de todos e que reina sobre todas as coisas.

7 Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou,
8 pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.

Aqui vemos como tudo está convergindo para o ato final em que o julgamento se dará e a noiva do Senhor finalmente subirá com ele para as bodas, lembramos que o povo de Deus que já se foi e aqueles que foram arrebatados, conforme já ensinado nos estudos anteriores deste livro, estão em um local de descanso, um paraíso, onde aguardam o julgamento para que subam ao céus com o Senhor e para que aqueles que rejeitaram a Deus, sejam lançados no lago de fogo e enxofre juntamente com Satanás e seus anjos.

9 Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus.
10 Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.

É interessante como vemos referências semelhantes a duas parábolas contadas por Jesus enquanto ele ainda habitava a terra, a primeira é a das dez virgens, em que as prudentes são levadas para as bodas juntamente com o noivo, esse relato se assemelha com os versículos 7 e 8. Já nos ver. 9, vemos uma referência à parábola das bodas, em que os convidados para a festa se recusam a ir e então são convidados todos que se encontravam na rua, os rejeitados os mal vestidos, após isso, eles são vestidos com vestes novas e participam da boda como convidados de honra. O versículo 9 refere-se exatamente à essas pessoas, os gentios, que por extensão tiveram a oportunidade de serem convidados à ceia das bodas do Cordeiro e que por isso podem ser chamados de bem aventurados. No ver. 10 vemos algo interessante, a bíblia diz que somos em muito pouco menores que os anjos, outras traduções dizem menores que Deus, o fato é que nós somos seres considerados de grande estima para o Senhor, isso impede que rendamos adoração a anjos, não se pode adorar os anjos, pois eles são conservos nossos, ou seja, são seres que existem para servir a Deus juntamente conosco e para nos auxiliar nesse serviço, obedecendo as ordens de Deus. A adoração é feita a Deus, a Trindade Santa, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo e só a ele, a nenhum outro ser, seja divino, seja terreno, pode ser dado louvor ou adoração.

Cristo, o vencedor da besta e do falso profeta

11 Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.
12 Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo.
13 Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus;
14 e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro.

Quem acompanha desde o início o estudo do livro de Apocalipse, com certeza se lembra quando no início do estudo, na abertura dos primeiros selos, foi comentado que alguns dizem que o cavaleiro no cavalo branco (Cap. 6, ver. 1 e 2) é Cristo e que foi dada a ele uma coroa e ele saiu vencendo e para vencer. Ainda naquela oportunidade foi explicado que é improvável que esse cavaleiro seja Cristo, pois ainda não era o momento para que a vitória do Senhor fosse consumada, foi explicado ainda que aquele cavaleiro era o anti-cristo que recebeu autoridade para vencer provisoriamente sobre a terra para que se cumprisse as profecias. Pode ser confirmado o que foi dito naquela oportunidade agora, vemos aqui no cap. 19 a descrição de Cristo, e vemos que a sua glória é muito maior do que a daquele cavaleiro descrito no cap. 6. Este é o verdadeiro Cristo e não aquele a quem tinha sido dada uma coroa para vencer provisoriamente. Vemos que na descrição de Cristo no cap. 19, ele possui vários diademas, possivelmente são incontáveis, já que João não relata o seu número, além disso, ele tem olhos de fogo e é inconfundível, pois por cima das suas vestes ele possui um manto vermelho, que representa o seu próprio sacrifício por toda a terra, a todos aqueles que o receberam. Ele é o verbo vivo e ao contrário do anti-cristo, vencedor provisório que possuía junto consigo exércitos terrenos, vemos o verdadeiro Cristo, relatado aqui no cap. 19, sendo seguido pelos exércitos celestiais. Outro ponto que merece comentário é que assim como não é conhecido o nome de Deus, pois ele não deu seu nome a conhecer, o nome do Cristo glorificado também não é conhecido, sendo que só ele o conhece.

15 Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.
16 Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.

A própria palavra do Senhor é suficiente para ferir as nações, vemos na continuidade dessa descrição o relato de que da sua boca sai uma espada afiada para com ela ferir as nações, ou seja, da mesma forma que o mundo foi criado pela palavra, ele pode ser destruído por ela. Ainda é dito que Cristo, pessoalmente pisa o lagar do furor da ira de Deus, isso significa que Ele, Cristo, que também foi traspassado pelos homens quando veio em carne, participou ativamente da vingança derramada em favor dos Santos. A palavra de Deus diz que toda autoridade foi dada a Cristo e isso é confirmado nesse texto, onde é dito que ele é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

17 Então, vi um anjo posto em pé no sol, e clamou com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus,
18 para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, tanto pequenos como grandes.
19 E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército.
20 Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre.
21 Os restantes foram mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes.

Nos vers. 17 a 21, vemos a derrota da besta e do falso profeta, que é aquele que seduzia as nações. É interessante que Deus ordena a um anjo que convoque todas as aves do céu, pois elas se alimentariam da carne de todos aqueles que cederam seu poder à besta em troca de viver bem juntamente com ela. Vemos ainda que a besta se congrega com seu exército, acreditando que pode lutar contra o Senhor, contudo, ela e o falso profeta são lançados vivos dentro do lago de fogo e enxofre e definitivamente derrotados, além disso, vemos que a morte volta à terra e são mortos todos os que cederam seu poder para a besta. Ainda sobre esse texto, é importante citar a interpretação bíblica que diz, com base nele e no cap. 16 que nesse momento em que a besta congregar seu exército para lutar contra o Senhor, vão se reunir todos os exércitos da terra no vale de Megido ou do Armagedom, uns a favor do Senhor e outros contra, sendo que esses que estão contra serão derrotados pela espada que sai da boca de Cristo, ou seja, a sua palavra. Serão destruídos, aqueles que cederam o seu poder a besta para que ela reinasse sobre a terra e serão comidos por todo tipo de ave do céu. Por fim, é importante que não é relatada a derrota do dragão aqui no cap. 19, pois ela não será definitiva ainda nesse momento e será relatada com detalhes no cap. 20 a seguir.

Paz e Vida a todos!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Apocalipse - Capítulo 18

por Paulino Jr.

O anúncio da queda da Babilônia

1 Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória.
2 Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável,
3 pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria.

Tendo a Babilônia como sendo a representação do poder político concentrado em um determinado lugar (a grande meretriz do cap. 17), vemos que o anúncio de destruição que está sendo declarado no capítulo 18 é para todo esse poder, não só a cidade como também aqueles que se prostituíram com ela. O mundo debaixo do julgo de Satanás e da besta será da forma descrita no versículo 2, um lugar cheio de maldade e de impurezas, a destruição para a Babilônia trará exatamente a correção dessas grotescas falhas. As afirmações do versículo 3, ratificam, ou seja, confirmam o que já havia sido dito no cap. 17 sobre os reis que entregaram o seu poder nas mãos da besta para não serem consumidos por elas.

4 Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos;
5 porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou.

Os versículos 4 e 5, remontam a situação demonstrada no capítulo 16 em que a Babilônia será atingida pelos flagelos enviados por Deus. Assim como foi dito no cap. 17 que ele na verdade seria relatos de acontecimentos anteriores ao cap. 16, assim também o capítulo 18 o é. A ordem dos acontecimentos seria cap. 17, onde é mostrada a situação em que está o poder político na época da grande tribulação e toda a lascívia da Babilônia e dos seguidores da besta; cap. 18, onde é feito o anúncio da destruição da Babilônia, ou seja, do centro do poder político exercido pela besta e seus servidores e, por fim; cap. 16, onde é demonstrada a destruição efetiva deste lugar, com o derramamento dos 7 flagelos, conforme já foi visto. Vemos então aqui no cap. 18 o anúncio dos flagelos que virão (que já foram relatados no cap. 16) e a recomendação para aqueles que servem a Deus que saiam de lá, para que não sejam atingidos. Lembre-se que quando estudamos o cap. 16, vimos que Deus pouparia os seus que não foram arrebatados, de serem atingidos pelos flagelos.

6 Dai-lhe em retribuição como também ela retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as suas obras e, no cálice em que ela misturou bebidas, misturai dobrado para ela.
7 O quanto a si mesma se glorificou e viveu em luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto, porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha. Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver!
8 Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos: morte, pranto e fome; e será consumida no fogo, porque poderoso é o Senhor Deus, que a julgou.

Mais uma vez é demonstrado que o que sobrevirá sobre a besta e os seus seguidores é tão somente a paga por tudo que eles fizeram contra os servos do Senhor, todo mal que foi feito aos servos do Senhor será feito a eles em dobro. Note-se algo importante que é dito no ver. 8: “em um só dia sobrevirão os flagelos”, isso significa que aqueles sete flagelos que vimos no cap. 16 e que estão sendo anunciados no cap. 18 (lembre que os capítulos 17 e 18 antecedem ao 16 na ordem dos acontecimentos) acontecem no mesmo dia, ou seja, todos aqueles fatos não acontecerão em um prazo de tempo grande e sim em um dia só, de forma que todos serão castigados de forma imediata.

O lamento dos admiradores de Babilônia

9 Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, quando virem a fumaceira do seu incêndio,
10 e, conservando-se de longe, pelo medo do seu tormento, dizem: Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo.

Aqueles que conseguiram status por terem aberto mão do seu poder em favor da besta e do seu comando político, chorarão pela destruição da Babilônia, porque eles entenderão que o seu fim também está próximo.

