domingo, 29 de novembro de 2009

Apocalipse - Capítulo 15

por Paulino Jr.

Os sete flagelos


1 Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo os sete últimos flagelos, pois com estes se consumou a cólera de Deus.

Estudamos nos capítulos anteriores a abertura dos sete selos e o toque das sete trombetas, vimos que todos aqueles atos se tratavam da justiça de Deus sendo lançada sobre a terra. A partir do sexto selo, vimos que a ira de Deus foi derramada sobre a terra com mais furor, além disso, foi possível visualizar os três ais, associados ao toque das 3 últimas trombetas. Agora, no capítulo 15, nós vemos o último conjunto de fatos que consumam a ira de Deus, trata-se da cólera, ou seja, da ira plena de Deus sendo demonstrada através desses sete flagelos. Flagelo, de acordo com o Dicionário Aurélio, significa: item para açoitar, tortura, calamidade, castigo, algo que incomoda ou apoquenta.

Os remidos entoam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro

2 Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus;

Nesse texto, existe uma referência ao que aconteceu no deserto com o povo que saía do Egito, em que eles estavam frente ao mar, e atrás deles havia as colunas de fogo, evitando que eles fossem alcançados por Faraó, o fogo que estava atrás deles refletia na água, dando a impressão de que era uma mescla de mar e fogo. O mar de vidro agora, era onde os santos do Senhor estavam em pé, são esses aqueles que venceram o mundo, que foi chamado de Egito no capítulo 11, que venceram a besta, sua imagem e seu número. Esses santos possuíam em suas mãos harpas de Deus.

3 e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!
4 Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos.

Vemos aí outra referência ao povo quando saiu do Egito. Quando Moisés saiu do Egito e cruzou o mar vermelho, ele cantou um cântico de louvor e adoração a Deus. Da mesma forma, vemos que os santos do Senhor, estão aqui nesse capítulo 15, entoando um cântico de louvor a Deus por terem sido livrados da terra e daqueles que a dominam. Se observarmos o livro de Êxodo, vemos que além de livrar o povo do Egito, Deus ainda castigou a Faraó, matando todo o seu exército, que havia ido perseguir os judeus. Da mesma forma, quando Deus, livrou seus santos da terra, ele castigou a humanidade com toda sorte de maldição.

Deus envia os flagelos

5 Depois destas coisas, olhei, e abriu-se no céu o santuário do tabernáculo do Testemunho,
6 e os sete anjos que tinham os sete flagelos saíram do santuário, vestidos de linho puro e resplandecente e cingidos ao peito com cintas de ouro.

Os anjos que carregavam os flagelos saíram de dentro do tabernáculo do testemunho, que nesse ato, se assemelha ao tabernáculo construído pelo povo de Israel para que se levasse a Deus as orações dos santos e os seus sacrifícios. Mais uma vez vemos que todo o mal que se sucederá a humanidade, é consequência da série de perseguições e maldades feitas por estes aos santos, uma vez que se trata da vingança de Deus pelos seus santos. Isso mais uma vez quebra a teoria de que o povo de Deus estará aqui na terra na grande tribulação, já que a vingança não pode ser lançada sobre o vingado. Os anjos que aplicarão os sete últimos flagelos são anjos de destaque.

7 Então, um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da cólera de Deus, que vive pelos séculos dos séculos.
8 O santuário se encheu de fumaça procedente da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia penetrar no santuário, enquanto não se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos.

Os flagelos estavam dentro de taças de ouro, o que demonstra aí a sua extrema importância, neles estavam toda a tortura que seria lançada sobre a terra, a cólera de Deus em sua totalidade. Os flagelos, apesar de serem lançados sobre a terra por anjos, possuem o poder do próprio Deus, tanto que a fumaça da glória de Deus encheu o tabernáculo, tal qual acontecia nos tempos do antigo testamento, vemos algo interessante aí, pois nesse momento, não haverá acesso ao altar de Deus, para petições de misericórdia, ou seja, mesmo que alguém procure a Deus nesse momento para pedir clemência, ninguém poderá entrar no tabernáculo para levar essa oração.

Estamos nos aproximando do fim nesse estudo do livro de Apocalipse, a partir daí, lança-se sobre a terra o último castigo e então virá o julgamento, a remissão dos salvos e a condenação dos ímpios.

Paz e Vida a todos e que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada).

Referência: Bíblia de Estudo Plenitude.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Música do dia - Getsemani - Leonardo Gonçalves

por Paulino Jr.

Estou deixando aqui essa música para nossa reflexão, ela tem uma letra bem profunda e está acompanhada nesse vídeo por cenas do filme de Mel Gibson "A paixão de Cristo" com Jim Cavieziel no papel de Jesus.



Paz e Vida a todos e que Deus os abençoe!

Não perca a esperança - II Reis 4:1-7

por Paulino Jr.

1 Certa mulher, das mulheres dos discípulos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que ele temia ao SENHOR. É chegado o credor para levar os meus dois filhos para lhe serem escravos.
2 Eliseu lhe perguntou: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. Ela respondeu: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3 Então, disse ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos; vasilhas vazias, não poucas.
4 Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas; põe à parte a que estiver cheia.
5 Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; estes lhe chegavam as vasilhas, e ela as enchia.
6 Cheias as vasilhas, disse ela a um dos filhos: Chega-me, aqui, mais uma vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais vasilha nenhuma. E o azeite parou.
7 Então, foi ela e fez saber ao homem de Deus; ele disse: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto.

Naquele momento aquela mulher, serva de Deus estava em uma situação em que ela não via saída, ela tinha perdido a segurança (o marido), tinha perdido a paz (o seu sustento) e os credores queriam tirar a esperança que ela ainda tinha (os filhos). Todo pai/mãe vê no filho o seu futuro e aquelas crianças eram a esperança daquela mulher, muitas vezes quando nós nos sentimos vazios de tudo o inimigo ainda quer vir até nós e tirar-nos a esperança. O profeta Eliseu naquele momento era o representante de Deus na vida daquela mulher, ele estava sendo um enviado do Senhor para abençoá-la.

Quando Eliseu pergunta àquela mulher o que ela tem em casa, ela responde que não tem nada, mas em um segundo momento ela volta atrás e responde que tem uma botija de azeite, esse azeite que essa mulher tinha na botija representa a fé, mesmo quando ela estava vazia de tudo (não possuía mais nada) ainda restava um pouco de fé. Eliseu então libera para ela a palavra dizendo que ela buscasse dos outros, botijas e vasilhas para que fossem cheias. Pode-se usar Eliseu como representante de Deus, ele liberou a palavra baseado na fé (azeite) que aquela mulher possuía, no momento em que ela saiu, ela procurou a sua força em agentes externos (as pessoas que lhe emprestaram a botija) e em agentes internos (a sua casa e os seus filhos).

É assim que Deus age na nossa vida (e possivelmente é o que Ele quer mostrar que está fazendo na sua) quando tudo parece vazio de alguma maneira, ele usa a nossa fé e a nossa esperança para nos abençoar, a ação daquela mulher foi fazer o que o homem de Deus ordenou que era buscar as vasilhas. Da mesma forma, na nossa vida devemos estar dispostos a fazer a vontade de Deus, buscando força externa (em Deus ou em pessoas que são dEle) e interna (dentro de você mesmo). Basta saber que Deus já liberou a palavra baseado em sua fé e que Ele espera que a sua parte seja feita, se você ainda não sabe o que deve fazer, busque dEle a resposta.

