Estudo do Livro de Apocalipse
Capítulo 4: 1-11
Capítulo 4: 1-11
A partir do capítulo 4 do livro de Apocalipse começa-se a discutir de forma mais explícita as coisas concernentes ao fim.
Ver. 1 Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.
A porta aberta no céu, aqui relatada pode ser considerada a própria porta da revelação de Deus se abrindo para João naquele momento, ele que estava em um determinado local, teve à sua frente aberta uma porta que além de ser a entrada do céu (sentido material ou estrito) era a entrada para uma nova realidade que ele estava para ver (sentido amplo). A “primeira voz que ouvi”, é a voz do próprio Cristo, falando à João naquele momento. Quando se refere à “primeira voz que ouviu” João está se referindo à voz daquele como “filho do homem” citado no capítulo 1, que apareceu entre os 7 candeeiros de ouro. Pelos relatos, no início da visão de João ele só via a Cristo, e teve a visão dos sete candeeiros, no ver. 1 do cap. 4 vemos o próprio Cristo chamando a João para subir ao céu, para que de lá, ou seja, através de uma visão celestial, enxergasse o que estava para acontecer.
Os acontecimentos não estão escritos em ordem cronológica, o que leva a crer que a ordem dos acontecimentos a partir desse momento de Apocalipse 4: 1 possua lapsos de tempo. Os relatos a partir daí seguem a ordem em que João recebeu as visões. Começa a partir daí a se formar uma corrente interpretativa, que vê João como a representação da própria igreja, sendo convidada ao subir ao céu para ver de lá as coisas concernentes ao fim. Os adeptos dessa corrente acreditam que os crentes serão arrebatados antes de todos os acontecimentos concernentes ao fim, tomando apenas conhecimento do que está acontecendo, aguardando o dia do juízo, do qual já estão absorvidos. Outras interpretações e maiores explicações serão elucidadas em capítulos posteriores.
Ver. 2 Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado;
Esse versículo relata algo importantíssimo de ser ressaltado, a partir do momento em que João subiu ao céu para testemunhar os acontecimentos, ele se viu “em espírito”, isso significa que, para João, que não havia sido arrebatado, para dessa forma possuir um corpo glorificado, só era possível enxergar as coisas divinas “em espírito”. Isso serve para o crente de forma geral, as coisas de Deus só podem ser vistas se estivermos no espírito. Na dispensação do Espírito Santo de Deus, atrelado ao próprio espírito divino, que habita em nós, já que o homem é corpo, alma e espírito. É importante entender que, em se tratando do homem, o corpo volta para a terra, ou o pó; a alma é quem irá para o céu ou para o inferno, dependendo da escolha da pessoa; e o espírito volta para Deus, já que este é a própria origem desse espírito (Ec. 12: 7). Essa é a grande diferença entre o corpo glorificado, recebido, pós arrebatamento, com a alma da pessoa, e o subir ao céu em espírito, para ter uma visão divina das coisas. Ao corpo corruptível do homem não é permitido à entrada no céu e haja vista que João não havia morrido, a sua alma também não poderia subir, daí o fato dele achar-se em espírito assim que subiu. Esse alguém sentado no trono, é o próprio Deus, pode-se observar no momento seguinte, que João não retrata a Deus em forma, como relatou a respeito de Cristo no versículo 1, mas sim em glória e honra, isso porque ele, como homem não pôde enxergar a face de Deus.
Ver. 3 e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda.
João prossegue, relatando a glória d’Aquele que ele via sentado ao trono, a Jaspe é uma pedra preciosa, considerada durante muitos períodos como símbolo da riqueza. Essa pedra representa nesse momento o domínio e a riqueza de Deus, a sua onipotência diante dos outros seres. O sardônio que é uma pedra vermelha, representa nesse ato a ira vingativa de Deus. A esmeralda, verde, cor que representa para muitos esperança, é predominante no arco-íris que está em redor do trono, isso representa a misericórdia de Deus, que traz esperança aos homens.