11 E, sobre ela, choram e pranteiam os mercadores da terra, porque já ninguém compra a sua mercadoria,
12 mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho finíssimo, de púrpura, de seda, de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade de móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore;
13 e canela de cheiro, especiarias, incenso, ungüento, bálsamo, vinho, azeite, flor de farinha, trigo, gado e ovelhas; e de cavalos, de carros, de escravos e até almas humanas.
14 O fruto sazonado, que a tua alma tanto apeteceu, se apartou de ti, e para ti se extinguiu tudo o que é delicado e esplêndido, e nunca jamais serão achados.

Aqueles que exploravam economicamente o poder daquela cidade serão também desolados pela sua destruição, pois eles não terão nem mais onde explorar, pese-se o fato de que ao final dos tempos todo o poder econômico do mundo se concentrará neste local, já que a pobreza dominará toda a terra e só quem terá condições financeiras é a própria Babilônia, a besta e seus seguidores, de forma que ela dominará os fatores de produção e a venda de bens e serviços. Sendo assim, quando ela for destruída, toda a riqueza existente na terra será destruída também de forma que não haverá mais para quem vender a produção.

15 Os mercadores destas coisas, que, por meio dela, se enriqueceram, conservar-se-ão de longe, pelo medo do seu tormento, chorando e pranteando,
16 dizendo: Ai! Ai da grande cidade, que estava vestida de linho finíssimo, de púrpura, e de escarlata, adornada de ouro, e de pedras preciosas, e de pérolas,
17 porque, em uma só hora, ficou devastada tamanha riqueza! E todo piloto, e todo aquele que navega livremente, e marinheiros, e quantos labutam no mar conservaram-se de longe.

Todos aqueles que se viram ganhando vantagens por estar seguindo à besta, perderão essas vantagens quando da sua destruição, temos que recordar também que, de acordo com o cap. 16, apesar de prantearem, de reconhecer o erro que foi seguir a besta, de ver a destruição da cidade e a ruína do poder político, ainda assim eles não terão vontade e nem condições de se arrepender, pois quando os flagelos forem derramados o céu terá fechado as suas portas e o santuário estará inacessível, sendo impossível o arrependimento, já que os flagelos já são a força do castigo total de Deus, em detrimento do castigo parcial que havia sido feito com a abertura dos selos e os toques das trombetas.

18 Então, vendo a fumaceira do seu incêndio, gritavam: Que cidade se compara à grande cidade?
19 Lançaram pó sobre a cabeça e, chorando e pranteando, gritavam: Ai! Ai da grande cidade, na qual se enriqueceram todos os que possuíam navios no mar, à custa da sua opulência, porque, em uma só hora, foi devastada!
20 Exultai sobre ela, ó céus, e vós, santos, apóstolos e profetas, porque Deus contra ela julgou a vossa causa.

Vê-se a confirmação do que foi dito no comentário anterior, os homens reconhecerão o castigo de Deus, reconhecerão o fato de que eles estão sofrendo pelo julgamento de Deus pela causa dos santos, mas eles não proferirão nenhuma palavra de arrependimento, limitando-se a dizer aos santos que exultem na presença do Senhor pela vitória conseguida.

A ruína de Babilônia é completa e definitiva

21 Então, um anjo forte levantou uma pedra como grande pedra de moinho e arrojou-a para dentro do mar, dizendo: Assim, com ímpeto, será arrojada Babilônia, a grande cidade, e nunca jamais será achada.
22 E voz de harpistas, de músicos, de tocadores de flautas e de clarins jamais em ti se ouvirá, nem artífice algum de qualquer arte jamais em ti se achará, e nunca jamais em ti se ouvirá o ruído de pedra de moinho.
23 Também jamais em ti brilhará luz de candeia; nem voz de noivo ou de noiva jamais em ti se ouvirá, pois os teus mercadores foram os grandes da terra, porque todas as nações foram seduzidas pela tua feitiçaria.
24 E nela se achou sangue de profetas, de santos e de todos os que foram mortos sobre a terra.

O relato dessa ruína final da Babilônia tem um conteúdo muito forte, pois o que ocorre aqui é uma demonstração de que ao final de todos os acontecimentos, o poder que constituiu essa cidade onde estava concentrada o poder político também vai ruir. Isso porque serão destruídos a besta, o dragão, o anticristo e todos aqueles que os seguiram, eles serão lançados no lago de fogo e enxofre e depois disso nunca mais se ouvirá falar em nada do que constituiu aquela cidade ou até mesmo nela.

Paz e Vida a todos!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Apocalipse - Capítulo 17 – A descrição da grande Meretriz

por Paulino Jr.

Levando em conta os relatos demonstrados aqui no capítulo 17, os acontecimentos que nele estão precedem o derramamento dos sete flagelos (capítulo 16), haja vista a ostentação e alegria demonstrada na cidade representada pela mulher, devemos relembrar que o sétimo flagelo foi derramado exatamente sobre ela, acabando com toda essa alegria e ostentação, mostrando a justiça de Deus sobre ela. Sendo assim, vemos mais uma vez o fato de que o livro de apocalipse não é seqüencial, pois os fatos mostrados aqui, pela lógica bíblica, antecedem aos do capítulo 16.

1 Veio um dos sete anjos que têm as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas,
2 com quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na terra.

A grande meretriz é a chamada Babilônia, não só neste texto, mas nos outros capítulos anteriores, vemos que a Babilônia apresentada no livro do Apocalipse não é aquela mesma que existia e foi destruída, e sim o local que será o centro do poder político no período da grande tribulação. As muitas águas são as várias pessoas que se dobraram sob os pés daquela cidade e do poder que ela representava. Os reis da terra são os chefes de Estado, que se dobraram à besta e com ela fizeram pactos políticos, a fim de continuarem com o poder nas mãos, reinando juntamente com ela. O vinho da devassidão é a representação do pecado dos seres humanos que se dobrarão a esse poder que está concentrado neste local.

3 Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres.

Essa mulher é a mesma do relato dos versículos 1 e 2, levando em conta que a mulher representa um local (uma cidade, um estado ou país) onde está concentrado o poder político, pode-se entender que a besta é o próprio poder que é exercido naquela cidade, fato este que é representado pelas sete cabeças e os dez chifres, representando a autoridade exercida pela besta. O que esse texto mostra é que, todo o status conseguido pela mulher, ou seja, por este local, está baseado no poder exercido por essa autoridade maior, representada aqui pela besta. A cor escarlate, ou seja, vermelho, representa todo o pecado e abominações trazidos pela besta.

4 Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição.

A mulher vestida de púrpura com adornos de ouro, pedras preciosas e pérolas, demonstra toda a ostentação do local onde estará concentrado o poder político na terra naquele período, o cálice transbordando de abominações e imundícias é uma clara oposição aos cálices com a justiça de Deus e representa todo o pecado levado as nações através da besta deste local (a mulher).

5 Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA.

Vemos mais uma vez que a mulher representa todo o centro do poder político da besta, do anticristo e do dragão, o local de onde surgirão todo tipo de abominações, perversões e pecados para consumir aqueles que não foram lavados pelo sangue do cordeiro.

6 Então, vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus; e, quando a vi, admirei-me com grande espanto.

O poder de satanás, em toda a história da humanidade alimenta-se da perseguição que ele empreende contra os santos, contra as testemunhas de Cristo e aqueles que tem a marca do cordeiro, por isso que a mulher é mostrada como embriagada pelo sangue dos santos, isso porque satanás através de seus comandados, a besta e o anticristo, estará se deleitando com a vitória parcial que estará tendo neste momento, tudo isso é refletido na alegria demonstrada naquela cidade.

7 O anjo, porém, me disse: Por que te admiraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que leva a mulher:
8 a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.
9 Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis,
10 dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco.
11 E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.

Talvez esse seja o texto do livro de Apocalipse que mais dá origem a interpretações, alguns afirmam até que a besta seria o Papa João Paulo II, tudo isso com base em interpretações desse texto. A besta representa o poder político exercido no período da grande tribulação, não se trata necessariamente de uma pessoa, mas sim de fatores que levam a emergir a cidade que será o centro político (a besta que leva a mulher nos lombos). Acredita-se que a besta pode ser uma pessoa ou um método de governo que não mais é utilizado (foi ferido de morte e se recuperou Cap. 13), que no período da grande tribulação ressurgirá e será o meio utilizado para subjugar as pessoas, ou seja, esse poder deixou de existir, mas voltará neste período (era e não é, mas aparecerá). Há ainda quem acredita que este modelo de poder seja o império, mas precisamente representado pelo império romano, já que Roma estava localizada entre sete montes. Como já dito nos capítulos anteriores, o fato de que era e não é, pode ser alguém que pareceu ser bom aos olhos das pessoas, aparenta ter uma boa conduta, mas que será usado por satanás, para exercer o poder sobre as pessoas, este é o que caminha para a destruição e vai levar as pessoas juntamente com ele.

12 Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora.
13 Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem.

Esses dez reis, possivelmente são pessoas que possuem status midiático, pessoas que não possuem poder político, mas que tem grande capacidade de persuasão junto à população da terra em geral. São pessoas com uma grande capacidade de agregar mais pessoas junto de si e que usarão dessa capacidade para levar a população da terra a adorar a besta. Com isso, eles vão oferecer à besta esse poder de persuasão que possuem em troca de não perder o seu status e ainda ganhar poder de verdade em apoio à besta.