Se Deus prometeu algo, com certeza Ele é fiel para cumprir.

Paz e Vida a todos, que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

O segredo para ser mais que feliz - Jonas 1: 1-3:

por Paulino Jr.

1 Veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3 Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR, para Társis; e, tendo descido a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e embarcou nele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR.

Para receber o mistério a respeito de como ser mais que feliz, é necessário entender o significado de duas palavras: Omissão e comissão.

Omissão è Falta, lacuna, negligência.

Comissão è Incumbência, parcela, percentual de um negócio.

Jonas foi um homem omisso e por causa da omissão de Jonas sobreveio uma grande tempestade sobre aquele barco.

Jonas 1:3;4:

4 Mas o SENHOR lançou sobre o mar um forte vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava a ponto de se despedaçar.
5 Então, os marinheiros, cheios de medo, clamavam cada um ao seu deus e lançavam ao mar a carga que estava no navio, para o aliviarem do peso dela. Jonas, porém, havia descido ao porão e se deitado; e dormia profundamente.

A omissão gera tempestade!

Muitas vezes você se enxerga como uma pessoa próspera, bem sucedida, mas não tem conseguido se livrar das tempestades. Todo problema parece se transformar em algo maior e acaba gerando tempestades em sua vida. Jonas era um profeta, ele tinha um chamado de Deus para um propósito específico. Deus chamou a Jonas para resgatar o povo de uma cidade chamada Nínive que estava perdida. Os ninivitas se encontravam em uma situação caótica. Eles estavam vivendo em uma terra sem lei, agiam como bárbaros. Conta a história, que na cidade de Nínive havia armadilhas, para que aqueles que eram estrangeiros não adentrassem na cidade. As armadilhas tinham o objetivo de matar invasores e aqueles que não morressem se retirassem daquele lugar.

Era de se entender o fato de Jonas ter medo de ir para Nínive. Contudo, Jonas fugiu porque ele não entendia uma coisa:

Ele era comissionado!

A comissão de Jonas, a incumbência dele era de ir até Nínive e fazer a obra que Deus tinha ordenado, apregoando a palavra de arrependimento. Jonas negligenciou essa comissão e por causa disso teve graves problemas.

Hoje nós também temos uma comissão, que é dada por Deus para que nós cumpramos, ela está em Mateus 28: 19;20:

19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.

Fato é que, quando aceitamos essa comissão estamos também reconhecendo que vamos enfrentar perseguições para executá-la. Assim como Jonas estava indo para uma cidade de bárbaros, quando nós aceitamos a comissão dada por Cristo, estamos caminhando para ser perseguidos pelo mundo. Muitas vezes nos preocupamos somente com as bênçãos que Deus pode trazer para nós, mas não estamos empenhados em dar de nós para Deus. O livro de Ageu faz referência a isso no cap. 1 vers. 2;4;8:

2 Assim fala o SENHOR dos Exércitos: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser edificada.
4 Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas?
8 Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o SENHOR.

O que este texto está dizendo é que nós devemos deixar de buscar somente a nossa própria vontade, as bênçãos de Deus para as nossas vidas, e passar a fazer a obra de Deus e a sua vontade. Quando falamos de aceitar a comissão dada por Deus e o ministério que nos foi dado não falamos de prosperidade, mas sim de galardão a ser recebido na glória. A prosperidade vem da fidelidade do cristão para com Deus no sentido financeiro e do seu reconhecimento de que tudo o que possui vem das mãos de Deus. Ainda assim, existem cristãos que não tem a felicidade plena mesmo tendo prosperidade, isso acontece porque ele não tem aceitado a comissão de Deus para sua vida, mantendo-se sempre em busca da riqueza material. Não adianta ter carro do ano e riquezas se não cumprirmos o ministério que Deus nos deu.

Pelo que vimos do texto de Ageu e da história de Jonas, temos que deixar de nos preocupar em buscar somente as bênçãos de Deus e dedicar a Deus a nossa parcela, a incumbência que nos foi dada para executarmos. Muitas vezes a falta que ainda temos, mesmo em meio à prosperidade, existe porque não assumimos o ministério que nos foi dado.

Observe o exemplo do apóstolo Pedro em dois momentos:

No primeiro (Mc. 14:72), Pedro nega a Cristo e quando cai em si, chora amargamente. Após ter feito isso Pedro foge, tendo uma lacuna enorme em seu coração. Quando Cristo ressuscita e vai ter com Pedro, este por sua vez se arrepende e passa a ser um pilar dentro da igreja primitiva. Nisso podemos ver Pedro em um segundo momento, em que ele tem um papel de líder e de pregador do evangelho de Cristo, nesse período, vemos grande perseguição contra a igreja, cominando na morte de Tiago e na prisão de Pedro, ainda assim, ao contrário de quando fugiu negando a Cristo, agora Pedro se sente em paz, até mesmo para dormir, pois estava encarcerado porque tinha aceitado a comissão que Cristo tinha dado a ele.

Entendemos a partir daí que, para sermos mais que felizes temos que estar dispostos a aceitar a comissão dada por Deus, não devemos ser omissos como Jonas, causando tempestades de grandes proporções em nossa vida. Pedro, que foi citado anteriormente diz:

1º Pedro 3: 14-17:

14 Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados;
15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós,
16 fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo,
17 porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal.

E ainda:

1º Pedro 4: 13;14:

13 pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.
14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus.

Por fim, vemos Cristo dizendo o seguinte em Mateus 5: 10-12:

10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
11 Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.

Concluindo, podemos ter até riquezas na terra e ser felizes, ou ter momentos de alegria. Mas só conseguiremos ser bem aventurados, ou seja, mais que felizes, quando aceitamos a comissão de Deus, o ministério que ele tem para nós, mesmo em meio à perseguição.

Lembre-se: “O mistério de Deus não é revelado para quem quer mais de Deus para si, mas sim para quem dá mais de si para Deus.”

Paz e Vida a todos, que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Apocalipse - Capítulo 14

por Paulino Jr.

As visões de perseguição relatadas nos capítulos 12 e 13 dão espaço agora para uma visão da glória.

O Cordeiro e os seus remidos no Monte Sião

1 Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai.
2 Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz de grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem a sua harpa.
3 Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
4 São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro;
5 e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula.

