por Paulino Jr.
A mulher e o Dragão
1 Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça,
2 que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz.
3 Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas.
4 A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse.
5 Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono.
6 A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.
Para muitos esse texto faz uma descrição do plano de salvação, nessa interpretação desse texto, a mulher representa os remanescentes da tribo de Israel, aqueles que não deixaram se contaminar pelo mal ao final do antigo testamento, as dores de parto, seria o sofrimento que eles passavam por causa do pecado daqueles que praticavam o mal. O dragão é identificado no ver. 9 desse mesmo texto como sendo Satanás, possivelmente esse é o mesmo dragão ao qual é feita referência em Isaías 27:1. A cor vermelha representa ira, raiva, as suas sete cabeças representam plenitude de algumas habilidades, exceto a sabedoria, que é uma característica daquele que é justo. De fato, Satanás tem muitas habilidades, como a astúcia, inteligência, capacidade de observação, dentre outros, mas ele não detém a sabedoria plena, pois essa emana de Deus e é fruto da justificação. Os seus dez chifres representam a sua autoridade terrena, portanto limitada e a sua força física, isso em conjunto com os sete diademas.
A afirmação de que a sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, é interpretada como sendo a terça parte dos anjos, sendo arrastadas pela rebelião de Satanás. No momento inicial, ou seja, no ato da sua rebelião, Satanás tinha o intuito de elevar seu trono a altura do trono de Deus, tendo esse plano frustrado, Satanás passou a atacar o homem, obra prima de Deus. Considerando, ainda, a luz dessa interpretação de que esse seria um relato do plano de salvação e que a mulher seria o povo de Israel que permaneceu fiel a Deus, o filho varão que nasceria para reger todas as nações seria Jesus Cristo, que veio para vencer e posteriormente reinar com os seus santos, sendo então arrebatado até o seu trono. A mulher, que ficou, seria a própria nação de Israel e os Santos de Deus, que estariam sendo protegidos por Deus.
Uma outra interpretação possível, essa já defendida por uma minoria, seria de que a mulher é a igreja do Senhor que habita na terra, sendo perseguida por Satanás. O filho varão, que seria arrebatado, seria a parte da igreja que seria arrebatada, ficando aqui a grande maioria daqueles ditos cristãos. Esses, que não foram arrebatados, ficariam na terra, sendo protegidos da grande tribulação por um dado período, de mil duzentos e sessenta dias, ou seja, três anos e meio. Considerando essa interpretação dessa linha minoritária, poderíamos conceber que apenas uma pequena parte da igreja de Cristo na terra será arrebatada.
Anjos pelejam no céu contra o dragão. A vitória de Cristo e seu povo.
7 Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos;
8 todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles.
9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.
10 Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus.
11 Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida.
12 Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta.
Para alguns poucos, esse texto de Apocalipse 12 nos vers. 7 a 9 seria um relato do que aconteceu no momento em que Satanás se rebelou contra Deus.
Todavia, a interpretação mais aceita que é feita para essa parte do capítulo 12 de Apocalipse, é de que Satanás e seus anjos, após terem sido derrotados na sua perseguição contra a mulher, teriam avançado contra o céu, no intuito de insurgir contra a sua iminente derrota, nesse caso, por céu, entenda-se as regiões celestiais. Nessa peleja, Satanás foi derrotado por Miguel e os anjos que estão sobre o seu comando, por sua vez, Satanás e seus anjos, a terça parte dos anjos do céu, foram atirados a terra e derrotados. Note-se que apesar de Satanás se achar poderoso e em um dado momento, tentar erguer-se e subir a altura de Deus, ele é tão fraco em relação aos exércitos celestes que Deus nem toca nele, quem o derrota nas batalhas intermediárias são os anjos. Deus só vai se erguer para derrotá-lo definitivamente, e ainda assim, nem vai tocá-lo (Ap. 21). A partir da derrota de Satanás, os céus proclamaram a glória do Senhor e a importância da sua vitória. Continua falando a respeito da igreja, que venceu pelo sangue de Cristo e que não teve medo de permanecer. Por fim, declara que há festa no céu, contudo, ai daqueles que ficaram na terra, porque terão que lidar com a cólera de Satanás. Conjugando essa interpretação, com a que diz que o filho varão, arrebatado da mulher, seria parte da igreja arrebatada antes da grande tribulação, podemos considerar que o ai para aqueles que ficaram na terra pós-arrebatamento.
O dragão persegue a mulher
13 Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão;
14 e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente.
15 Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio.
16 A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca.
17 Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.