14 Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele.

Este texto mostra qual é a intenção de satanás em tomar o poder político, ele quer usar as nações da terra para guerrear contra os eleitos do Senhor, e consequentemente contra o próprio Cristo. Contudo, ele não terá a capacidade de vencer e será derrotado, ele e todos aqueles que emprestaram a ele o seu poder para que ele tentasse vencer os servos do Senhor.

15 Falou-me ainda: As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos, multidões, nações e línguas.

Mais uma vez é demonstrado que todo o poder político sobre a terra está concentrado nessa cidade ou neste local, representado pela meretriz, é de lá que saíra ordens sobre todos os povos da terra.

16 Os dez chifres que viste e a besta, esses odiarão a meretriz, e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo.

No capítulo 16 vimos que ao ser derramado o quinto flagelo, sobre o trono da besta, a própria besta começará a afligir aqueles que a seguem e colocar jugo sobre eles, é possível entender aí mais uma vez que esses relatos do cap. 17 antecedem aos do cap. 16, pois a referência aqui é feita no futuro. A aflição que a besta e seus reis, lançarão sobre a cidade fará estourar uma espécie de guerra civil, que destruirá todo aquele local e a fará ser consumida.

17 Porque em seu coração incutiu Deus que realizem o seu pensamento, o executem à uma e dêem à besta o reino que possuem, até que se cumpram as palavras de Deus.
18 A mulher que viste é a grande cidade que domina sobre os reis da terra.

Tudo o que acontece e acontecerá e que é demonstrado no livro de apocalipse como um todo, é fruto da permissão de Deus, para que se cumpram as coisas que tem que se cumprir. O plano de salvação teve início na queda do homem e a partir daí, tudo que acontece converge para que esse plano seja consumado, a besta reinará sobre a terra, a vontade de Deus era de que nenhum homem a seguisse, mas temos o entendimento que muitos a seguirão, sendo assim, todos esses acontecimentos, precisam acontecer para que sejam separados aqueles que serão salvos e os que não serão e para que ao final de tudo, o julgamento seja efetivado e se cumpram as palavras de Deus.

Paz e Vida a todos!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Apocalipse - Capítulo 16

por Paulino Jr.

Apesar das semelhanças que guardam com os sete selos que foram abertos e com as sete trombetas que foram tocadas, os flagelos vindos do derramamento das taças têm uma característica muito singular. Enquanto os selos e as trombetas constituíam um castigo parcial com o objetivo de chamar as pessoas ao arrependimento, as taças que derramam o flagelo, já executam a justiça de forma total e definitiva, tendo como ato final o julgamento. Pelo que podemos entender dos textos anteriores, os cristãos que foram arrebatados já estarão protegidos e aqueles que permaneceram fiéis na terra, mesmo no período da grande tribulação, também não serão atingidos por esses castigos finais.

O primeiro flagelo

1 E ouvi, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide, e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus.
2 E foi o primeiro, e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.

Foi recebida pelos anjos a ordem para derramar as sete taças, que constituíam o castigo final por todo o mal cometido pela humanidade. O que é dito no ver. 2 confirma o que a interpretação feita no início do estudo deste capítulo de que os que permaneceram fiéis no período da grande tribulação não passarão pela ira, isso porque esse texto fala, que os que receberam as chagas foram aqueles que tinham o sinal da besta e adoravam a sua imagem. Vemos também que esse castigo é muito parecido com uma das pragas enfiadas sobre o Egito, contudo, tem-se a impressão de que a intensidade dessas chagas agora no livro de Apocalipse é muito maior e mais angustiante.

O segundo flagelo

3 E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente.

O segundo flagelo também guarda semelhança com uma das pragas do Egito, mas é possível notar também que a intensidade é muito maior e também a proporção, já que no caso do Egito, somente as águas que banhavam aquela região se tornaram sangue e agora no caso do segundo flagelo, o entendimento que temos é que todas as águas do mar se tornarão sangue e todos os seres que habitam os mares morrerão.

O terceiro flagelo

4 E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue.
5 E ouvi o anjo das águas, que dizia: Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas.
6 Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores.
7 E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.

No terceiro flagelo é feito nos rios o que já havia sido feito nos mares, eles são transformados em sangue e aí nasce um problema para a humanidade que estiver na terra nesse momento, pois não haverá mais água potável, isso só agrava o que já teve início nos capítulos anteriores. Mais uma vez vemos nesses versículos uma ratificação de que esses flagelos se tratam da justiça de Deus, pode-se notar que os anjos exaltam essa justiça e fica claro também que ela tem como objetivo vingar o que foi feito contra os santos e os profetas, pois o anjo diz que assim como foi derramado o sangue dos santos e dos profetas, assim também Deus derramou o sangue sobre aqueles ímpios, pois eles eram merecedores.

O quarto flagelo

8 E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo.
9 E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória.

Vemos aí que nesse ponto não haverá mais arrependimento, os homens serão abrasados pelo sol e ainda assim se recusarão a se arrepender e adorar o nome do Senhor, o que vemos é que o fato de ter sido fechado o acesso a Deus (Ap. 15:8) também endureceu o coração dos homens que na terra estavam, tudo isso de acordo com a vontade de Deus, pois toda a chance que eles tinham de arrependimento já havia se esgotado.

O quinto flagelo

10 E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor.
11 E por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu; e não se arrependeram das suas obras.

Satanás é tão fraco que o quinto anjo derrama a taça sobre ele, isso faz com que ele, já debaixo do propósito de Deus, até mesmo sem notar, comece a oprimir as pessoas que ainda estão na terra, de forma pesada e dolorida, a ponto da bíblia dizer que eles mordiam as línguas de dor. Eles estarão com dores e com chagas, mas continuarão sem se arrepender das suas obras e blasfemando contra Deus.

O sexto flagelo

12 E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente.
13 E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs.
14 Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso.
15 Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.
16 E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom.

A água do rio Eufrates secará, para que seja preparado o terreno para a grande batalha final. Fala-se que três espíritos imundos saíram da boca do dragão, da besta e do falso profetas, espíritos esses que são parecidos com rãs e que esses espíritos farão prodígios a fim de congregar os reis da terra para a batalha. Esse relato se consuma no capítulo 19, trata-se da chamada batalha do Armagedom, em que os espíritos imundos que saem da boca do dragão, da besta e do falso profeta, vão congregar os reis da terra para atacar a nação de Israel, naquele ato, Deus irá destruir todos que estiverem congregados nesse local seguindo a besta e assim se consumará tudo e virá o julgamento final. Não há certeza se essa batalha de fato acontecerá no mundo físico, mas é certo que haverá uma grande guerra no mundo espiritual naquele momento. O ver. 15 abre um parêntese para fazer um alerta a aqueles que lêem os escritos de João, dizendo que o Senhor virá como um ladrão, chamando as pessoas para uma preparação. Por fim, mostra-se que os espíritos imundos congregaram os reis no vale do Armagedom. O vale do Armagedom pode ser interpretado como sendo a região de Megido, próximo às planícies de Jezreel, que trata-se de um grande campo aberto de batalha, onde habitualmente os povos guerreavam no antigo testamento.

O sétimo flagelo

17 E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito.
18 E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto.
19 E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande babilônia se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira.
20 E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam.
21 E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva; porque a sua praga era mui grande.

A consumação dos flagelos se dá de uma forma extraordinária. É lançada a taça no ar e a voz que sai do trono determina a consumação de tudo, então a terra é acometida por um terremoto de proporções inimagináveis e catastróficas, e Deus não se esquece de lançar sobre o centro do poder político, ou seja, a Babilônia e sobre eles lançou o cálice do vinho da indignação da sua ira, isso significa que sobre eles a intensidade desses acontecimentos foi ainda maior. Até nesse último ato, vemos que os homens não mais se arrependeram e que eles continuaram blasfemando contra Deus.

Nos próximos capítulos os relatos que seguirão, já são os últimos momentos antes da grande guerra, da prisão de satanás e do julgamento final.

Paz e Vida a todos e que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada).

Referência: Bíblia de Estudo Plenitude.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Cristo e a Nudez do homem - Marcos 14: 51-52

por Paulino Jr.

“51 Seguia-o um jovem, coberto unicamente com um lençol, e lançaram-lhe a mão.
52 Mas ele, largando o lençol, fugiu desnudo.”

Vamos entender o contexto do texto apresentado: Esse momento é imediatamente após Jesus ter sido traído e preso, todos os seus discípulos já haviam fugido da presença d’Ele e dos seus perseguidores. Vemos então um rapaz que estava seguindo a Jesus, coberto somente por um lençol. Quando notaram a sua presença, tentaram pegá-lo, mas ele fugiu nu.

Nesse contexto surgem duas figuras interessantes: De um lado Cristo e do outro a nudez do homem.

Vamos primeiro entender a figura da nudez do homem:

Gênesis 3: 7;10.
“7 Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.
8 Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
9 E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?
10 Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.”

A primeira vez que a nudez do homem é descrita na bíblia é quando Adão pecou. Observando esse texto, vemos que naquele momento o fato de Adão estar nu só foi exposto a ele após a prática do pecado. Adão só notou que estava nu após ter pecado e isso foi para ele motivo de grande vergonha, vemos que a atitude de Adão foi a mesma do rapaz descrito no livro de Marcos, ele correu e se escondeu da presença de Deus.