João relata que pode ver o Cordeiro (Cristo) e os cento e quarenta e quatro mil selados. Esses cento e quarenta e quatro mil, são os mesmos que nós estudamos no capítulo 7 do livro de Apocalipse, são aqueles que foram selados com o selo do cordeiro em sua fronte, para que não fossem atingidos pelos acontecimentos que estavam por vir. O monte Sião em Israel era o centro do poder, onde ficava o rei de Israel, sendo assim, é essa referência ao monte não é quanto ao lugar físico, mas sim o local de onde Cristo vai reinar com os seus remidos, ou seja, a Sião celestial. Cabe nesse caso, considerar as duas interpretações possíveis para esses cento e quarenta e quatro mil novamente:

Algumas pessoas consideram que os 144 mil, são o número de selados retirados de todo o Israel de Deus na terra como representantes dessas pessoas, sendo que essas pessoas não passarão pelo período restante da ira de Deus. Não parece a interpretação mais aceitável por algumas questões. Para esses que consideram que os selados são os retirados de todo o Israel de Deus, o referido selo seria aquele de Efésios 1:13, o que também não seria aceitável, já que Efésios 1:13 está se referindo ao Espírito Santo, que, pela interpretação que considera que a Igreja será arrebatada antes da grande tribulação, não estaria mais na terra. Para considerar a citada interpretação, de que os 144 mil são um número retirado de todo o Israel de Deus na terra, teríamos que considerar que a igreja do Senhor ainda estaria na terra no período da grande tribulação, interpretação essa que já foi refutada nos capítulos anteriores.
A outra interpretação, essa sim sendo mais aceitável, é de que esses 144 mil, são literalmente 12 mil de cada tribo de Israel, isso se justifica porque são citadas de maneira expressa as doze tribos, quando a bíblia cita o Israel, considerado todos os homens da terra, judeus e gentios, ela fala do Israel de Deus, representando aqueles que são fruto da aliança e aqueles que foram chamados filhos por adoção. Contudo, neste texto, são citados as tribos dos filhos de Israel, numa clara menção aos filhos de Jacó, tendo-os citados literalmente no momento seguinte. É sabido que o povo de Israel será tratado de maneira diferente quando chegar o fim, isso porque eles são os detentores da aliança com Deus e Ele mantêm a sua palavra quanto à eles (Zc. 12: 10-13, Rm. 11: 26-32).

Levando em consideração o que foi dito a respeito dos cento e quarenta e quatro mil, temos ainda a referência a um cântico, que estava sendo entoado por vozes que vinham do céu, e quem pode aprender e entoar esse cântico juntamente com aquelas vozes foram somente os cento e quarenta e quatro mil, trata-se de um cântico de redenção que somente aqueles que foram lavados e remidos podem compreender. Ainda são feitas outras referências com relação a eles, dizendo que eles não se macularam com mulheres porque são castos. Muitas pessoas interpretam isso de maneira literal, dizendo que esses serão pessoas virgens que serão seladas, isso se aplicaria tanto para uma quanto para outra interpretação das citadas acima. A interpretação mais aceitável a esse respeito é de que esses cento e quarenta e quatro mil viveram de modo íntegro, sem se contaminar com as coisas mundanas, isso se justifica porque por várias vezes o mundo é chamado por Deus no decorrer da Bíblia como sendo meretriz ou meretrizes, sendo assim eles são castos, porque não se contaminaram com os desejos carnais do mundo, não necessariamente do ponto de vista sexual.

A primeira voz

6 Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo,
7 dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.

A antiga aliança, feita entre Deus e o povo de Israel no Egito era provisória, a aliança firmada com o plano de salvação através de Cristo, contudo, é eterna, começou antes da fundação do mundo, e será proferida a todas as nações até o fim do tempo e a partir daí pela eternidade. O significado original da palavra eterno aí é sem começo ou sem fim, ou seja, todas as coisas se iniciam e tem fim a partir desse evangelho, tudo passa, ele não. Além de anunciar o evangelho que deve ser levado a toda língua, povo, raça e nação, o anjo exorta sobre a chegada do juízo de Deus, o momento em que ele irá julgar as nações e que toda a terra deverá confessá-lo como Senhor.

A segunda voz

8 Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição.

Sempre que a bíblia refere-se à Babilônia, é em sentido ruim, no antigo testamento a Babilônia era lugar de prostituição, imoralidade, idolatria e ocultismo. A Babilônia no texto do cap. 8 é o próprio mundo, com toda as sua sujeira e em toda as suas gerações, que será julgado e beberá do vinho da fúria de sua prostituição, ou seja, o que a terra e seus moradores vão receber de castigo ao fim dos tempos é a paga pelo seu próprio pecado.

A terceira voz

9 Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão,
10 também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro.
11 A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome.
12 Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.

Além da citação feita pelo segundo anjo à Babilônia, que representa o mundo. O terceiro anjo, por sua vez, afirma que aqueles que servirem a besta, ou seja, aqueles que nós estudamos no capítulo 13, que aceitaram a marca da besta na fronte ou na mão, também receberão a ira de Deus, diz-se que eles serão envergonhados e atormentados na presença dos anjos e do Cordeiro, que é Cristo. A tormenta daqueles que aceitarem a marca de Satanás será eterna, indo pelo séculos dos séculos, durante todo o tempo, a todos aqueles que adoraram a besta e a sua imagem. Por fim, o anjo deixa claro que isso é a recompensa pela perseverança dos santos e ainda a justiça de Deus sobre aqueles que não o são.

A quarta voz

13 Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.

Para esse versículo existem duas interpretações para esse texto, de um lado existem os que acreditam que o descanso referido nesse texto seria uma antítese, ou seja, uma idéia contrária ao tormento sofrido por aqueles a quem os vers. 9-12 se referem. Nesse caso, o descanso se referiria à vida no céu, onde não mais haveria dor ou tormento.
Outra interpretação muito difundida diz que “desde agora” seria uma referência àquele momento em que João estava vivendo, ou seja, pouco tempo depois da morte e ressurreição de Cristo. Segundo os que interpretam dessa forma, aqueles cristãos que morrem são levados para um lugar, um paraíso, onde estarão descansado, ou seja, vivendo em uma situação plena, até que chegue o dia do julgamento, o momento em que os mortos ressuscitarão para serem condenados ou absorvidos. Note-se que em hipótese alguma consideramos com base na bíblia que aqueles que morrem ficarão do dormindo, ou purgando os seus pecados.

A ceifa

14 Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada.
15 Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para aquele que se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu!
16 E aquele que estava sentado sobre a nuvem passou a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada.

A vindima

17 Então, saiu do santuário, que se encontra no céu, outro anjo, tendo ele mesmo também uma foice afiada.
18 Saiu ainda do altar outro anjo, aquele que tem autoridade sobre o fogo, e falou em grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Toma a tua foice afiada e ajunta os cachos da videira da terra, porquanto as suas uvas estão amadurecidas!
19 Então, o anjo passou a sua foice na terra, e vindimou a videira da terra, e lançou-a no grande lagar da cólera de Deus.
20 E o lagar foi pisado fora da cidade, e correu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e seiscentos estádios.

Esses dois momentos do texto de Apocalipse podem ser estudados juntos porque guardam conexão entre si. Num primeiro momento, vemos aquele semelhante ao filho do homem ceifando a terra. Ceifa tem o significado de colher, ou seja, trazer para si, então vemos Cristo, trazendo para si aqueles que são seus, aqueles que estão amadurecidos.
O segundo termo usado é vindima, vindimar é o ato de recolher, mas, nesse caso, não é no sentido de colher para si necessariamente, mas sim no sentido de recolher para lançar fora.
Vemos nesse momento final do capítulo 14, uma clara referência à parábola do joio e do trigo, após o amadurecimento de ambos, o trigo será colhido e levado para os celeiros e o joio será vindimado, ou recolhido e queimado.
Por fim, vemos que a cólera de Deus ainda não se encerrou, ela ainda continuará sendo lançada sobre a terra, situação que será vista com os sete flagelos dos capítulos seguintes.

