segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Apocalipse Capítulo 9 – A quinta e a sexta trombeta

por Paulino Jr.

A quinta trombeta

1 O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abismo.

Ao ser tocada a quinta trombeta, viu-se uma estrela caída do céu na terra, essa estrela pode, com base na bíblia, ser interpretada como sendo o próprio Satanás. Essa interpretação baseia-se no texto de Isaías 14: 13-15:

12 Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!
13 Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte;
14 subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.
15 Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo.

Outra informação que depreende-se desse texto, é que à Satanás, nesse período será dada a chave do próprio abismo em que ele foi lançado, para atormentar aos homens.

2 Ela abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como fumaça de grande fornalha, e, com a fumaceira saída do poço, escureceu-se o sol e o ar.
3 Também da fumaça saíram gafanhotos para a terra; e foi-lhes dado poder como o que têm os escorpiões da terra,
4 e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão-somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre a fronte.

Sendo o poço aberto o poço do abismo pelas mãos de Satanás, a terra será cheia de fumaça e escurecerá o sol e o ar. Essa informação tem duas interpretações possíveis, a primeira é uma literal, que seria o escurecimento do céu propriamente dita, a outra é de que a fumaça representa o engano e que o sol seria a luz do entendimento que as pessoas possuem de modo geral, portanto, nesse caso, as pessoas não teriam entendimento de que estavam sendo afligidas pela estrela. Os gafanhotos representam seres demoníacos, já que o entendimento desse texto não da margem para pensar que sejam literalmente insetos. Essa interpretação toma por base o texto de Joel 1:4 e 2:1-5. O poder como que tem os escorpiões na terra é o poder de causar dor e sofrimento. Por fim, ao contrário de tudo o que havia acontecido até agora no toque das quatro trombetas anteriores, nessa quinta trombeta, não seriam atingidos mais a erva e nem nenhuma coisa natural, mas tão somente os homens que não tem o selo de Deus na fronte. Segundo o que foi estudado em Apocalipse 7, esses selados são os 144 mil descendentes dos filhos das tribos de Israel, que seriam selados para que a eles não se causasse dano.

5 Foi-lhes também dado, não que os matassem, e sim que os atormentassem durante cinco meses. E o seu tormento era como tormento de escorpião quando fere alguém.
6 Naqueles dias, os homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles.

Nesse ato, os homens não serão mortos, eles serão torturados pelos gafanhotos e atormentados por eles, as situações que eles passarão serão extremamente dolorosa e essa dor é comparada a dor de quando um escorpião pica alguém. A sua tortura será tão forte, que naqueles dias os homens vão procurar a morte a todo custo e não será possível achá-la, porque até mesmo a morte será tirada da terra. Portanto, todo o homem que estiver na terra até aquele momento, exceto os 144 mil selados de Israel, terão que passar por essas coisas. O período de 5 meses representa um tempo limitado, não necessariamente o tempo de 5 meses exatos, mas um período de tempo delimitado, onde as pessoas sofrerão continuamente.

7 O aspecto dos gafanhotos era semelhante a cavalos preparados para a peleja; na sua cabeça havia como que coroas parecendo de ouro; e o seu rosto era como rosto de homem;
8 tinham também cabelos, como cabelos de mulher; os seus dentes, como dentes de leão;
9 tinham couraças, como couraças de ferro; o barulho que as suas asas faziam era como o barulho de carros de muitos cavalos, quando correm à peleja;
10 tinham ainda cauda, como escorpiões, e ferrão; na cauda tinham poder para causar dano aos homens, por cinco meses;
11 e tinham sobre eles, como seu rei, o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom.
12 O primeiro ai passou. Eis que, depois destas coisas, vêm ainda dois ais.