Ver. 4 Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro.
Os 24 tronos, as vestes brancas e coroas (sobre a cabeça dos anciãos) apresentados no ver. 4, representam as promessas proferidas aos santos das igrejas de Laodicéia (Ap. 3:21), Sardes (Ap 3:5) e Esmirna (Ap. 2:10) respectivamente. Os tronos representam a vitória sobre as coisas do mundo, as vestiduras brancas representam a justificação pela graça, e as coroas representam a alegria pela glória. Os anciãos representam todo o povo do Senhor, que será colocado em uma posição de glória diante de Deus, sendo constituídos como reis e sacerdotes diante do Senhor (Ap. 1: 6)
Ver. 5 Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus.
Os relâmpagos e trovões, podem ser visto como a manifestação literal do grande poder de Deus, que se manifesta de forma estrondosa e poderosamente assustadora. Os sete espíritos de Deus, como visto no cap. 1, representa o Espírito Santo de Deus, que se manifesta de forma gloriosa e de várias maneiras, o número sete representa a perfeição do Senhor.
Ver. 6 Há diante do trono um como que mar de vidro, semelhante ao cristal, e também, no meio do trono e à volta do trono, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás.
O mar de vidro, semelhante ao Cristal que está diante do trono representa a inacessibilidade de Deus, que não pode ser alcançado pelo homem comum. Os quatro seres viventes, são os mesmos serafins de seis asas vistos por Isaías (Is. 6: 2-3), a explicação para o fato de Isaías não relatar sobre o rosto desses seres ou os incontáveis olhos que eles possuem, é porque no texto citado de Isaías eles estão com rostos e olhos cobertos. Os olhos por todos os lados, representa a vigilância constante desses seres.
Ver. 7 O primeiro ser vivente é semelhante a leão, o segundo, semelhante a novilho, o terceiro tem o rosto como de homem, e o quarto ser vivente é semelhante à águia quando está voando.
O primeiro ser, semelhante ao leão, considerado desde a muito tempo o rei dentre os animais, representa poder, força e coragem. O novilho representa a provisão e a redenção de Deus, pois este foi utilizado por muito tempo como objeto de expiação pelos pecados e de sacrifício a Deus. O homem representa a inteligência do ser que Deus criou e colocou como autoridade sobre os outros seres. A águia representa a celeridade da ação de Deus, destreza e a não limitação da ação de Deus ao tempo.
Ver. 8 E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.
Mais uma vez é demonstrada a vigilância desses seres, que não dormem e nem tem descanso, de dia ou de noite, vê-se que a responsabilidade primeira desses seres é de adoração e exaltação ao Senhor. Exaltando de forma veemente o poder, a glória, a majestade e a imutabilidade de Deus.
Vers. 9 Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao que se encontra sentado no trono, ao que vive pelos séculos dos séculos,
10 os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que se encontra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando:
11 Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.
Juntamente com os seres viventes, que rendem glórias e honras ao Senhor, também os vinte e quatro anciãos, nesse ato, representando os remidos do Senhor, reconhecem a glória dada pelo próprio Deus a eles, depositando no altar do Senhor a sua coroa, ou seja, devolvendo a Deus a glória recebida. Isso demonstra o reconhecimento que deve ter a igreja diante da graça dada por Deus, devolvendo essa glória recebida a Ele. A interpretação de que os crentes serão arrebatados antes da grande tribulação encontra margem também nesse texto dos vers. 9-11, uma vez que, observando-se que João “subiu” aos céus para exatamente ver o que estava por vir, e os anciãos, que nesse ato representavam a própria igreja já entronizada e coroada, já estavam lá, pode-se entender que a igreja já estará no céu, quando as coisas concernentes ao fim acontecerem (Ap. 3:10, Jo. 5:24, I Ts. 1:1-10, 5:1-11). Outras interpretações e bases teóricas serão observadas no decorrer do estudo do livro de Apocalipse.