Paz e Vida a todos, que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Referência: Bíblia de Estudo Plenitude

Apocalipse - Capítulo 13

por Paulino Jr.

Aqueles que acompanham desde o início o estudo do livro de Apocalipse, devem se lembrar como foi dito no decorrer de todo ele até aqui, que muitos acontecimentos que já foram demonstrados de forma resumida em outros capítulos, mais notadamente os que demonstram a abertura dos 7 selos e o toque das 7 trombetas, seriam detalhados nos capítulos que seguem ao capítulo 13, no sentido de gerar entendimento sobre esses fatos.

A besta que emerge do mar

1 Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia.

Essa besta descrita no ver. 1 é semelhante à aquela descrita no capítulo 12, ou seja, os seus chifres com os diademas representam a autoridade que foi dada a ela. Mas é dito a respeito dessa besta, que sobre as cabeças haviam nomes de blasfêmia, que na verdade demonstra que ela irá desvirtuar os conceitos de bom e ruim, dizendo que aquilo que é mau é bom e que aquilo que é bom é mau, quebrando todos os mandamentos que Deus impôs.

2 A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade.

Essa besta teria beleza (semelhante ao leopardo), poder ou força (pés de urso) e voz ativa de autoridade (boca de leão). Veja o texto de Daniel 7:2-7:

2 Falou Daniel e disse: Eu estava olhando, durante a minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar Grande.
3 Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar.
4 O primeiro era como leão e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, foi levantado da terra e posto em dois pés, como homem; e lhe foi dada mente de homem.
5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou sobre um dos seus lados; na boca, entre os dentes, trazia três costelas; e lhe diziam: Levanta-te, devora muita carne.
6 Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.
7 Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres.

Segundo esse texto, além das características já citadas, esse ser, a besta emergida do mar, será dotada de grande inteligência, autoridade, domínio e força. O relato de Daniel guarda grande semelhança com o de Apocalipse. A interpretação para esse texto do ver. 2 é de que essa besta seria uma pessoa, dotada de grandes habilidades a qual seria dado o poder do próprio Satanás para dominar (ver. 2 parte final).

3 Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta;
4 e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?

Essa ferida que foi desferida contra a besta, pode ser de cunho físico ou até mesmo uma derrota política inicial, não se trata necessariamente de uma ferida física, mas levando em conta que as suas cabeças representam a autoridade, através dos seus chifres, possivelmente esse golpe na cabeça seria uma quebra da sua autoridade, uma derrota pela qual ela passaria no seu domínio antes de conseguir exercer a autoridade absoluta sobre a terra. Levando em consideração essa interpretação, essa cabeça golpeada de morte e que seria curada, possivelmente é uma forma de governo, ou seja, de exercício de autoridade, que foi considerada extinta mas que será reavivada nesse período final (possivelmente o império).

5 Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses;
6 e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu.

Então, a partir daí começa a exercer domínio sobre as pessoas que habitam sobre a terra, proferindo coisas contra Deus, blasfemando contra o Senhor, contra os anjos e contra a igreja do Senhor.

7 Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação;
8 e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

É importante observar, que quando as bestas se erguerem os santos ainda estarão na terra, esse é aquele período que precede a grande tribulação, em que o cavaleiro branco, ou seja, aquele que parece ser bom e na verdade não é, vem vencendo e para vencer (Ap. 6: 1-2). Aqueles que acompanham desde o início esse estudo, se lembram que foi dito que uma das interpretações possíveis para o cavaleiro branco apresentado no cap. 6, seria um espírito de engano, ou seja, alguém que para as pessoas pareceria bom, mas que na verdade não é. Portanto, nesse período, que nós vimos no cap. 6:1-2 que é pré-arrebatamento e que corresponde aqui ao cap. 13, os cristãos ainda serão provados, sendo que observamos nos cap. 4 e 5, que quando o período de grande tribulação começar, os cristãos serão arrebatados.

9 Se alguém tem ouvidos, ouça.
10 Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar à espada, necessário é que seja morto à espada. Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos.

Os versículos 9 e 10 vêm corroborar o que foi dito nos dois anteriores, que os santos terão que passar por algumas coisas, afim de que a sua perseverança e fidelidade seja provada.

A besta que emerge da terra

11 Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão.
Essa besta que emerge da terra, é o anti-cristo, aquele que irá profetizar em favor da primeira besta, que possui autoridade e que vai levar as pessoas a adorá-la, mais uma vez, é demonstrado que há um engano embutido nessa pessoa, pois ela parece cordeiro, mas falava como dragão, ou seja, assemelhasse a alguém bom, mas fala em nome de Satanás.

12 Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada.
13 Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.

Satanás, nesse período vai dominar a partir desses dois seres, de acordo com o que foi relatado aqui, vemos que ele usará todo o poder que possui através desses seres, inclusive para fazer sinais, como descer fogo a terra para os homens verem o seu poder.

14 Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu;
15 e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta.

À besta, além do poder e autoridade que já lhe foram dados no início, será dada agora através desse segundo ser, adoração por parte dos seres da terra. Na verdade, o objetivo desse falso profeta, que opera sinais, é que as pessoas adorem a besta e lhe rendam louvores. A sua persuasão chegará a tal ponto, que ele fará as pessoas adorarem a imagem da besta, que por sua vez, não será uma imagem comum, mas sim uma imagem que fala e ainda mata aqueles que não adoram à besta.

16 A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte,
17 para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome.
18 Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.

Por fim, todos aqueles que estão na terra, serão levados a receber uma marca, que é uma clara oposição à trindade santa, pois é composta de três números. Essa marca fará com que as pessoas não possam comprar ou vender sem usá-la e será colocada sobre a fronte ou na mão direita. E diz por fim, que aquele que possui entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. É importante entender isso, o que esse texto diz, não é para ficar fazendo cálculos matemáticos ou coisas afins, para dizer que isso ou aquilo é o número da besta e sim, ter entendimento no momento em que essas coisas acontecerem, de que aquela marca que está sendo exigida para comprar ou vender é a marca da besta. Quanto ao número 666, ele pode ser um número literal ou simbólico, ou ainda um conjunto de dígitos que representam a marca e que somados, ou por outro cálculo dariam 666.

Paz e Vida a todos e que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Referência: Bíblia de Estudo Plenitude

Apocalipse - Capítulo 12

por Paulino Jr.

A mulher e o Dragão

1 Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça,
2 que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz.
3 Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas.
4 A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse.
5 Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono.
6 A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.