A outra figura importante é a figura de Cristo, segundo a bíblia ele é o mediador entre nós e Deus (Jo. 14:6). Não existe outro meio de se chegar até Deus a não ser por Cristo.

Agora vejamos onde essas duas figuras se relacionam:

O que acontece na vida de muitos cristãos é que eles seguem a Cristo cobertos por um relacionamento superficial, que se assemelha a um lençol. O fato é que muitas vezes nós não conhecemos a Cristo de verdade e não entendemos o que o Senhor quer fazer conosco. Por causa desse lençol, ou seja, desse relacionamento superficial, quando pecamos e a nossa nudez é descoberta diante de Cristo, nós acabamos fugindo dele. É aí que está o grande erro da maioria das pessoas. No texto seguinte de Gênesis (3: 21), vemos que Deus fez vestes para Adão e Eva e os cobriu. É isso que Cristo quer fazer conosco, ele quer nos cobrir com vestes novas cada vez que pecamos, mas para isso devemos entender, qual é a relação entre pecado e arrependimento. Para ilustrar isso, vou dar o exemplo de dois homens:

O primeiro homem, ao vencer uma guerra, ofereceu o gado que era espólio da guerra como sacrifício a Deus pela sua vitória.
O segundo homem viu uma mulher casada banhando-se, tomou aquela mulher, adulterou com ela e ainda mandou matar o marido daquela mulher.

Aos seus olhos, qual homem deveria ser perdoado: o primeiro ou o segundo?

Se você respondeu que é o primeiro, está redondamente enganado. Quando lemos a bíblia, vemos que o primeiro homem é Saul, o primeiro rei de Israel. Deus ordenou a ele que matasse todos os animais do povo contra o qual ele estava guerreando, contudo, ele desobedeceu a Deus e ofereceu sacrifícios com aqueles animais, ele pecou, desobedecendo a Deus e quando o profeta foi alertá-lo, ele tentou justificar-se dizendo que não estava errado em oferecer sacrifícios a Deus. Vemos que esse homem tinha um relacionamento superficial com Deus, se cobria com um lençol de santidade, oferecendo sacrifícios para tentar evitar que Deus visse a sua nudez, ou seja, o seu pecado.

O segundo homem é Davi. Ele viu a mulher de Urias, se deitou com aquela mulher e mandou que o marido dela fosse colocado à frente de batalha para morrer. Contudo, quando Davi foi alertado pelo profeta a respeito do erro que havia cometido, ele rasgou as suas vestes, colocou o seu joelho no chão e pediu perdão a Deus. Isso significa que ele não fugiu da presença do Senhor por causa do seu pecado. Por isso, é dito na bíblia que Davi era um homem segundo o coração de Deus.

Muitas vezes, a razão pela qual nos vestimos com um lençol é porque achamos que podemos salvar a nós mesmos, pensamos muitas vezes que porque somos cristãos estamos isentos do pecado e isso nos faz seguir a Cristo como se nós merecêssemos a salvação. Sabemos que o livro de Efésios 2: 8 diz:

“8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
9 não de obras, para que ninguém se glorie.”

Isso significa que nós não devemos achar que Deus não pode ver nosso pecado, muito pelo contrário, nós devemos apresentar os nossos pecados a Deus, pois ele é o único que pode perdoar pecados. Assim diz João 1: 9: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça".

Não adianta vivermos a nossa vida nos escondendo de Deus, pensando que podemos salvar a nós mesmos, isso só vai fazer com que nós nos afastemos d’Ele. Nós não estamos isentos do pecado e por isso temos que estar dispostos a continuar diante de Deus, quando ele vir a nossa nudez. A bíblia em Mateus 16: 25 diz: “Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á”.

Quem tentar salva-se a si mesmo, achando que ele é merecedor da salvação, escondendo a sua nudez de Deus, nunca irá alcançar a vida eterna. Contudo, aquele que permanecer diante de Deus, mesmo em momento de pecado, arrependendo-se, será salvo e alcançará a glória porque “(...) onde abundou o pecado, superabundou a graça,” (Rm 5:20b).

Lembre-se, o homem segundo o coração de Deus não é aquele que peca pouco, mas sim aquele que se arrepende sempre.

Paz e Vida a todos, que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Perseguindo objetivos com intensidade - II Reis 13: 14-19;25

por Paulino Jr.

14 Estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer, Jeoás, rei de Israel, desceu a visitá-lo, chorou sobre ele e disse: Meu pai, meu pai! Carros de Israel e seus cavaleiros!
15 Então, lhe disse Eliseu: Toma um arco e flechas; ele tomou um arco e flechas.
16 Disse ao rei de Israel: Retesa o arco; e ele o fez. Então, Eliseu pôs as mãos sobre as mãos do rei.
17 E disse: Abre a janela para o oriente; ele a abriu. Disse mais Eliseu: Atira; e ele atirou. Prosseguiu: Flecha da vitória do SENHOR! Flecha da vitória contra os siros! Porque ferirás os siros em Afeca, até os consumir.
18 Disse ainda: Toma as flechas. Ele as tomou. Então, disse ao rei de Israel: Atira contra a terra; ele a feriu três vezes e cessou.
19 Então, o homem de Deus se indignou muito contra ele e disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido; então, feririas os siros até os consumir; porém, agora, só três vezes ferirás os siros.
25 Jeoás, filho de Jeoacaz, retomou as cidades das mãos de Ben-Hadade, que este havia tomado das mãos de Jeoacaz, seu pai, na guerra; três vezes Jeoás o feriu e recuperou as cidades de Israel.

Esse texto tem um significado muito grande para qualquer pessoa que tenha objetivos na vida. Vemos Eliseu, um homem de Deus, que havia profetizado sobre Israel, próximo de morrer, além disso, vemos um homem, rei de Israel, indo visitar esse profeta. O profeta Eliseu era um homem amado, pela sua disposição em ajudar as pessoas e cumprir a vontade de Deus, vemos isso pelo ato do rei Jeoás em chorar pelo fato de que aquele profeta estava para morrer. Contudo, não é sobre toda a vida do profeta Eliseu que esse texto trata, e sim da sua última ação antes de morrer. Nota-se que mesmo estando para morrer, aquele homem de Deus ainda fazia a vontade do Senhor e quis abençoar o rei, e sãos os atos desse profeta que constituem a base do nosso estudo. O profeta Eliseu deu três ordens para Jeoás, ordens essas que tinham um significado forte para o rei e que têm hoje para nós também um grande significado:

1 – Toma arco e flechas e retesa o arco --> Retesar um arco não é tarefa fácil! Para quem não entende este termo, ele se constitui pelo seguinte: um arco não ficava o tempo todo com aquele fio onde se colocava as flechas para atirar, isso porque se fosse deixado assim, facilmente ele ficaria empenado, dificultando que o alvo fosse acertado. Isso significa que o arco fica ereto, ou seja, reto, firme, sem a corda, retesar o arco é, portanto, o ato de entortar o arco para colocar o fio e deixá-lo em ponto de uso, isso toma tempo e como dito acima, não é fácil. O rei Jeoás tinha um problema que precisava ser resolvido, o povo de Israel precisava retomar algumas cidades que faziam parte daquela nação e que haviam sido dominadas por alguns inimigos. Para o rei Jeoás, retesar o arco naquele momento, em que não havia batalha, dentro da casa do profeta, era algo que não fazia muito sentido, ainda assim ele fez o que o profeta mandou.
Muitas vezes na nossa vida, Deus nos pede sacrifícios, não estou dizendo no sentido financeiro, mas sim em nosso cotidiano, coisas das quais temos que abrir mão, hábitos que devemos perder e coisas do tipo. Talvez para nós não seja fácil fazer isso, pois em alguns casos, fazer aquele determinado sacrifício, não faz sentidos nem para nós, nem para as pessoas que nos cercam. Todos nós temos objetivos, sonhos e projetos na vida, tal qual o rei Jeoás precisava retomar a cidade, nós também precisamos alcançar algo que precisamos ou queremos. Sendo assim, temos que fazer o sacrifício de retesar o arco, ou seja, abrir mão daquilo que é preciso.

2 – Abre a janela para o oriente e atira --> O oriente era a direção onde estavam localizados os inimigos de Israel. O que o profeta disse ao rei na verdade foi: “Atira uma flecha na direção onde estão os seus inimigos e delimita qual é o seu objetivo e o seu alvo”. Após pedir para o rei o sacrifício de retesar o arco, o profeta estava dando a ele a oportunidade de definir o que ele queria alcançar e guiado por Deus, o profeta determinou a direção.
Os nossos objetivos têm que seguir a direção que Deus determinar, os sonhos, metas, alvos e projetos são nossos, mas é Deus quem mostra a direção em que nós temos que “atirar” as “flechas”, ou seja, quais são os meios que devemos utilizar para alcançar os nossos objetivos. Após abrirmos mão daquilo que nos atrapalha, nós passamos para a segunda etapa que é definir o alvo, a direção e a extensão do que nós queremos alcançar.