Esse relato dos vers. 7-12, descreve como serão os gafanhotos, entende-se que esses gafanhotos podem ser forças demoníacas que atacarão os homens causando dor, portanto, nesse caso não seriam gafanhotos físicos e sim entes espirituais (demônios) com legalidade para atingir os homens. Outra interpretação possível é que esses gafanhotos sejam entes físicos do exército de Satanás (máquinas) que perseguirão e torturarão os homens sem nenhum motivo aparente. Como cabeça sobre estes gafanhotos, estará um demônio, o anjo do abismo de nome Abadom em hebraico (destruição) e Apoliom em grego (destruidor). Pode ser interpretado como o próprio satanás, já que a bíblia diz que ele veio para matar, roubar e destruir (Jo. 10:10).

A sexta trombeta

13 O sexto anjo tocou a trombeta, e ouvi uma voz procedente dos quatro ângulos do altar de ouro que se encontra na presença de Deus,
14 dizendo ao sexto anjo, o mesmo que tem a trombeta: Solta os quatro anjos que se encontram atados junto ao grande rio Eufrates.

Ao toque da sexta trombeta, pode observar que mais uma vez vem uma resposta à oração dos santos, relatada em Apocalipse 7, pois a voz que saiu para dar ordem ao anjo da sexta trombeta para que soltassem os quatro anjos veio do altar de ouro que se encontra na presença de Deus, portanto, aquele onde estão concentradas as orações dos santos. Os quatro anjos que seriam soltos, são os anjos de destruição. O Eufrates, além de representar o bloqueio ou grilhão espiritual ao qual aqueles anjos estavam presos, também representa para muitos naquela época a fronteira entre o mundo ocidental e o oriental.

15 Foram, então, soltos os quatro anjos que se achavam preparados para a hora, o dia, o mês e o ano, para que matassem a terça parte dos homens.
16 O número dos exércitos da cavalaria era de vinte mil vezes dez milhares; eu ouvi o seu número.
17 Assim, nesta visão, contemplei que os cavalos e os seus cavaleiros tinham couraças cor de fogo, de jacinto e de enxofre. A cabeça dos cavalos era como cabeça de leão, e de sua boca saía fogo, fumaça e enxofre.
18 Por meio destes três flagelos, a saber, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre que saíam da sua boca, foi morta a terça parte dos homens;
19 pois a força dos cavalos estava na sua boca e na sua cauda, porquanto a sua cauda se parecia com serpentes, e tinha cabeça, e com ela causavam dano.

A data para esses acontecimentos já está marcada por Deus e a ninguém será dado a conhecer, mas existe dia, mês e ano, marcados para que tudo isso aconteça. A esses anjos será dado o poder de matar a terça parte dos homens que estarão na terra naquele momento. O número de vinte mil vezes dez milhares serve para representar a grandeza do dano que será feito, pois esse número que é dado para o exército da cavalaria é correspondente à 200.000.000. É dito que esses cavalos tem algumas características estranhas à época como: couraça cor de fogo jacinto e enxofre, cabeça de leão, boca que saí fogo e que a sua força estava na cabeça e na cauda. Duas interpretações são possíveis, aceitáveis e largamente difundidas, a primeira seria de que esses cavalos e cavaleiros seriam entidades espirituais, designadas para matar os homens, a segunda interpretação é de que os quatro anjos desencadeassem na terra uma situação de guerra generalizada, em que os exércitos do mundo se reuniriam em Israel para uma grande batalha, essa interpretação será melhor estudada no capítulo 16.

20 Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar;
21 nem ainda se arrependeram dos seus assassínios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos.

Entende-se que todo esse processo de destruição dos homens tem objetivo de levá-los ao arrependimento, sem a ação do Espírito Santo que nesse momento não mais estará na terra, mas pelo entendimento de que aqueles fatos estavam vindo pela mão de Deus. Mas ainda assim, pelos relatos dos vers. 20-21, nota-se que aqueles homens que restaram na terra, em sua grande maioria, não reconheceram isso, nem foram levados ao arrependimento. Isso leva-nos à reflexão de que, o que devemos fazer é nos arrepender e levar os homens ao arrependimento agora, em que ainda há tempo e a ação do Espírito Santo para nos auxiliar, pois após esses acontecimentos, essa ação não mais existirá e o arrependimento será muito mais difícil.

Paz e Vida para todos!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Referência: Bíblia de Estudo Plenitude.

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