Para muitos esse texto faz uma descrição do plano de salvação, nessa interpretação desse texto, a mulher representa os remanescentes da tribo de Israel, aqueles que não deixaram se contaminar pelo mal ao final do antigo testamento, as dores de parto, seria o sofrimento que eles passavam por causa do pecado daqueles que praticavam o mal. O dragão é identificado no ver. 9 desse mesmo texto como sendo Satanás, possivelmente esse é o mesmo dragão ao qual é feita referência em Isaías 27:1. A cor vermelha representa ira, raiva, as suas sete cabeças representam plenitude de algumas habilidades, exceto a sabedoria, que é uma característica daquele que é justo. De fato, Satanás tem muitas habilidades, como a astúcia, inteligência, capacidade de observação, dentre outros, mas ele não detém a sabedoria plena, pois essa emana de Deus e é fruto da justificação. Os seus dez chifres representam a sua autoridade terrena, portanto limitada e a sua força física, isso em conjunto com os sete diademas.
A afirmação de que a sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, é interpretada como sendo a terça parte dos anjos, sendo arrastadas pela rebelião de Satanás. No momento inicial, ou seja, no ato da sua rebelião, Satanás tinha o intuito de elevar seu trono a altura do trono de Deus, tendo esse plano frustrado, Satanás passou a atacar o homem, obra prima de Deus. Considerando, ainda, a luz dessa interpretação de que esse seria um relato do plano de salvação e que a mulher seria o povo de Israel que permaneceu fiel a Deus, o filho varão que nasceria para reger todas as nações seria Jesus Cristo, que veio para vencer e posteriormente reinar com os seus santos, sendo então arrebatado até o seu trono. A mulher, que ficou, seria a própria nação de Israel e os Santos de Deus, que estariam sendo protegidos por Deus.
Uma outra interpretação possível, essa já defendida por uma minoria, seria de que a mulher é a igreja do Senhor que habita na terra, sendo perseguida por Satanás. O filho varão, que seria arrebatado, seria a parte da igreja que seria arrebatada, ficando aqui a grande maioria daqueles ditos cristãos. Esses, que não foram arrebatados, ficariam na terra, sendo protegidos da grande tribulação por um dado período, de mil duzentos e sessenta dias, ou seja, três anos e meio. Considerando essa interpretação dessa linha minoritária, poderíamos conceber que apenas uma pequena parte da igreja de Cristo na terra será arrebatada.
Anjos pelejam no céu contra o dragão. A vitória de Cristo e seu povo.

7 Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos;
8 todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles.
9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.
10 Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus.
11 Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida.
12 Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta.

Para alguns poucos, esse texto de Apocalipse 12 nos vers. 7 a 9 seria um relato do que aconteceu no momento em que Satanás se rebelou contra Deus.
Todavia, a interpretação mais aceita que é feita para essa parte do capítulo 12 de Apocalipse, é de que Satanás e seus anjos, após terem sido derrotados na sua perseguição contra a mulher, teriam avançado contra o céu, no intuito de insurgir contra a sua iminente derrota, nesse caso, por céu, entenda-se as regiões celestiais. Nessa peleja, Satanás foi derrotado por Miguel e os anjos que estão sobre o seu comando, por sua vez, Satanás e seus anjos, a terça parte dos anjos do céu, foram atirados a terra e derrotados. Note-se que apesar de Satanás se achar poderoso e em um dado momento, tentar erguer-se e subir a altura de Deus, ele é tão fraco em relação aos exércitos celestes que Deus nem toca nele, quem o derrota nas batalhas intermediárias são os anjos. Deus só vai se erguer para derrotá-lo definitivamente, e ainda assim, nem vai tocá-lo (Ap. 21). A partir da derrota de Satanás, os céus proclamaram a glória do Senhor e a importância da sua vitória. Continua falando a respeito da igreja, que venceu pelo sangue de Cristo e que não teve medo de permanecer. Por fim, declara que há festa no céu, contudo, ai daqueles que ficaram na terra, porque terão que lidar com a cólera de Satanás. Conjugando essa interpretação, com a que diz que o filho varão, arrebatado da mulher, seria parte da igreja arrebatada antes da grande tribulação, podemos considerar que o ai para aqueles que ficaram na terra pós-arrebatamento.

O dragão persegue a mulher

13 Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão;
14 e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente.
15 Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio.
16 A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca.
17 Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.

Temos que entender essa parte final do capítulo 12 segundo as duas interpretações relatadas nos vers. 1-6. Para aqueles que entendem que a mulher seria a remanescente de Israel, que o filho varão é Cristo, que foi arrebatado após o seu ministério na terra, a mulher que permaneceu na terra seria o conjunto daqueles remanescentes citados antes, com aqueles que por adoção receberam também a promessa, ou seja, os cristãos que receberam à Cristo. Sendo assim, após sua derrota no céu, Satanás volta à terra para perseguir a igreja, igreja essa que por sua vez é protegida por Deus para não ser atingida por Satanás (asas de água, para voar ao deserto para ficar fora da vista da serpente. Ver. 14) durante um tempo, tempos e metade de um tempo. O rio, usado para tentar atingir a mulher, seria as correntes mundanas, usadas para tentar atingir o povo de Deus, que está na terra. Contudo, Deus faria com que essas correntes fossem engolidas pela terra, para não atingir o seu povo. Para esses, portanto, só nesse momento aconteceria o arrebatamento, ou seja, a mulher que é a igreja, seria levada para um lugar que não onde não poderia ser atingida por Satanás. Por sua vez, Satanás perseguiria os restantes da descendência da mulher, que seriam aqueles dentre a igreja que estavam dispersos por sobre a terra, ou seja, que não subiram, mas que ainda assim guardam o testemunho de Jesus.
Para aqueles que entendem que o filho varão que foi arrebatado é a igreja, a mulher que ficou na terra seria a parte que não subiu, sendo que, os selados (Ap. 7:1-8), é a aquela parte da mulher a quem seria dada as asas de águia e a proteção em um lugar fora da vista da serpente. A descendência que seria perseguida, é aquela que não possui o selo, mas que ainda permanece guardando o testemunho de Cristo.

Por fim, é necessário entender, que pela não literalidade do livro de Apocalipse, várias interpretações surgem para textos como esse do capítulo 12, o filtro para saber se elas são plausíveis, aceitáveis ou não, é exatamente a própria bíblia, onde a palavra se confirma em si mesma a cada momento. (Obs: O pleonasmo foi proposital).

Paz e Vida a todos e que Deus os abençoe!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Referência: Bíblia de Estudo Plenitude

Casamento do Pastor André

por Paulino Jr.







Paz e Vida a todos, que Deus os abençoe!

Casamento de Fábio e Shirley

por Paulino Jr.

Essas são as fotos do casamento do irmão Fábio e da irmã Shirley, da Catedral da Vida em Montes Claros.










Paz e vida a todos e que Deus os abençoe!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Apocalipse - Capítulo 11

por Paulino Jr.

Há nessa primeira metade do cap. 11 de Apocalipse, a continuidade do intervalo dado no capítulo 10, para demonstrar alguns fatos importantes.

Ordens para medir o templo

1 Foi-me dado um caniço semelhante a uma vara, e também me foi dito: Dispõe-te e mede o santuário de Deus, o seu altar e os que naquele adoram;
2 mas deixa de parte o átrio exterior do santuário e não o meças, porque foi ele dado aos gentios; estes, por quarenta e dois meses, calcarão aos pés a cidade santa.