Paz e Vida para todos!
Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)
Referência: Bíblia de Estudo Plenitude
Ver. 1 Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.
A porta aberta no céu, aqui relatada pode ser considerada a própria porta da revelação de Deus se abrindo para João naquele momento, ele que estava em um determinado local, teve à sua frente aberta uma porta que além de ser a entrada do céu (sentido material ou estrito) era a entrada para uma nova realidade que ele estava para ver (sentido amplo). A “primeira voz que ouvi”, é a voz do próprio Cristo, falando à João naquele momento. Quando se refere à “primeira voz que ouviu” João está se referindo à voz daquele como “filho do homem” citado no capítulo 1, que apareceu entre os 7 candeeiros de ouro. Pelos relatos, no início da visão de João ele só via a Cristo, e teve a visão dos sete candeeiros, no ver. 1 do cap. 4 vemos o próprio Cristo chamando a João para subir ao céu, para que de lá, ou seja, através de uma visão celestial, enxergasse o que estava para acontecer.
Os acontecimentos não estão escritos em ordem cronológica, o que leva a crer que a ordem dos acontecimentos a partir desse momento de Apocalipse 4: 1 possua lapsos de tempo. Os relatos a partir daí seguem a ordem em que João recebeu as visões. Começa a partir daí a se formar uma corrente interpretativa, que vê João como a representação da própria igreja, sendo convidada ao subir ao céu para ver de lá as coisas concernentes ao fim. Os adeptos dessa corrente acreditam que os crentes serão arrebatados antes de todos os acontecimentos concernentes ao fim, tomando apenas conhecimento do que está acontecendo, aguardando o dia do juízo, do qual já estão absorvidos. Outras interpretações e maiores explicações serão elucidadas em capítulos posteriores.
Ver. 2 Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado;
Esse versículo relata algo importantíssimo de ser ressaltado, a partir do momento em que João subiu ao céu para testemunhar os acontecimentos, ele se viu “em espírito”, isso significa que, para João, que não havia sido arrebatado, para dessa forma possuir um corpo glorificado, só era possível enxergar as coisas divinas “em espírito”. Isso serve para o crente de forma geral, as coisas de Deus só podem ser vistas se estivermos no espírito. Na dispensação do Espírito Santo de Deus, atrelado ao próprio espírito divino, que habita em nós, já que o homem é corpo, alma e espírito. É importante entender que, em se tratando do homem, o corpo volta para a terra, ou o pó; a alma é quem irá para o céu ou para o inferno, dependendo da escolha da pessoa; e o espírito volta para Deus, já que este é a própria origem desse espírito (Ec. 12: 7). Essa é a grande diferença entre o corpo glorificado, recebido, pós arrebatamento, com a alma da pessoa, e o subir ao céu em espírito, para ter uma visão divina das coisas. Ao corpo corruptível do homem não é permitido à entrada no céu e haja vista que João não havia morrido, a sua alma também não poderia subir, daí o fato dele achar-se em espírito assim que subiu. Esse alguém sentado no trono, é o próprio Deus, pode-se observar no momento seguinte, que João não retrata a Deus em forma, como relatou a respeito de Cristo no versículo 1, mas sim em glória e honra, isso porque ele, como homem não pôde enxergar a face de Deus.
Ver. 3 e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda.
João prossegue, relatando a glória d’Aquele que ele via sentado ao trono, a Jaspe é uma pedra preciosa, considerada durante muitos períodos como símbolo da riqueza. Essa pedra representa nesse momento o domínio e a riqueza de Deus, a sua onipotência diante dos outros seres. O sardônio que é uma pedra vermelha, representa nesse ato a ira vingativa de Deus. A esmeralda, verde, cor que representa para muitos esperança, é predominante no arco-íris que está em redor do trono, isso representa a misericórdia de Deus, que traz esperança aos homens.
Ver. 4 Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro.