3 – Atira contra a terra --> A última ordem do profeta era que o rei atirasse contra a terra, ele não disse quantas flechas deveria ser, deixou a cargo do rei definir a quantidade. Na primeira e na segunda ordem, ele disse claramente o que o rei deveria fazer, já na terceira ele deixou que o rei tomasse a decisão de quantas flechas deveria atirar. O rei atirou três flechas e cessou. O profeta se irou muito e disse que se ele tivesse atirado mais flechas, cinco ou seis, ele teria destruído os inimigos dele completamente, mas como ele atirou só três, ele derrotaria os inimigos três vezes e só parcialmente. A terceira ordem definiria a intensidade com a qual ele buscaria o objetivo.
Na nossa vida, definir a intensidade com a qual nós vamos buscar os objetivos fica a cargo nosso, assim como foi feito com o rei, não nos é dito o quanto devemos buscar algo, isso fica sob a nossa responsabilidade, para que nós definamos o que vamos fazer e com que força vamos buscar.

Vemos que ao fim do capítulo é demonstrado que o rei só feriu os seus inimigos por três vezes, ou seja, na mesma quantidade que as flechas que ele atirou. O que podemos entender de todo esse texto é o seguinte: Deus nos pede que abramos mão de algumas coisas e ele nos mostra através do Espírito Santo quais são elas, nós devemos obedecer a ordem e abrir mão, para que recebamos a direção do que devemos fazer depois para que busquemos os objetivos certos e que estão segundo a vontade de Deus. Quando abrimos mão do que Deus mandou, ou seja, fazemos o sacrifício de retesar o arco, vem a segunda parte que é quando nós definimos o nosso objetivo segundo a vontade de Deus, o objetivo é nosso, a direção a qual nós devemos seguir para alcançá-lo é Deus quem dá. A grande questão está no terceiro ato, Deus não determina com qual intensidade devemos buscar esse objetivo que foi definido, isso porque ele quer medir qual é a intensidade da nossa vontade, se nós buscamos os nossos objetivos só com uma vontade parcial, vamos atingir uma vitória parcial como aconteceu com o rei Jeoás. Temos que buscar os nossos objetivos, que foram definidos segundo a vontade de Deus com toda a intensidade das nossas forças, para que Deus veja o nosso esforço e faça com que a vitória seja completa, se queremos assim, a intensidade empreendida também deve ser completa. O rei atirou três flechas, venceu três vezes e parcialmente, se ele tivesse atirado cinco ou seis, teria vencido completamente os seus inimigos. Isso significa que, se nós já fizemos a vontade de Deus em abrir mão da nossa própria vontade, se juntamente com Deus nós definimos a direção, nós temos que cumprir a nossa parcela e atirar com toda a intensidade da nossa força, não só cinco ou seis flechas, mas todas as flechas que tivermos no nosso alforje, para que a nossa vitória e a consecução dos nossos objetivos seja completa, para a glória do nome de Jesus, para que as pessoas reconheçam que de fato nós temos fé em Cristo e vontade para lutar com toda a intensidade das nossas forças.

Paz e Vida a todos e que Deus abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

domingo, 29 de novembro de 2009

Apocalipse - Capítulo 15

por Paulino Jr.

Os sete flagelos


1 Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo os sete últimos flagelos, pois com estes se consumou a cólera de Deus.

Estudamos nos capítulos anteriores a abertura dos sete selos e o toque das sete trombetas, vimos que todos aqueles atos se tratavam da justiça de Deus sendo lançada sobre a terra. A partir do sexto selo, vimos que a ira de Deus foi derramada sobre a terra com mais furor, além disso, foi possível visualizar os três ais, associados ao toque das 3 últimas trombetas. Agora, no capítulo 15, nós vemos o último conjunto de fatos que consumam a ira de Deus, trata-se da cólera, ou seja, da ira plena de Deus sendo demonstrada através desses sete flagelos. Flagelo, de acordo com o Dicionário Aurélio, significa: item para açoitar, tortura, calamidade, castigo, algo que incomoda ou apoquenta.

Os remidos entoam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro

2 Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus;

Nesse texto, existe uma referência ao que aconteceu no deserto com o povo que saía do Egito, em que eles estavam frente ao mar, e atrás deles havia as colunas de fogo, evitando que eles fossem alcançados por Faraó, o fogo que estava atrás deles refletia na água, dando a impressão de que era uma mescla de mar e fogo. O mar de vidro agora, era onde os santos do Senhor estavam em pé, são esses aqueles que venceram o mundo, que foi chamado de Egito no capítulo 11, que venceram a besta, sua imagem e seu número. Esses santos possuíam em suas mãos harpas de Deus.

3 e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!
4 Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos.

Vemos aí outra referência ao povo quando saiu do Egito. Quando Moisés saiu do Egito e cruzou o mar vermelho, ele cantou um cântico de louvor e adoração a Deus. Da mesma forma, vemos que os santos do Senhor, estão aqui nesse capítulo 15, entoando um cântico de louvor a Deus por terem sido livrados da terra e daqueles que a dominam. Se observarmos o livro de Êxodo, vemos que além de livrar o povo do Egito, Deus ainda castigou a Faraó, matando todo o seu exército, que havia ido perseguir os judeus. Da mesma forma, quando Deus, livrou seus santos da terra, ele castigou a humanidade com toda sorte de maldição.

Deus envia os flagelos

5 Depois destas coisas, olhei, e abriu-se no céu o santuário do tabernáculo do Testemunho,
6 e os sete anjos que tinham os sete flagelos saíram do santuário, vestidos de linho puro e resplandecente e cingidos ao peito com cintas de ouro.

Os anjos que carregavam os flagelos saíram de dentro do tabernáculo do testemunho, que nesse ato, se assemelha ao tabernáculo construído pelo povo de Israel para que se levasse a Deus as orações dos santos e os seus sacrifícios. Mais uma vez vemos que todo o mal que se sucederá a humanidade, é consequência da série de perseguições e maldades feitas por estes aos santos, uma vez que se trata da vingança de Deus pelos seus santos. Isso mais uma vez quebra a teoria de que o povo de Deus estará aqui na terra na grande tribulação, já que a vingança não pode ser lançada sobre o vingado. Os anjos que aplicarão os sete últimos flagelos são anjos de destaque.

7 Então, um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da cólera de Deus, que vive pelos séculos dos séculos.
8 O santuário se encheu de fumaça procedente da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia penetrar no santuário, enquanto não se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos.

Os flagelos estavam dentro de taças de ouro, o que demonstra aí a sua extrema importância, neles estavam toda a tortura que seria lançada sobre a terra, a cólera de Deus em sua totalidade. Os flagelos, apesar de serem lançados sobre a terra por anjos, possuem o poder do próprio Deus, tanto que a fumaça da glória de Deus encheu o tabernáculo, tal qual acontecia nos tempos do antigo testamento, vemos algo interessante aí, pois nesse momento, não haverá acesso ao altar de Deus, para petições de misericórdia, ou seja, mesmo que alguém procure a Deus nesse momento para pedir clemência, ninguém poderá entrar no tabernáculo para levar essa oração.

Estamos nos aproximando do fim nesse estudo do livro de Apocalipse, a partir daí, lança-se sobre a terra o último castigo e então virá o julgamento, a remissão dos salvos e a condenação dos ímpios.

Paz e Vida a todos e que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada).

Referência: Bíblia de Estudo Plenitude.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Música do dia - Getsemani - Leonardo Gonçalves

por Paulino Jr.

Estou deixando aqui essa música para nossa reflexão, ela tem uma letra bem profunda e está acompanhada nesse vídeo por cenas do filme de Mel Gibson "A paixão de Cristo" com Jim Cavieziel no papel de Jesus.



Paz e Vida a todos e que Deus os abençoe!

Não perca a esperança - II Reis 4:1-7

por Paulino Jr.

1 Certa mulher, das mulheres dos discípulos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que ele temia ao SENHOR. É chegado o credor para levar os meus dois filhos para lhe serem escravos.
2 Eliseu lhe perguntou: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. Ela respondeu: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3 Então, disse ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos; vasilhas vazias, não poucas.
4 Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas; põe à parte a que estiver cheia.
5 Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; estes lhe chegavam as vasilhas, e ela as enchia.
6 Cheias as vasilhas, disse ela a um dos filhos: Chega-me, aqui, mais uma vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais vasilha nenhuma. E o azeite parou.
7 Então, foi ela e fez saber ao homem de Deus; ele disse: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto.

Naquele momento aquela mulher, serva de Deus estava em uma situação em que ela não via saída, ela tinha perdido a segurança (o marido), tinha perdido a paz (o seu sustento) e os credores queriam tirar a esperança que ela ainda tinha (os filhos). Todo pai/mãe vê no filho o seu futuro e aquelas crianças eram a esperança daquela mulher, muitas vezes quando nós nos sentimos vazios de tudo o inimigo ainda quer vir até nós e tirar-nos a esperança. O profeta Eliseu naquele momento era o representante de Deus na vida daquela mulher, ele estava sendo um enviado do Senhor para abençoá-la.

Quando Eliseu pergunta àquela mulher o que ela tem em casa, ela responde que não tem nada, mas em um segundo momento ela volta atrás e responde que tem uma botija de azeite, esse azeite que essa mulher tinha na botija representa a fé, mesmo quando ela estava vazia de tudo (não possuía mais nada) ainda restava um pouco de fé. Eliseu então libera para ela a palavra dizendo que ela buscasse dos outros, botijas e vasilhas para que fossem cheias. Pode-se usar Eliseu como representante de Deus, ele liberou a palavra baseado na fé (azeite) que aquela mulher possuía, no momento em que ela saiu, ela procurou a sua força em agentes externos (as pessoas que lhe emprestaram a botija) e em agentes internos (a sua casa e os seus filhos).