Pode-se entender dessa ordem para medir o templo, aquilo que está no livro de Zacarias, nos capítulos de 2 a 5 e em Ezequiel 40:3 e 42:20. Segundo o livro de Ezequiel, a medição é necessária para fazer separação entre o santo e o profano, ou seja, aqueles que são gentios, não estarão dentro do santuário de Deus e sim no átrio externo. Esses que são chamados gentios, não são aqueles não judeus, mas sim aqueles que não participaram da circuncisão espiritual segundo Romanos 2:29. O altar pode ser entendido como a própria oração dos justos, os que naquele adoram são os próprios justos. Quanto ao período de quarenta e dois meses, pode ser dito o mesmo que vem sendo dito em todo o decorrer de Apocalipse: possivelmente se trata de um período determinado de tempo, não sendo necessariamente 42 meses.

As duas testemunhas mártires

3 Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.
4 São estas as duas oliveiras e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra.
5 Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os inimigos; sim, se alguém pretender causar-lhes dano, certamente, deve morrer.
6 Elas têm autoridade para fechar o céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem. Têm autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de flagelos, tantas vezes quantas quiserem.
7 Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo pelejará contra elas, e as vencerá, e matará,
8 e o seu cadáver ficará estirado na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado.
9 Então, muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações contemplam os cadáveres das duas testemunhas, por três dias e meio, e não permitem que esses cadáveres sejam sepultados.
10 Os que habitam sobre a terra se alegram por causa deles, realizarão festas e enviarão presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas atormentaram os que moram sobre a terra.
11 Mas, depois dos três dias e meio, um espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés, e àqueles que os viram sobreveio grande medo;
12 e as duas testemunhas ouviram grande voz vinda do céu, dizendo-lhes: Subi para aqui. E subiram ao céu numa nuvem, e os seus inimigos as contemplaram.
13 Naquela hora, houve grande terremoto, e ruiu a décima parte da cidade, e morreram, nesse terremoto, sete mil pessoas, ao passo que as outras ficaram sobremodo aterrorizadas e deram glória ao Deus do céu.
14 Passou o segundo ai. Eis que, sem demora, vem o terceiro ai.

Existem duas interpretações possíveis para esse relato das duas testemunhas:
A primeira interpretação, seria a de que no período da grande tribulação, surgiriam essas testemunhas do Senhor, que profetizariam por sobre a terra, elas apareceriam na cidade de Jerusalém e o fato de ela (Jerusalém) ser chamada de Sodoma e Egito, se dá por causa da impureza que haverá nesse lugar. Essa morte relatada, seria no caso, uma morte natural, e os corpos das testemunhas seriam mantidos ali, em praça pública, por três dias e meio (também de tempo literal) enquanto as pessoas escarneciam deles, após isso aconteceria uma ressurreição, também física e ascensão ao céu dessas testemunhas, e a conseqüente morte de sete mil pessoas na terra. Para alguns, essas testemunhas seriam Elias e Enoque, que não morreram, mas foram trasladados para o céu, contudo, isso não se justifica do ponto de vista bíblico, pois a bíblia fala exatamente que Enoque foi trasladado para não ver a morte. Levando em conta o relato da morte das duas testemunhas, admitir que elas seriam Elias e Enoque, seria aceitar contradição da bíblia, algo que não existe, já que na bíblia um texto explica o contexto de outro.
Fato, é que a leitura dessa parte do capítulo 11 de Apocalipse, deve ser conjugada com a leitura do livro de Zacarias nos capítulos de 2 a 5. Levando em consideração todo esse texto bíblico, inclusive a parte citada do livro de Zacarias, surge uma outra interpretação possível. As duas testemunhas seriam a igreja de Cristo na terra (Zc. 4) durante todo o tempo da sua existência. O período de proteção dessas testemunhas, seria todo esse período que a igreja do Senhor passou na terra, período esse em que ela deteve em suas mãos o poder de responder com fogo os ataques sofridos. Nesse caso, o cumprimento do testemunho que teriam que dar, seria o cumprimento da comissão dada em Mateus 24:14. Ao fim desse período a besta, que é o próprio Satanás, emergiria e colocaria a Igreja em uma situação que ela seria dada como morta, nisso, todas as nações da terra começariam a escarnecer da igreja, fazendo questão que o nome da Igreja e o seu testemunho estivesse latente, para que ela sofresse com essa ação do mundo. O fato de dizer que essas testemunhas atormentaram a terra também coaduna com essa interpretação, haja vista a revolução que a igreja de Cristo fez por longos períodos. A cidade chamada Sodoma e Egito, seria o próprio mundo, chamado Sodoma, por causa da impureza e Egito, por causa da opressão causada à igreja. Ainda seguindo essa tese, os três dias e meio, seria um período de tempo não literal pré-arrebatamento, em que a igreja diminuiria seu ritmo de ação, após sucessivos ataques de Satanás. Esse tempo pode ser interpretado como sendo metade do período de setenta semanas relatado em Daniel. No caso dessa interpretação o chamado a subir, feito às duas testemunhas, é a convocação de Deus, para o arrebatamento da sua igreja, antes dada como morta, ou seja, sem ação, e o castigo em que seriam mortas sete mil pessoas, corresponderia a todo o processo do período da grande tribulação, até o toque da sexta trombeta, onde se “o segundo ai já passou, falta ainda o terceiro ai”. Entendendo tudo isso a essa maneira, poderia se dizer, que aquele intervalo de tempo para explicar João parte do mistério de Deus, intervalo esse que começou no capítulo 10, só terminaria agora, no momento em que se encerra o ai referente à sexta trombeta e o prelúdio da sétima trombeta.

A sétima trombeta

15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.
16 E os vinte e quatro anciãos que se encontram sentados no seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a Deus,
17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.
18 Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.
19 Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada.

Há certo consenso quanto à interpretação desse texto, após todo o período de tribulação, em que Satanás, a besta e o anticristo reinarão sobre a terra, em que as pessoas sofrerão todo tipo de dificuldade, haverá um período pré-julgamento, em que o Senhor reinará sobre a terra. Trata-se do período de mil anos, em que Satanás ficará preso e haverá o período do reino do Senhor (Ap. 20). Tudo isso será melhor explicado nos capítulos seguintes, culminando no capítulo 20, ensejando a prisão de Satanás por mil anos.

Paz e Vida para todos!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Referência: Bíblia de Estudo Plenitude

Apocalipse Capítulo 10 – Os anjos e os sete trovões. João e o Livrinho.

por Paulino Jr.

É importante entender o que acontece nesse capítulo 10, pois é feito um intervalo na demonstração das coisas que estavam para acontecer no tempo do fim (Ap. 4:1). Enquanto nos capítulos anteriores estão sendo mostrados atos futuros ao tempo em que João vivia, no capítulo 10 acontece algo no presente de João, para que ele próprio entendesse o ministério que era entregue a ele e consequentemente à igreja que se seguiria, pode-se notar isso se considerarmos o livro de Apocalipse como a revelação de Jesus Cristo (Ap. 1:1), ou seja, tanto João em seu tempo, quanto à igreja nos tempos que se seguiram são testemunhas de Cristo e da revelação da sua pessoa. Os atos que ocorrem no capítulo 10, tem extrema importância pelo seu simbolismo, pela pessoa de João representando a igreja, testemunha principal dos atos de Cristo.