Temos que entender essa parte final do capítulo 12 segundo as duas interpretações relatadas nos vers. 1-6. Para aqueles que entendem que a mulher seria a remanescente de Israel, que o filho varão é Cristo, que foi arrebatado após o seu ministério na terra, a mulher que permaneceu na terra seria o conjunto daqueles remanescentes citados antes, com aqueles que por adoção receberam também a promessa, ou seja, os cristãos que receberam à Cristo. Sendo assim, após sua derrota no céu, Satanás volta à terra para perseguir a igreja, igreja essa que por sua vez é protegida por Deus para não ser atingida por Satanás (asas de água, para voar ao deserto para ficar fora da vista da serpente. Ver. 14) durante um tempo, tempos e metade de um tempo. O rio, usado para tentar atingir a mulher, seria as correntes mundanas, usadas para tentar atingir o povo de Deus, que está na terra. Contudo, Deus faria com que essas correntes fossem engolidas pela terra, para não atingir o seu povo. Para esses, portanto, só nesse momento aconteceria o arrebatamento, ou seja, a mulher que é a igreja, seria levada para um lugar que não onde não poderia ser atingida por Satanás. Por sua vez, Satanás perseguiria os restantes da descendência da mulher, que seriam aqueles dentre a igreja que estavam dispersos por sobre a terra, ou seja, que não subiram, mas que ainda assim guardam o testemunho de Jesus.
Para aqueles que entendem que o filho varão que foi arrebatado é a igreja, a mulher que ficou na terra seria a parte que não subiu, sendo que, os selados (Ap. 7:1-8), é a aquela parte da mulher a quem seria dada as asas de águia e a proteção em um lugar fora da vista da serpente. A descendência que seria perseguida, é aquela que não possui o selo, mas que ainda permanece guardando o testemunho de Cristo.
Por fim, é necessário entender, que pela não literalidade do livro de Apocalipse, várias interpretações surgem para textos como esse do capítulo 12, o filtro para saber se elas são plausíveis, aceitáveis ou não, é exatamente a própria bíblia, onde a palavra se confirma em si mesma a cada momento. (Obs: O pleonasmo foi proposital).
Paz e Vida a todos e que Deus os abençoe!
Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)
Referência: Bíblia de Estudo Plenitude
A mulher e o Dragão
1 Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça,
2 que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz.
3 Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas.
4 A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse.
5 Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono.
6 A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.
Para muitos esse texto faz uma descrição do plano de salvação, nessa interpretação desse texto, a mulher representa os remanescentes da tribo de Israel, aqueles que não deixaram se contaminar pelo mal ao final do antigo testamento, as dores de parto, seria o sofrimento que eles passavam por causa do pecado daqueles que praticavam o mal. O dragão é identificado no ver. 9 desse mesmo texto como sendo Satanás, possivelmente esse é o mesmo dragão ao qual é feita referência em Isaías 27:1. A cor vermelha representa ira, raiva, as suas sete cabeças representam plenitude de algumas habilidades, exceto a sabedoria, que é uma característica daquele que é justo. De fato, Satanás tem muitas habilidades, como a astúcia, inteligência, capacidade de observação, dentre outros, mas ele não detém a sabedoria plena, pois essa emana de Deus e é fruto da justificação. Os seus dez chifres representam a sua autoridade terrena, portanto limitada e a sua força física, isso em conjunto com os sete diademas.
A afirmação de que a sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, é interpretada como sendo a terça parte dos anjos, sendo arrastadas pela rebelião de Satanás. No momento inicial, ou seja, no ato da sua rebelião, Satanás tinha o intuito de elevar seu trono a altura do trono de Deus, tendo esse plano frustrado, Satanás passou a atacar o homem, obra prima de Deus. Considerando, ainda, a luz dessa interpretação de que esse seria um relato do plano de salvação e que a mulher seria o povo de Israel que permaneceu fiel a Deus, o filho varão que nasceria para reger todas as nações seria Jesus Cristo, que veio para vencer e posteriormente reinar com os seus santos, sendo então arrebatado até o seu trono. A mulher, que ficou, seria a própria nação de Israel e os Santos de Deus, que estariam sendo protegidos por Deus.
Uma outra interpretação possível, essa já defendida por uma minoria, seria de que a mulher é a igreja do Senhor que habita na terra, sendo perseguida por Satanás. O filho varão, que seria arrebatado, seria a parte da igreja que seria arrebatada, ficando aqui a grande maioria daqueles ditos cristãos. Esses, que não foram arrebatados, ficariam na terra, sendo protegidos da grande tribulação por um dado período, de mil duzentos e sessenta dias, ou seja, três anos e meio. Considerando essa interpretação dessa linha minoritária, poderíamos conceber que apenas uma pequena parte da igreja de Cristo na terra será arrebatada.