É assim que Deus age na nossa vida (e possivelmente é o que Ele quer mostrar que está fazendo na sua) quando tudo parece vazio de alguma maneira, ele usa a nossa fé e a nossa esperança para nos abençoar, a ação daquela mulher foi fazer o que o homem de Deus ordenou que era buscar as vasilhas. Da mesma forma, na nossa vida devemos estar dispostos a fazer a vontade de Deus, buscando força externa (em Deus ou em pessoas que são dEle) e interna (dentro de você mesmo). Basta saber que Deus já liberou a palavra baseado em sua fé e que Ele espera que a sua parte seja feita, se você ainda não sabe o que deve fazer, busque dEle a resposta.

Se Deus prometeu algo, com certeza Ele é fiel para cumprir.

Paz e Vida a todos, que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

O segredo para ser mais que feliz - Jonas 1: 1-3:

por Paulino Jr.

1 Veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3 Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR, para Társis; e, tendo descido a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e embarcou nele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR.

Para receber o mistério a respeito de como ser mais que feliz, é necessário entender o significado de duas palavras: Omissão e comissão.

Omissão è Falta, lacuna, negligência.

Comissão è Incumbência, parcela, percentual de um negócio.

Jonas foi um homem omisso e por causa da omissão de Jonas sobreveio uma grande tempestade sobre aquele barco.

Jonas 1:3;4:

4 Mas o SENHOR lançou sobre o mar um forte vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava a ponto de se despedaçar.
5 Então, os marinheiros, cheios de medo, clamavam cada um ao seu deus e lançavam ao mar a carga que estava no navio, para o aliviarem do peso dela. Jonas, porém, havia descido ao porão e se deitado; e dormia profundamente.

A omissão gera tempestade!

Muitas vezes você se enxerga como uma pessoa próspera, bem sucedida, mas não tem conseguido se livrar das tempestades. Todo problema parece se transformar em algo maior e acaba gerando tempestades em sua vida. Jonas era um profeta, ele tinha um chamado de Deus para um propósito específico. Deus chamou a Jonas para resgatar o povo de uma cidade chamada Nínive que estava perdida. Os ninivitas se encontravam em uma situação caótica. Eles estavam vivendo em uma terra sem lei, agiam como bárbaros. Conta a história, que na cidade de Nínive havia armadilhas, para que aqueles que eram estrangeiros não adentrassem na cidade. As armadilhas tinham o objetivo de matar invasores e aqueles que não morressem se retirassem daquele lugar.

Era de se entender o fato de Jonas ter medo de ir para Nínive. Contudo, Jonas fugiu porque ele não entendia uma coisa:

Ele era comissionado!

A comissão de Jonas, a incumbência dele era de ir até Nínive e fazer a obra que Deus tinha ordenado, apregoando a palavra de arrependimento. Jonas negligenciou essa comissão e por causa disso teve graves problemas.

Hoje nós também temos uma comissão, que é dada por Deus para que nós cumpramos, ela está em Mateus 28: 19;20:

19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.

Fato é que, quando aceitamos essa comissão estamos também reconhecendo que vamos enfrentar perseguições para executá-la. Assim como Jonas estava indo para uma cidade de bárbaros, quando nós aceitamos a comissão dada por Cristo, estamos caminhando para ser perseguidos pelo mundo. Muitas vezes nos preocupamos somente com as bênçãos que Deus pode trazer para nós, mas não estamos empenhados em dar de nós para Deus. O livro de Ageu faz referência a isso no cap. 1 vers. 2;4;8:

2 Assim fala o SENHOR dos Exércitos: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser edificada.
4 Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas?
8 Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o SENHOR.

O que este texto está dizendo é que nós devemos deixar de buscar somente a nossa própria vontade, as bênçãos de Deus para as nossas vidas, e passar a fazer a obra de Deus e a sua vontade. Quando falamos de aceitar a comissão dada por Deus e o ministério que nos foi dado não falamos de prosperidade, mas sim de galardão a ser recebido na glória. A prosperidade vem da fidelidade do cristão para com Deus no sentido financeiro e do seu reconhecimento de que tudo o que possui vem das mãos de Deus. Ainda assim, existem cristãos que não tem a felicidade plena mesmo tendo prosperidade, isso acontece porque ele não tem aceitado a comissão de Deus para sua vida, mantendo-se sempre em busca da riqueza material. Não adianta ter carro do ano e riquezas se não cumprirmos o ministério que Deus nos deu.

Pelo que vimos do texto de Ageu e da história de Jonas, temos que deixar de nos preocupar em buscar somente as bênçãos de Deus e dedicar a Deus a nossa parcela, a incumbência que nos foi dada para executarmos. Muitas vezes a falta que ainda temos, mesmo em meio à prosperidade, existe porque não assumimos o ministério que nos foi dado.

Observe o exemplo do apóstolo Pedro em dois momentos:

No primeiro (Mc. 14:72), Pedro nega a Cristo e quando cai em si, chora amargamente. Após ter feito isso Pedro foge, tendo uma lacuna enorme em seu coração. Quando Cristo ressuscita e vai ter com Pedro, este por sua vez se arrepende e passa a ser um pilar dentro da igreja primitiva. Nisso podemos ver Pedro em um segundo momento, em que ele tem um papel de líder e de pregador do evangelho de Cristo, nesse período, vemos grande perseguição contra a igreja, cominando na morte de Tiago e na prisão de Pedro, ainda assim, ao contrário de quando fugiu negando a Cristo, agora Pedro se sente em paz, até mesmo para dormir, pois estava encarcerado porque tinha aceitado a comissão que Cristo tinha dado a ele.

Entendemos a partir daí que, para sermos mais que felizes temos que estar dispostos a aceitar a comissão dada por Deus, não devemos ser omissos como Jonas, causando tempestades de grandes proporções em nossa vida. Pedro, que foi citado anteriormente diz:

1º Pedro 3: 14-17:

14 Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados;
15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós,
16 fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo,
17 porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal.

E ainda:

1º Pedro 4: 13;14:

13 pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.
14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus.

Por fim, vemos Cristo dizendo o seguinte em Mateus 5: 10-12:

10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
11 Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.

Concluindo, podemos ter até riquezas na terra e ser felizes, ou ter momentos de alegria. Mas só conseguiremos ser bem aventurados, ou seja, mais que felizes, quando aceitamos a comissão de Deus, o ministério que ele tem para nós, mesmo em meio à perseguição.

Lembre-se: “O mistério de Deus não é revelado para quem quer mais de Deus para si, mas sim para quem dá mais de si para Deus.”

Paz e Vida a todos, que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Apocalipse - Capítulo 14

por Paulino Jr.

As visões de perseguição relatadas nos capítulos 12 e 13 dão espaço agora para uma visão da glória.

O Cordeiro e os seus remidos no Monte Sião

1 Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai.
2 Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz de grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem a sua harpa.
3 Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
4 São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro;
5 e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula.

João relata que pode ver o Cordeiro (Cristo) e os cento e quarenta e quatro mil selados. Esses cento e quarenta e quatro mil, são os mesmos que nós estudamos no capítulo 7 do livro de Apocalipse, são aqueles que foram selados com o selo do cordeiro em sua fronte, para que não fossem atingidos pelos acontecimentos que estavam por vir. O monte Sião em Israel era o centro do poder, onde ficava o rei de Israel, sendo assim, é essa referência ao monte não é quanto ao lugar físico, mas sim o local de onde Cristo vai reinar com os seus remidos, ou seja, a Sião celestial. Cabe nesse caso, considerar as duas interpretações possíveis para esses cento e quarenta e quatro mil novamente:

Algumas pessoas consideram que os 144 mil, são o número de selados retirados de todo o Israel de Deus na terra como representantes dessas pessoas, sendo que essas pessoas não passarão pelo período restante da ira de Deus. Não parece a interpretação mais aceitável por algumas questões. Para esses que consideram que os selados são os retirados de todo o Israel de Deus, o referido selo seria aquele de Efésios 1:13, o que também não seria aceitável, já que Efésios 1:13 está se referindo ao Espírito Santo, que, pela interpretação que considera que a Igreja será arrebatada antes da grande tribulação, não estaria mais na terra. Para considerar a citada interpretação, de que os 144 mil são um número retirado de todo o Israel de Deus na terra, teríamos que considerar que a igreja do Senhor ainda estaria na terra no período da grande tribulação, interpretação essa que já foi refutada nos capítulos anteriores.
A outra interpretação, essa sim sendo mais aceitável, é de que esses 144 mil, são literalmente 12 mil de cada tribo de Israel, isso se justifica porque são citadas de maneira expressa as doze tribos, quando a bíblia cita o Israel, considerado todos os homens da terra, judeus e gentios, ela fala do Israel de Deus, representando aqueles que são fruto da aliança e aqueles que foram chamados filhos por adoção. Contudo, neste texto, são citados as tribos dos filhos de Israel, numa clara menção aos filhos de Jacó, tendo-os citados literalmente no momento seguinte. É sabido que o povo de Israel será tratado de maneira diferente quando chegar o fim, isso porque eles são os detentores da aliança com Deus e Ele mantêm a sua palavra quanto à eles (Zc. 12: 10-13, Rm. 11: 26-32).