1 Vi outro anjo forte descendo do céu, envolto em nuvem, com o arco-íris por cima de sua cabeça; o rosto era como o sol, e as pernas, como colunas de fogo;
2 e tinha na mão um livrinho aberto. Pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo, sobre a terra,
3 e bradou em grande voz, como ruge um leão, e, quando bradou, desferiram os sete trovões as suas próprias vozes.

A expressão: “um anjo forte” demonstra que aquele anjo não era como os outros que estavam ali naquele momento, ele veio de um outro local, e nele se demonstrava algumas características incomuns, ou seja, ele estava ali com o objetivo único de entregar aquela mensagem, uma mensagem especial que é de extrema importância para o mundo todo. A sua descrição prossegue com referência ao arco íris sobre sua cabeça, que representa perfeito entendimento, o arco íris tem as sete cores primárias, sete é o número da perfeição; o rosto como o sol demonstra a luz, representando a própria mensagem, a palavra de Deus que é lâmpada e luz (Sl. 119: 105) e as pernas como coluna de fogo, para percorrer toda a extremidade da terra, interpretação essa que se justifica ao ser dito que ele pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra, ou seja, sobre aquilo que compõe a superfície terrestre, terra e oceanos. O livrinho era a mensagem que, naquele ato, não mais um ato futuro, mas um ato presente na vida de João, ele e a igreja que se seguiria, deveria levar para o resto da humanidade. Ao bradar daquele anjo, os sete trovões desferiram as suas próprias vozes, essas vozes podem ser entendidas como a própria voz de Deus.

4 Logo que falaram os sete trovões, eu ia escrever, mas ouvi uma voz do céu, dizendo: Guarda em segredo as coisas que os sete trovões falaram e não as escrevas.

João estava anotando tudo o que ele estava vendo e ouvindo, quando ele ouviu a voz de Deus (os sete trovões) proferindo algo, a sua intenção imediata foi de escrever aquilo que ouvia. Naquele momento, ele ouviu uma outra voz que o pediu que guardasse em segredo as coisas que ele havia ouvido. Isso demonstra que nem tudo que deve acontecer e que nem todas as coisas de Deus, são dadas ou deverão ser dadas a conhecer ao homem, nunca conheceremos todas as coisas concernentes ao reino de Deus. A nós é dado conhecer aquilo que precisamos saber, não convém ao homem fazer ingerências ou proferir conjecturas quanto aquilo que foi dito por Deus, não convém ao homem querer interpretar aquilo que foi dito por Deus, sem que tome como base a bíblia. A bíblia diz que é impossível ter o entendimento completo das coisas de Deus, pois o saber e o conhecer de Deus são profundos e seus juízos e caminhos inescrutáveis. Sendo assim foi dito a João que não escrevesse aquilo, pois não era deveria ser dado a conhecer aos homens.

5 Então, o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu
6 e jurou por aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu, a terra, o mar e tudo quanto neles existe: Já não haverá demora,
7 mas, nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver para tocar a trombeta, cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo ele anunciou aos seus servos, os profetas.

Foi feito nesse ato um juramento, da parte daquele anjo que estava sobre a terra naquele momento, esse ato representa algo interessante, pois ele estava ali, diante de terra, mar e céu, proclamando um juramento que lhe foi dado, ou seja, ele estava profetizando, sobre toda a criação de Deus. Aquele anjo disse: “Já não haverá demora”, essa expressão representa o tempo presente, aquele momento em que eles estavam, o que ele dizia era que contando daquele momento presente de João, as coisas referentes ao futuro e ao fim, tudo aquilo que João estava vendo, não iria demorar a acontecer. Daí o anjo prossegue falando, que no dia que a sétima trombeta tocar cumprir-se-á o mistério de Deus, que ele anunciou aos profetas, o anjo está se referindo aí à justiça de Deus, que foi proferida por Ezequiel, à queda de Satanás proferida por Daniel, ou seja, toda a razão de ser dos acontecimentos bíblicos, que é o ato do juízo, o maior mistério de Deus, acontecerá após o toque da sétima trombeta.

8 A voz que ouvi, vinda do céu, estava de novo falando comigo e dizendo: Vai e toma o livro que se acha aberto na mão do anjo em pé sobre o mar e sobre a terra.
9 Fui, pois, ao anjo, dizendo-lhe que me desse o livrinho. Ele, então, me falou: Toma-o e devora-o; certamente, ele será amargo ao teu estômago, mas, na tua boca, doce como mel.
10 Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca, era doce como mel; quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo.
11 Então, me disseram: É necessário que ainda profetizes a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis.

Nesse trecho do livro de Apocalipse 10:8-11, vemos mais uma comprovação de que esses fatos estão acontecendo no tempo presente de João, pois é visto que a ele é dito que tome o livrinho que estava na mão do anjo. Crê-se, com base na bíblia, que esse livrinho é a mensagem de Deus que deve ser levada aos homens, isso fica claro no vers. 11. João era um homem velho naquele momento, que até o fim da sua vida levou a mensagem do evangelho, mas ali, quando dito a ele que deveria profetizar a respeito de muitos povos nações e raças, João não estava representando somente a ele mesmo, mas também a toda a igreja de Cristo que se seguiria a ele. O fato do livro ser doce à boca, e amargo ao estômago, tem um simbolismo muito forte, pois demonstra o próprio ato de proclamação do evangelho de Deus, que é doce de ser proclamado, ou seja, traz alegria, mas que junto com ele, traz muitas vezes a perseguição, a rejeição, coisas que para o homem podem ser amargas. Contudo, ainda assim, essa mensagem não pode ser só trazida para o âmago das nossas vidas (comida), ela deve ser levada a todos povos, nações, línguas e reis, para que a terra conheça o evangelho de Cristo e as coisas do fim antes que elas aconteçam. Pode-se até enxergar nesse trecho, uma repetição daquilo que é dito no livro de Mateus Cap. 24 ver. 14.

Paz e Vida para todos!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Referência: Bíblia de Estudo Plenitude

Apocalipse Capítulo 9 – A quinta e a sexta trombeta

por Paulino Jr.

A quinta trombeta

1 O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abismo.

Ao ser tocada a quinta trombeta, viu-se uma estrela caída do céu na terra, essa estrela pode, com base na bíblia, ser interpretada como sendo o próprio Satanás. Essa interpretação baseia-se no texto de Isaías 14: 13-15:

12 Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!
13 Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte;
14 subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.
15 Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo.

Outra informação que depreende-se desse texto, é que à Satanás, nesse período será dada a chave do próprio abismo em que ele foi lançado, para atormentar aos homens.

2 Ela abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como fumaça de grande fornalha, e, com a fumaceira saída do poço, escureceu-se o sol e o ar.
3 Também da fumaça saíram gafanhotos para a terra; e foi-lhes dado poder como o que têm os escorpiões da terra,
4 e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão-somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre a fronte.

