por Paulino Jr.
Há nessa primeira metade do cap. 11 de Apocalipse, a continuidade do intervalo dado no capítulo 10, para demonstrar alguns fatos importantes.
Ordens para medir o templo
1 Foi-me dado um caniço semelhante a uma vara, e também me foi dito: Dispõe-te e mede o santuário de Deus, o seu altar e os que naquele adoram;
2 mas deixa de parte o átrio exterior do santuário e não o meças, porque foi ele dado aos gentios; estes, por quarenta e dois meses, calcarão aos pés a cidade santa.
Pode-se entender dessa ordem para medir o templo, aquilo que está no livro de Zacarias, nos capítulos de 2 a 5 e em Ezequiel 40:3 e 42:20. Segundo o livro de Ezequiel, a medição é necessária para fazer separação entre o santo e o profano, ou seja, aqueles que são gentios, não estarão dentro do santuário de Deus e sim no átrio externo. Esses que são chamados gentios, não são aqueles não judeus, mas sim aqueles que não participaram da circuncisão espiritual segundo Romanos 2:29. O altar pode ser entendido como a própria oração dos justos, os que naquele adoram são os próprios justos. Quanto ao período de quarenta e dois meses, pode ser dito o mesmo que vem sendo dito em todo o decorrer de Apocalipse: possivelmente se trata de um período determinado de tempo, não sendo necessariamente 42 meses.
As duas testemunhas mártires
3 Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.
4 São estas as duas oliveiras e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra.
5 Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os inimigos; sim, se alguém pretender causar-lhes dano, certamente, deve morrer.
6 Elas têm autoridade para fechar o céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem. Têm autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de flagelos, tantas vezes quantas quiserem.
7 Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo pelejará contra elas, e as vencerá, e matará,
8 e o seu cadáver ficará estirado na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado.
9 Então, muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações contemplam os cadáveres das duas testemunhas, por três dias e meio, e não permitem que esses cadáveres sejam sepultados.
10 Os que habitam sobre a terra se alegram por causa deles, realizarão festas e enviarão presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas atormentaram os que moram sobre a terra.
11 Mas, depois dos três dias e meio, um espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés, e àqueles que os viram sobreveio grande medo;
12 e as duas testemunhas ouviram grande voz vinda do céu, dizendo-lhes: Subi para aqui. E subiram ao céu numa nuvem, e os seus inimigos as contemplaram.
13 Naquela hora, houve grande terremoto, e ruiu a décima parte da cidade, e morreram, nesse terremoto, sete mil pessoas, ao passo que as outras ficaram sobremodo aterrorizadas e deram glória ao Deus do céu.
14 Passou o segundo ai. Eis que, sem demora, vem o terceiro ai.
Existem duas interpretações possíveis para esse relato das duas testemunhas:
A primeira interpretação, seria a de que no período da grande tribulação, surgiriam essas testemunhas do Senhor, que profetizariam por sobre a terra, elas apareceriam na cidade de Jerusalém e o fato de ela (Jerusalém) ser chamada de Sodoma e Egito, se dá por causa da impureza que haverá nesse lugar. Essa morte relatada, seria no caso, uma morte natural, e os corpos das testemunhas seriam mantidos ali, em praça pública, por três dias e meio (também de tempo literal) enquanto as pessoas escarneciam deles, após isso aconteceria uma ressurreição, também física e ascensão ao céu dessas testemunhas, e a conseqüente morte de sete mil pessoas na terra. Para alguns, essas testemunhas seriam Elias e Enoque, que não morreram, mas foram trasladados para o céu, contudo, isso não se justifica do ponto de vista bíblico, pois a bíblia fala exatamente que Enoque foi trasladado para não ver a morte. Levando em conta o relato da morte das duas testemunhas, admitir que elas seriam Elias e Enoque, seria aceitar contradição da bíblia, algo que não existe, já que na bíblia um texto explica o contexto de outro.