Levando em consideração o que foi dito a respeito dos cento e quarenta e quatro mil, temos ainda a referência a um cântico, que estava sendo entoado por vozes que vinham do céu, e quem pode aprender e entoar esse cântico juntamente com aquelas vozes foram somente os cento e quarenta e quatro mil, trata-se de um cântico de redenção que somente aqueles que foram lavados e remidos podem compreender. Ainda são feitas outras referências com relação a eles, dizendo que eles não se macularam com mulheres porque são castos. Muitas pessoas interpretam isso de maneira literal, dizendo que esses serão pessoas virgens que serão seladas, isso se aplicaria tanto para uma quanto para outra interpretação das citadas acima. A interpretação mais aceitável a esse respeito é de que esses cento e quarenta e quatro mil viveram de modo íntegro, sem se contaminar com as coisas mundanas, isso se justifica porque por várias vezes o mundo é chamado por Deus no decorrer da Bíblia como sendo meretriz ou meretrizes, sendo assim eles são castos, porque não se contaminaram com os desejos carnais do mundo, não necessariamente do ponto de vista sexual.

A primeira voz

6 Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo,
7 dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.

A antiga aliança, feita entre Deus e o povo de Israel no Egito era provisória, a aliança firmada com o plano de salvação através de Cristo, contudo, é eterna, começou antes da fundação do mundo, e será proferida a todas as nações até o fim do tempo e a partir daí pela eternidade. O significado original da palavra eterno aí é sem começo ou sem fim, ou seja, todas as coisas se iniciam e tem fim a partir desse evangelho, tudo passa, ele não. Além de anunciar o evangelho que deve ser levado a toda língua, povo, raça e nação, o anjo exorta sobre a chegada do juízo de Deus, o momento em que ele irá julgar as nações e que toda a terra deverá confessá-lo como Senhor.

A segunda voz

8 Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição.

Sempre que a bíblia refere-se à Babilônia, é em sentido ruim, no antigo testamento a Babilônia era lugar de prostituição, imoralidade, idolatria e ocultismo. A Babilônia no texto do cap. 8 é o próprio mundo, com toda as sua sujeira e em toda as suas gerações, que será julgado e beberá do vinho da fúria de sua prostituição, ou seja, o que a terra e seus moradores vão receber de castigo ao fim dos tempos é a paga pelo seu próprio pecado.

A terceira voz

9 Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão,
10 também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro.
11 A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome.
12 Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.

Além da citação feita pelo segundo anjo à Babilônia, que representa o mundo. O terceiro anjo, por sua vez, afirma que aqueles que servirem a besta, ou seja, aqueles que nós estudamos no capítulo 13, que aceitaram a marca da besta na fronte ou na mão, também receberão a ira de Deus, diz-se que eles serão envergonhados e atormentados na presença dos anjos e do Cordeiro, que é Cristo. A tormenta daqueles que aceitarem a marca de Satanás será eterna, indo pelo séculos dos séculos, durante todo o tempo, a todos aqueles que adoraram a besta e a sua imagem. Por fim, o anjo deixa claro que isso é a recompensa pela perseverança dos santos e ainda a justiça de Deus sobre aqueles que não o são.

A quarta voz

13 Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.

Para esse versículo existem duas interpretações para esse texto, de um lado existem os que acreditam que o descanso referido nesse texto seria uma antítese, ou seja, uma idéia contrária ao tormento sofrido por aqueles a quem os vers. 9-12 se referem. Nesse caso, o descanso se referiria à vida no céu, onde não mais haveria dor ou tormento.
Outra interpretação muito difundida diz que “desde agora” seria uma referência àquele momento em que João estava vivendo, ou seja, pouco tempo depois da morte e ressurreição de Cristo. Segundo os que interpretam dessa forma, aqueles cristãos que morrem são levados para um lugar, um paraíso, onde estarão descansado, ou seja, vivendo em uma situação plena, até que chegue o dia do julgamento, o momento em que os mortos ressuscitarão para serem condenados ou absorvidos. Note-se que em hipótese alguma consideramos com base na bíblia que aqueles que morrem ficarão do dormindo, ou purgando os seus pecados.

A ceifa

14 Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada.
15 Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para aquele que se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu!
16 E aquele que estava sentado sobre a nuvem passou a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada.

A vindima

17 Então, saiu do santuário, que se encontra no céu, outro anjo, tendo ele mesmo também uma foice afiada.
18 Saiu ainda do altar outro anjo, aquele que tem autoridade sobre o fogo, e falou em grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Toma a tua foice afiada e ajunta os cachos da videira da terra, porquanto as suas uvas estão amadurecidas!
19 Então, o anjo passou a sua foice na terra, e vindimou a videira da terra, e lançou-a no grande lagar da cólera de Deus.
20 E o lagar foi pisado fora da cidade, e correu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e seiscentos estádios.

Esses dois momentos do texto de Apocalipse podem ser estudados juntos porque guardam conexão entre si. Num primeiro momento, vemos aquele semelhante ao filho do homem ceifando a terra. Ceifa tem o significado de colher, ou seja, trazer para si, então vemos Cristo, trazendo para si aqueles que são seus, aqueles que estão amadurecidos.
O segundo termo usado é vindima, vindimar é o ato de recolher, mas, nesse caso, não é no sentido de colher para si necessariamente, mas sim no sentido de recolher para lançar fora.
Vemos nesse momento final do capítulo 14, uma clara referência à parábola do joio e do trigo, após o amadurecimento de ambos, o trigo será colhido e levado para os celeiros e o joio será vindimado, ou recolhido e queimado.
Por fim, vemos que a cólera de Deus ainda não se encerrou, ela ainda continuará sendo lançada sobre a terra, situação que será vista com os sete flagelos dos capítulos seguintes.

Paz e Vida a todos, que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Referência: Bíblia de Estudo Plenitude

Apocalipse - Capítulo 13

por Paulino Jr.

Aqueles que acompanham desde o início o estudo do livro de Apocalipse, devem se lembrar como foi dito no decorrer de todo ele até aqui, que muitos acontecimentos que já foram demonstrados de forma resumida em outros capítulos, mais notadamente os que demonstram a abertura dos 7 selos e o toque das 7 trombetas, seriam detalhados nos capítulos que seguem ao capítulo 13, no sentido de gerar entendimento sobre esses fatos.

A besta que emerge do mar

1 Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia.

Essa besta descrita no ver. 1 é semelhante à aquela descrita no capítulo 12, ou seja, os seus chifres com os diademas representam a autoridade que foi dada a ela. Mas é dito a respeito dessa besta, que sobre as cabeças haviam nomes de blasfêmia, que na verdade demonstra que ela irá desvirtuar os conceitos de bom e ruim, dizendo que aquilo que é mau é bom e que aquilo que é bom é mau, quebrando todos os mandamentos que Deus impôs.

2 A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade.

Essa besta teria beleza (semelhante ao leopardo), poder ou força (pés de urso) e voz ativa de autoridade (boca de leão). Veja o texto de Daniel 7:2-7:

2 Falou Daniel e disse: Eu estava olhando, durante a minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar Grande.
3 Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar.
4 O primeiro era como leão e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, foi levantado da terra e posto em dois pés, como homem; e lhe foi dada mente de homem.
5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou sobre um dos seus lados; na boca, entre os dentes, trazia três costelas; e lhe diziam: Levanta-te, devora muita carne.
6 Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.
7 Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres.

Segundo esse texto, além das características já citadas, esse ser, a besta emergida do mar, será dotada de grande inteligência, autoridade, domínio e força. O relato de Daniel guarda grande semelhança com o de Apocalipse. A interpretação para esse texto do ver. 2 é de que essa besta seria uma pessoa, dotada de grandes habilidades a qual seria dado o poder do próprio Satanás para dominar (ver. 2 parte final).

3 Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta;
4 e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?

Essa ferida que foi desferida contra a besta, pode ser de cunho físico ou até mesmo uma derrota política inicial, não se trata necessariamente de uma ferida física, mas levando em conta que as suas cabeças representam a autoridade, através dos seus chifres, possivelmente esse golpe na cabeça seria uma quebra da sua autoridade, uma derrota pela qual ela passaria no seu domínio antes de conseguir exercer a autoridade absoluta sobre a terra. Levando em consideração essa interpretação, essa cabeça golpeada de morte e que seria curada, possivelmente é uma forma de governo, ou seja, de exercício de autoridade, que foi considerada extinta mas que será reavivada nesse período final (possivelmente o império).

5 Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses;
6 e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu.

Então, a partir daí começa a exercer domínio sobre as pessoas que habitam sobre a terra, proferindo coisas contra Deus, blasfemando contra o Senhor, contra os anjos e contra a igreja do Senhor.

7 Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação;
8 e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

É importante observar, que quando as bestas se erguerem os santos ainda estarão na terra, esse é aquele período que precede a grande tribulação, em que o cavaleiro branco, ou seja, aquele que parece ser bom e na verdade não é, vem vencendo e para vencer (Ap. 6: 1-2). Aqueles que acompanham desde o início esse estudo, se lembram que foi dito que uma das interpretações possíveis para o cavaleiro branco apresentado no cap. 6, seria um espírito de engano, ou seja, alguém que para as pessoas pareceria bom, mas que na verdade não é. Portanto, nesse período, que nós vimos no cap. 6:1-2 que é pré-arrebatamento e que corresponde aqui ao cap. 13, os cristãos ainda serão provados, sendo que observamos nos cap. 4 e 5, que quando o período de grande tribulação começar, os cristãos serão arrebatados.