Os 24 tronos, as vestes brancas e coroas (sobre a cabeça dos anciãos) apresentados no ver. 4, representam as promessas proferidas aos santos das igrejas de Laodicéia (Ap. 3:21), Sardes (Ap 3:5) e Esmirna (Ap. 2:10) respectivamente. Os tronos representam a vitória sobre as coisas do mundo, as vestiduras brancas representam a justificação pela graça, e as coroas representam a alegria pela glória. Os anciãos representam todo o povo do Senhor, que será colocado em uma posição de glória diante de Deus, sendo constituídos como reis e sacerdotes diante do Senhor (Ap. 1: 6)
Ver. 5 Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus.
Os relâmpagos e trovões, podem ser visto como a manifestação literal do grande poder de Deus, que se manifesta de forma estrondosa e poderosamente assustadora. Os sete espíritos de Deus, como visto no cap. 1, representa o Espírito Santo de Deus, que se manifesta de forma gloriosa e de várias maneiras, o número sete representa a perfeição do Senhor.
Ver. 6 Há diante do trono um como que mar de vidro, semelhante ao cristal, e também, no meio do trono e à volta do trono, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás.
O mar de vidro, semelhante ao Cristal que está diante do trono representa a inacessibilidade de Deus, que não pode ser alcançado pelo homem comum. Os quatro seres viventes, são os mesmos serafins de seis asas vistos por Isaías (Is. 6: 2-3), a explicação para o fato de Isaías não relatar sobre o rosto desses seres ou os incontáveis olhos que eles possuem, é porque no texto citado de Isaías eles estão com rostos e olhos cobertos. Os olhos por todos os lados, representa a vigilância constante desses seres.
Ver. 7 O primeiro ser vivente é semelhante a leão, o segundo, semelhante a novilho, o terceiro tem o rosto como de homem, e o quarto ser vivente é semelhante à águia quando está voando.
O primeiro ser, semelhante ao leão, considerado desde a muito tempo o rei dentre os animais, representa poder, força e coragem. O novilho representa a provisão e a redenção de Deus, pois este foi utilizado por muito tempo como objeto de expiação pelos pecados e de sacrifício a Deus. O homem representa a inteligência do ser que Deus criou e colocou como autoridade sobre os outros seres. A águia representa a celeridade da ação de Deus, destreza e a não limitação da ação de Deus ao tempo.
Ver. 8 E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.
Mais uma vez é demonstrada a vigilância desses seres, que não dormem e nem tem descanso, de dia ou de noite, vê-se que a responsabilidade primeira desses seres é de adoração e exaltação ao Senhor. Exaltando de forma veemente o poder, a glória, a majestade e a imutabilidade de Deus.
Vers. 9 Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao que se encontra sentado no trono, ao que vive pelos séculos dos séculos,
10 os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que se encontra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando:
11 Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.
Juntamente com os seres viventes, que rendem glórias e honras ao Senhor, também os vinte e quatro anciãos, nesse ato, representando os remidos do Senhor, reconhecem a glória dada pelo próprio Deus a eles, depositando no altar do Senhor a sua coroa, ou seja, devolvendo a Deus a glória recebida. Isso demonstra o reconhecimento que deve ter a igreja diante da graça dada por Deus, devolvendo essa glória recebida a Ele. A interpretação de que os crentes serão arrebatados antes da grande tribulação encontra margem também nesse texto dos vers. 9-11, uma vez que, observando-se que João “subiu” aos céus para exatamente ver o que estava por vir, e os anciãos, que nesse ato representavam a própria igreja já entronizada e coroada, já estavam lá, pode-se entender que a igreja já estará no céu, quando as coisas concernentes ao fim acontecerem (Ap. 3:10, Jo. 5:24, I Ts. 1:1-10, 5:1-11). Outras interpretações e bases teóricas serão observadas no decorrer do estudo do livro de Apocalipse.
Paz e Vida para todos!
Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)
Referência: Bíblia de Estudo Plenitude
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