Fato, é que a leitura dessa parte do capítulo 11 de Apocalipse, deve ser conjugada com a leitura do livro de Zacarias nos capítulos de 2 a 5. Levando em consideração todo esse texto bíblico, inclusive a parte citada do livro de Zacarias, surge uma outra interpretação possível. As duas testemunhas seriam a igreja de Cristo na terra (Zc. 4) durante todo o tempo da sua existência. O período de proteção dessas testemunhas, seria todo esse período que a igreja do Senhor passou na terra, período esse em que ela deteve em suas mãos o poder de responder com fogo os ataques sofridos. Nesse caso, o cumprimento do testemunho que teriam que dar, seria o cumprimento da comissão dada em Mateus 24:14. Ao fim desse período a besta, que é o próprio Satanás, emergiria e colocaria a Igreja em uma situação que ela seria dada como morta, nisso, todas as nações da terra começariam a escarnecer da igreja, fazendo questão que o nome da Igreja e o seu testemunho estivesse latente, para que ela sofresse com essa ação do mundo. O fato de dizer que essas testemunhas atormentaram a terra também coaduna com essa interpretação, haja vista a revolução que a igreja de Cristo fez por longos períodos. A cidade chamada Sodoma e Egito, seria o próprio mundo, chamado Sodoma, por causa da impureza e Egito, por causa da opressão causada à igreja. Ainda seguindo essa tese, os três dias e meio, seria um período de tempo não literal pré-arrebatamento, em que a igreja diminuiria seu ritmo de ação, após sucessivos ataques de Satanás. Esse tempo pode ser interpretado como sendo metade do período de setenta semanas relatado em Daniel. No caso dessa interpretação o chamado a subir, feito às duas testemunhas, é a convocação de Deus, para o arrebatamento da sua igreja, antes dada como morta, ou seja, sem ação, e o castigo em que seriam mortas sete mil pessoas, corresponderia a todo o processo do período da grande tribulação, até o toque da sexta trombeta, onde se “o segundo ai já passou, falta ainda o terceiro ai”. Entendendo tudo isso a essa maneira, poderia se dizer, que aquele intervalo de tempo para explicar João parte do mistério de Deus, intervalo esse que começou no capítulo 10, só terminaria agora, no momento em que se encerra o ai referente à sexta trombeta e o prelúdio da sétima trombeta.
A sétima trombeta
15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.
16 E os vinte e quatro anciãos que se encontram sentados no seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a Deus,
17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.
18 Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.
19 Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada.
Há certo consenso quanto à interpretação desse texto, após todo o período de tribulação, em que Satanás, a besta e o anticristo reinarão sobre a terra, em que as pessoas sofrerão todo tipo de dificuldade, haverá um período pré-julgamento, em que o Senhor reinará sobre a terra. Trata-se do período de mil anos, em que Satanás ficará preso e haverá o período do reino do Senhor (Ap. 20). Tudo isso será melhor explicado nos capítulos seguintes, culminando no capítulo 20, ensejando a prisão de Satanás por mil anos.
Há nessa primeira metade do cap. 11 de Apocalipse, a continuidade do intervalo dado no capítulo 10, para demonstrar alguns fatos importantes.
Ordens para medir o templo
1 Foi-me dado um caniço semelhante a uma vara, e também me foi dito: Dispõe-te e mede o santuário de Deus, o seu altar e os que naquele adoram;
2 mas deixa de parte o átrio exterior do santuário e não o meças, porque foi ele dado aos gentios; estes, por quarenta e dois meses, calcarão aos pés a cidade santa.
Pode-se entender dessa ordem para medir o templo, aquilo que está no livro de Zacarias, nos capítulos de 2 a 5 e em Ezequiel 40:3 e 42:20. Segundo o livro de Ezequiel, a medição é necessária para fazer separação entre o santo e o profano, ou seja, aqueles que são gentios, não estarão dentro do santuário de Deus e sim no átrio externo. Esses que são chamados gentios, não são aqueles não judeus, mas sim aqueles que não participaram da circuncisão espiritual segundo Romanos 2:29. O altar pode ser entendido como a própria oração dos justos, os que naquele adoram são os próprios justos. Quanto ao período de quarenta e dois meses, pode ser dito o mesmo que vem sendo dito em todo o decorrer de Apocalipse: possivelmente se trata de um período determinado de tempo, não sendo necessariamente 42 meses.
As duas testemunhas mártires
3 Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.
4 São estas as duas oliveiras e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra.
5 Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os inimigos; sim, se alguém pretender causar-lhes dano, certamente, deve morrer.
6 Elas têm autoridade para fechar o céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem. Têm autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de flagelos, tantas vezes quantas quiserem.
7 Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo pelejará contra elas, e as vencerá, e matará,
8 e o seu cadáver ficará estirado na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado.
9 Então, muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações contemplam os cadáveres das duas testemunhas, por três dias e meio, e não permitem que esses cadáveres sejam sepultados.
10 Os que habitam sobre a terra se alegram por causa deles, realizarão festas e enviarão presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas atormentaram os que moram sobre a terra.
11 Mas, depois dos três dias e meio, um espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés, e àqueles que os viram sobreveio grande medo;
12 e as duas testemunhas ouviram grande voz vinda do céu, dizendo-lhes: Subi para aqui. E subiram ao céu numa nuvem, e os seus inimigos as contemplaram.