9 Se alguém tem ouvidos, ouça.
10 Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar à espada, necessário é que seja morto à espada. Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos.

Os versículos 9 e 10 vêm corroborar o que foi dito nos dois anteriores, que os santos terão que passar por algumas coisas, afim de que a sua perseverança e fidelidade seja provada.

A besta que emerge da terra

11 Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão.
Essa besta que emerge da terra, é o anti-cristo, aquele que irá profetizar em favor da primeira besta, que possui autoridade e que vai levar as pessoas a adorá-la, mais uma vez, é demonstrado que há um engano embutido nessa pessoa, pois ela parece cordeiro, mas falava como dragão, ou seja, assemelhasse a alguém bom, mas fala em nome de Satanás.

12 Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada.
13 Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.

Satanás, nesse período vai dominar a partir desses dois seres, de acordo com o que foi relatado aqui, vemos que ele usará todo o poder que possui através desses seres, inclusive para fazer sinais, como descer fogo a terra para os homens verem o seu poder.

14 Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu;
15 e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta.

À besta, além do poder e autoridade que já lhe foram dados no início, será dada agora através desse segundo ser, adoração por parte dos seres da terra. Na verdade, o objetivo desse falso profeta, que opera sinais, é que as pessoas adorem a besta e lhe rendam louvores. A sua persuasão chegará a tal ponto, que ele fará as pessoas adorarem a imagem da besta, que por sua vez, não será uma imagem comum, mas sim uma imagem que fala e ainda mata aqueles que não adoram à besta.

16 A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte,
17 para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome.
18 Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.

Por fim, todos aqueles que estão na terra, serão levados a receber uma marca, que é uma clara oposição à trindade santa, pois é composta de três números. Essa marca fará com que as pessoas não possam comprar ou vender sem usá-la e será colocada sobre a fronte ou na mão direita. E diz por fim, que aquele que possui entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. É importante entender isso, o que esse texto diz, não é para ficar fazendo cálculos matemáticos ou coisas afins, para dizer que isso ou aquilo é o número da besta e sim, ter entendimento no momento em que essas coisas acontecerem, de que aquela marca que está sendo exigida para comprar ou vender é a marca da besta. Quanto ao número 666, ele pode ser um número literal ou simbólico, ou ainda um conjunto de dígitos que representam a marca e que somados, ou por outro cálculo dariam 666.

Paz e Vida a todos e que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Referência: Bíblia de Estudo Plenitude

Apocalipse - Capítulo 12

por Paulino Jr.

A mulher e o Dragão

1 Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça,
2 que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz.
3 Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas.
4 A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse.
5 Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono.
6 A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.

Para muitos esse texto faz uma descrição do plano de salvação, nessa interpretação desse texto, a mulher representa os remanescentes da tribo de Israel, aqueles que não deixaram se contaminar pelo mal ao final do antigo testamento, as dores de parto, seria o sofrimento que eles passavam por causa do pecado daqueles que praticavam o mal. O dragão é identificado no ver. 9 desse mesmo texto como sendo Satanás, possivelmente esse é o mesmo dragão ao qual é feita referência em Isaías 27:1. A cor vermelha representa ira, raiva, as suas sete cabeças representam plenitude de algumas habilidades, exceto a sabedoria, que é uma característica daquele que é justo. De fato, Satanás tem muitas habilidades, como a astúcia, inteligência, capacidade de observação, dentre outros, mas ele não detém a sabedoria plena, pois essa emana de Deus e é fruto da justificação. Os seus dez chifres representam a sua autoridade terrena, portanto limitada e a sua força física, isso em conjunto com os sete diademas.
A afirmação de que a sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, é interpretada como sendo a terça parte dos anjos, sendo arrastadas pela rebelião de Satanás. No momento inicial, ou seja, no ato da sua rebelião, Satanás tinha o intuito de elevar seu trono a altura do trono de Deus, tendo esse plano frustrado, Satanás passou a atacar o homem, obra prima de Deus. Considerando, ainda, a luz dessa interpretação de que esse seria um relato do plano de salvação e que a mulher seria o povo de Israel que permaneceu fiel a Deus, o filho varão que nasceria para reger todas as nações seria Jesus Cristo, que veio para vencer e posteriormente reinar com os seus santos, sendo então arrebatado até o seu trono. A mulher, que ficou, seria a própria nação de Israel e os Santos de Deus, que estariam sendo protegidos por Deus.
Uma outra interpretação possível, essa já defendida por uma minoria, seria de que a mulher é a igreja do Senhor que habita na terra, sendo perseguida por Satanás. O filho varão, que seria arrebatado, seria a parte da igreja que seria arrebatada, ficando aqui a grande maioria daqueles ditos cristãos. Esses, que não foram arrebatados, ficariam na terra, sendo protegidos da grande tribulação por um dado período, de mil duzentos e sessenta dias, ou seja, três anos e meio. Considerando essa interpretação dessa linha minoritária, poderíamos conceber que apenas uma pequena parte da igreja de Cristo na terra será arrebatada.
Anjos pelejam no céu contra o dragão. A vitória de Cristo e seu povo.

7 Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos;
8 todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles.
9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.
10 Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus.
11 Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida.
12 Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta.

Para alguns poucos, esse texto de Apocalipse 12 nos vers. 7 a 9 seria um relato do que aconteceu no momento em que Satanás se rebelou contra Deus.
Todavia, a interpretação mais aceita que é feita para essa parte do capítulo 12 de Apocalipse, é de que Satanás e seus anjos, após terem sido derrotados na sua perseguição contra a mulher, teriam avançado contra o céu, no intuito de insurgir contra a sua iminente derrota, nesse caso, por céu, entenda-se as regiões celestiais. Nessa peleja, Satanás foi derrotado por Miguel e os anjos que estão sobre o seu comando, por sua vez, Satanás e seus anjos, a terça parte dos anjos do céu, foram atirados a terra e derrotados. Note-se que apesar de Satanás se achar poderoso e em um dado momento, tentar erguer-se e subir a altura de Deus, ele é tão fraco em relação aos exércitos celestes que Deus nem toca nele, quem o derrota nas batalhas intermediárias são os anjos. Deus só vai se erguer para derrotá-lo definitivamente, e ainda assim, nem vai tocá-lo (Ap. 21). A partir da derrota de Satanás, os céus proclamaram a glória do Senhor e a importância da sua vitória. Continua falando a respeito da igreja, que venceu pelo sangue de Cristo e que não teve medo de permanecer. Por fim, declara que há festa no céu, contudo, ai daqueles que ficaram na terra, porque terão que lidar com a cólera de Satanás. Conjugando essa interpretação, com a que diz que o filho varão, arrebatado da mulher, seria parte da igreja arrebatada antes da grande tribulação, podemos considerar que o ai para aqueles que ficaram na terra pós-arrebatamento.

O dragão persegue a mulher

13 Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão;
14 e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente.
15 Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio.
16 A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca.
17 Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.

Temos que entender essa parte final do capítulo 12 segundo as duas interpretações relatadas nos vers. 1-6. Para aqueles que entendem que a mulher seria a remanescente de Israel, que o filho varão é Cristo, que foi arrebatado após o seu ministério na terra, a mulher que permaneceu na terra seria o conjunto daqueles remanescentes citados antes, com aqueles que por adoção receberam também a promessa, ou seja, os cristãos que receberam à Cristo. Sendo assim, após sua derrota no céu, Satanás volta à terra para perseguir a igreja, igreja essa que por sua vez é protegida por Deus para não ser atingida por Satanás (asas de água, para voar ao deserto para ficar fora da vista da serpente. Ver. 14) durante um tempo, tempos e metade de um tempo. O rio, usado para tentar atingir a mulher, seria as correntes mundanas, usadas para tentar atingir o povo de Deus, que está na terra. Contudo, Deus faria com que essas correntes fossem engolidas pela terra, para não atingir o seu povo. Para esses, portanto, só nesse momento aconteceria o arrebatamento, ou seja, a mulher que é a igreja, seria levada para um lugar que não onde não poderia ser atingida por Satanás. Por sua vez, Satanás perseguiria os restantes da descendência da mulher, que seriam aqueles dentre a igreja que estavam dispersos por sobre a terra, ou seja, que não subiram, mas que ainda assim guardam o testemunho de Jesus.
Para aqueles que entendem que o filho varão que foi arrebatado é a igreja, a mulher que ficou na terra seria a parte que não subiu, sendo que, os selados (Ap. 7:1-8), é a aquela parte da mulher a quem seria dada as asas de águia e a proteção em um lugar fora da vista da serpente. A descendência que seria perseguida, é aquela que não possui o selo, mas que ainda permanece guardando o testemunho de Cristo.

Por fim, é necessário entender, que pela não literalidade do livro de Apocalipse, várias interpretações surgem para textos como esse do capítulo 12, o filtro para saber se elas são plausíveis, aceitáveis ou não, é exatamente a própria bíblia, onde a palavra se confirma em si mesma a cada momento. (Obs: O pleonasmo foi proposital).

Paz e Vida a todos e que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Referência: Bíblia de Estudo Plenitude