Sendo o poço aberto o poço do abismo pelas mãos de Satanás, a terra será cheia de fumaça e escurecerá o sol e o ar. Essa informação tem duas interpretações possíveis, a primeira é uma literal, que seria o escurecimento do céu propriamente dita, a outra é de que a fumaça representa o engano e que o sol seria a luz do entendimento que as pessoas possuem de modo geral, portanto, nesse caso, as pessoas não teriam entendimento de que estavam sendo afligidas pela estrela. Os gafanhotos representam seres demoníacos, já que o entendimento desse texto não da margem para pensar que sejam literalmente insetos. Essa interpretação toma por base o texto de Joel 1:4 e 2:1-5. O poder como que tem os escorpiões na terra é o poder de causar dor e sofrimento. Por fim, ao contrário de tudo o que havia acontecido até agora no toque das quatro trombetas anteriores, nessa quinta trombeta, não seriam atingidos mais a erva e nem nenhuma coisa natural, mas tão somente os homens que não tem o selo de Deus na fronte. Segundo o que foi estudado em Apocalipse 7, esses selados são os 144 mil descendentes dos filhos das tribos de Israel, que seriam selados para que a eles não se causasse dano.

5 Foi-lhes também dado, não que os matassem, e sim que os atormentassem durante cinco meses. E o seu tormento era como tormento de escorpião quando fere alguém.
6 Naqueles dias, os homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles.

Nesse ato, os homens não serão mortos, eles serão torturados pelos gafanhotos e atormentados por eles, as situações que eles passarão serão extremamente dolorosa e essa dor é comparada a dor de quando um escorpião pica alguém. A sua tortura será tão forte, que naqueles dias os homens vão procurar a morte a todo custo e não será possível achá-la, porque até mesmo a morte será tirada da terra. Portanto, todo o homem que estiver na terra até aquele momento, exceto os 144 mil selados de Israel, terão que passar por essas coisas. O período de 5 meses representa um tempo limitado, não necessariamente o tempo de 5 meses exatos, mas um período de tempo delimitado, onde as pessoas sofrerão continuamente.

7 O aspecto dos gafanhotos era semelhante a cavalos preparados para a peleja; na sua cabeça havia como que coroas parecendo de ouro; e o seu rosto era como rosto de homem;
8 tinham também cabelos, como cabelos de mulher; os seus dentes, como dentes de leão;
9 tinham couraças, como couraças de ferro; o barulho que as suas asas faziam era como o barulho de carros de muitos cavalos, quando correm à peleja;
10 tinham ainda cauda, como escorpiões, e ferrão; na cauda tinham poder para causar dano aos homens, por cinco meses;
11 e tinham sobre eles, como seu rei, o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom.
12 O primeiro ai passou. Eis que, depois destas coisas, vêm ainda dois ais.

Esse relato dos vers. 7-12, descreve como serão os gafanhotos, entende-se que esses gafanhotos podem ser forças demoníacas que atacarão os homens causando dor, portanto, nesse caso não seriam gafanhotos físicos e sim entes espirituais (demônios) com legalidade para atingir os homens. Outra interpretação possível é que esses gafanhotos sejam entes físicos do exército de Satanás (máquinas) que perseguirão e torturarão os homens sem nenhum motivo aparente. Como cabeça sobre estes gafanhotos, estará um demônio, o anjo do abismo de nome Abadom em hebraico (destruição) e Apoliom em grego (destruidor). Pode ser interpretado como o próprio satanás, já que a bíblia diz que ele veio para matar, roubar e destruir (Jo. 10:10).

A sexta trombeta

13 O sexto anjo tocou a trombeta, e ouvi uma voz procedente dos quatro ângulos do altar de ouro que se encontra na presença de Deus,
14 dizendo ao sexto anjo, o mesmo que tem a trombeta: Solta os quatro anjos que se encontram atados junto ao grande rio Eufrates.

Ao toque da sexta trombeta, pode observar que mais uma vez vem uma resposta à oração dos santos, relatada em Apocalipse 7, pois a voz que saiu para dar ordem ao anjo da sexta trombeta para que soltassem os quatro anjos veio do altar de ouro que se encontra na presença de Deus, portanto, aquele onde estão concentradas as orações dos santos. Os quatro anjos que seriam soltos, são os anjos de destruição. O Eufrates, além de representar o bloqueio ou grilhão espiritual ao qual aqueles anjos estavam presos, também representa para muitos naquela época a fronteira entre o mundo ocidental e o oriental.

15 Foram, então, soltos os quatro anjos que se achavam preparados para a hora, o dia, o mês e o ano, para que matassem a terça parte dos homens.
16 O número dos exércitos da cavalaria era de vinte mil vezes dez milhares; eu ouvi o seu número.
17 Assim, nesta visão, contemplei que os cavalos e os seus cavaleiros tinham couraças cor de fogo, de jacinto e de enxofre. A cabeça dos cavalos era como cabeça de leão, e de sua boca saía fogo, fumaça e enxofre.
18 Por meio destes três flagelos, a saber, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre que saíam da sua boca, foi morta a terça parte dos homens;
19 pois a força dos cavalos estava na sua boca e na sua cauda, porquanto a sua cauda se parecia com serpentes, e tinha cabeça, e com ela causavam dano.

A data para esses acontecimentos já está marcada por Deus e a ninguém será dado a conhecer, mas existe dia, mês e ano, marcados para que tudo isso aconteça. A esses anjos será dado o poder de matar a terça parte dos homens que estarão na terra naquele momento. O número de vinte mil vezes dez milhares serve para representar a grandeza do dano que será feito, pois esse número que é dado para o exército da cavalaria é correspondente à 200.000.000. É dito que esses cavalos tem algumas características estranhas à época como: couraça cor de fogo jacinto e enxofre, cabeça de leão, boca que saí fogo e que a sua força estava na cabeça e na cauda. Duas interpretações são possíveis, aceitáveis e largamente difundidas, a primeira seria de que esses cavalos e cavaleiros seriam entidades espirituais, designadas para matar os homens, a segunda interpretação é de que os quatro anjos desencadeassem na terra uma situação de guerra generalizada, em que os exércitos do mundo se reuniriam em Israel para uma grande batalha, essa interpretação será melhor estudada no capítulo 16.

20 Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar;
21 nem ainda se arrependeram dos seus assassínios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos.

Entende-se que todo esse processo de destruição dos homens tem objetivo de levá-los ao arrependimento, sem a ação do Espírito Santo que nesse momento não mais estará na terra, mas pelo entendimento de que aqueles fatos estavam vindo pela mão de Deus. Mas ainda assim, pelos relatos dos vers. 20-21, nota-se que aqueles homens que restaram na terra, em sua grande maioria, não reconheceram isso, nem foram levados ao arrependimento. Isso leva-nos à reflexão de que, o que devemos fazer é nos arrepender e levar os homens ao arrependimento agora, em que ainda há tempo e a ação do Espírito Santo para nos auxiliar, pois após esses acontecimentos, essa ação não mais existirá e o arrependimento será muito mais difícil.

Paz e Vida para todos!

Fonte: Bíblia Sagrada (Revista e Atualizada)

Referência: Bíblia de Estudo Plenitude.