13 Naquela hora, houve grande terremoto, e ruiu a décima parte da cidade, e morreram, nesse terremoto, sete mil pessoas, ao passo que as outras ficaram sobremodo aterrorizadas e deram glória ao Deus do céu.
14 Passou o segundo ai. Eis que, sem demora, vem o terceiro ai.
Existem duas interpretações possíveis para esse relato das duas testemunhas:
A primeira interpretação, seria a de que no período da grande tribulação, surgiriam essas testemunhas do Senhor, que profetizariam por sobre a terra, elas apareceriam na cidade de Jerusalém e o fato de ela (Jerusalém) ser chamada de Sodoma e Egito, se dá por causa da impureza que haverá nesse lugar. Essa morte relatada, seria no caso, uma morte natural, e os corpos das testemunhas seriam mantidos ali, em praça pública, por três dias e meio (também de tempo literal) enquanto as pessoas escarneciam deles, após isso aconteceria uma ressurreição, também física e ascensão ao céu dessas testemunhas, e a conseqüente morte de sete mil pessoas na terra. Para alguns, essas testemunhas seriam Elias e Enoque, que não morreram, mas foram trasladados para o céu, contudo, isso não se justifica do ponto de vista bíblico, pois a bíblia fala exatamente que Enoque foi trasladado para não ver a morte. Levando em conta o relato da morte das duas testemunhas, admitir que elas seriam Elias e Enoque, seria aceitar contradição da bíblia, algo que não existe, já que na bíblia um texto explica o contexto de outro.
Fato, é que a leitura dessa parte do capítulo 11 de Apocalipse, deve ser conjugada com a leitura do livro de Zacarias nos capítulos de 2 a 5. Levando em consideração todo esse texto bíblico, inclusive a parte citada do livro de Zacarias, surge uma outra interpretação possível. As duas testemunhas seriam a igreja de Cristo na terra (Zc. 4) durante todo o tempo da sua existência. O período de proteção dessas testemunhas, seria todo esse período que a igreja do Senhor passou na terra, período esse em que ela deteve em suas mãos o poder de responder com fogo os ataques sofridos. Nesse caso, o cumprimento do testemunho que teriam que dar, seria o cumprimento da comissão dada em Mateus 24:14. Ao fim desse período a besta, que é o próprio Satanás, emergiria e colocaria a Igreja em uma situação que ela seria dada como morta, nisso, todas as nações da terra começariam a escarnecer da igreja, fazendo questão que o nome da Igreja e o seu testemunho estivesse latente, para que ela sofresse com essa ação do mundo. O fato de dizer que essas testemunhas atormentaram a terra também coaduna com essa interpretação, haja vista a revolução que a igreja de Cristo fez por longos períodos. A cidade chamada Sodoma e Egito, seria o próprio mundo, chamado Sodoma, por causa da impureza e Egito, por causa da opressão causada à igreja. Ainda seguindo essa tese, os três dias e meio, seria um período de tempo não literal pré-arrebatamento, em que a igreja diminuiria seu ritmo de ação, após sucessivos ataques de Satanás. Esse tempo pode ser interpretado como sendo metade do período de setenta semanas relatado em Daniel. No caso dessa interpretação o chamado a subir, feito às duas testemunhas, é a convocação de Deus, para o arrebatamento da sua igreja, antes dada como morta, ou seja, sem ação, e o castigo em que seriam mortas sete mil pessoas, corresponderia a todo o processo do período da grande tribulação, até o toque da sexta trombeta, onde se “o segundo ai já passou, falta ainda o terceiro ai”. Entendendo tudo isso a essa maneira, poderia se dizer, que aquele intervalo de tempo para explicar João parte do mistério de Deus, intervalo esse que começou no capítulo 10, só terminaria agora, no momento em que se encerra o ai referente à sexta trombeta e o prelúdio da sétima trombeta.
A sétima trombeta
15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.
16 E os vinte e quatro anciãos que se encontram sentados no seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a Deus,
17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.
18 Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.
19 Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada.
Há certo consenso quanto à interpretação desse texto, após todo o período de tribulação, em que Satanás, a besta e o anticristo reinarão sobre a terra, em que as pessoas sofrerão todo tipo de dificuldade, haverá um período pré-julgamento, em que o Senhor reinará sobre a terra. Trata-se do período de mil anos, em que Satanás ficará preso e haverá o período do reino do Senhor (Ap. 20). Tudo isso será melhor explicado nos capítulos seguintes, culminando no capítulo 20, ensejando a prisão de Satanás por mil anos.
Paz e Vida para todos!
Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)
Referência: Bíblia de Estudo Plenitude
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