Anjos pelejam no céu contra o dragão. A vitória de Cristo e seu povo.
7 Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos;
8 todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles.
9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.
10 Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus.
11 Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida.
12 Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta.
Para alguns poucos, esse texto de Apocalipse 12 nos vers. 7 a 9 seria um relato do que aconteceu no momento em que Satanás se rebelou contra Deus.
Todavia, a interpretação mais aceita que é feita para essa parte do capítulo 12 de Apocalipse, é de que Satanás e seus anjos, após terem sido derrotados na sua perseguição contra a mulher, teriam avançado contra o céu, no intuito de insurgir contra a sua iminente derrota, nesse caso, por céu, entenda-se as regiões celestiais. Nessa peleja, Satanás foi derrotado por Miguel e os anjos que estão sobre o seu comando, por sua vez, Satanás e seus anjos, a terça parte dos anjos do céu, foram atirados a terra e derrotados. Note-se que apesar de Satanás se achar poderoso e em um dado momento, tentar erguer-se e subir a altura de Deus, ele é tão fraco em relação aos exércitos celestes que Deus nem toca nele, quem o derrota nas batalhas intermediárias são os anjos. Deus só vai se erguer para derrotá-lo definitivamente, e ainda assim, nem vai tocá-lo (Ap. 21). A partir da derrota de Satanás, os céus proclamaram a glória do Senhor e a importância da sua vitória. Continua falando a respeito da igreja, que venceu pelo sangue de Cristo e que não teve medo de permanecer. Por fim, declara que há festa no céu, contudo, ai daqueles que ficaram na terra, porque terão que lidar com a cólera de Satanás. Conjugando essa interpretação, com a que diz que o filho varão, arrebatado da mulher, seria parte da igreja arrebatada antes da grande tribulação, podemos considerar que o ai para aqueles que ficaram na terra pós-arrebatamento.
O dragão persegue a mulher
13 Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão;
14 e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente.
15 Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio.
16 A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca.
17 Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.
Temos que entender essa parte final do capítulo 12 segundo as duas interpretações relatadas nos vers. 1-6. Para aqueles que entendem que a mulher seria a remanescente de Israel, que o filho varão é Cristo, que foi arrebatado após o seu ministério na terra, a mulher que permaneceu na terra seria o conjunto daqueles remanescentes citados antes, com aqueles que por adoção receberam também a promessa, ou seja, os cristãos que receberam à Cristo. Sendo assim, após sua derrota no céu, Satanás volta à terra para perseguir a igreja, igreja essa que por sua vez é protegida por Deus para não ser atingida por Satanás (asas de água, para voar ao deserto para ficar fora da vista da serpente. Ver. 14) durante um tempo, tempos e metade de um tempo. O rio, usado para tentar atingir a mulher, seria as correntes mundanas, usadas para tentar atingir o povo de Deus, que está na terra. Contudo, Deus faria com que essas correntes fossem engolidas pela terra, para não atingir o seu povo. Para esses, portanto, só nesse momento aconteceria o arrebatamento, ou seja, a mulher que é a igreja, seria levada para um lugar que não onde não poderia ser atingida por Satanás. Por sua vez, Satanás perseguiria os restantes da descendência da mulher, que seriam aqueles dentre a igreja que estavam dispersos por sobre a terra, ou seja, que não subiram, mas que ainda assim guardam o testemunho de Jesus.
Para aqueles que entendem que o filho varão que foi arrebatado é a igreja, a mulher que ficou na terra seria a parte que não subiu, sendo que, os selados (Ap. 7:1-8), é a aquela parte da mulher a quem seria dada as asas de águia e a proteção em um lugar fora da vista da serpente. A descendência que seria perseguida, é aquela que não possui o selo, mas que ainda permanece guardando o testemunho de Cristo.
Por fim, é necessário entender, que pela não literalidade do livro de Apocalipse, várias interpretações surgem para textos como esse do capítulo 12, o filtro para saber se elas são plausíveis, aceitáveis ou não, é exatamente a própria bíblia, onde a palavra se confirma em si mesma a cada momento. (Obs: O pleonasmo foi proposital).
Paz e Vida a todos e que Deus os abençoe!
Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)
Referência: Bíblia de Estudo Plenitude
Nenhum comentário:
Postar um comentário